MT: Volume de milho safrinha é 3,5% menor do que no último ciclo

Publicado em 06/07/2010 07:33 e atualizado em 06/07/2010 09:05
Mato Grosso, maior produtor de milho safrinha do país, cultivou na safra 09/10 a maior área plantada de sua história, mais de 2 milhões de hectares, mas a produção é apenas a segunda maior da série estadual, já que o volume vai se confirmando 3,5% abaixo do recorde de 8,5 milhões de toneladas obtido no ciclo passado. Os números ainda podem oscilar negativamente, já que colheita no Estado cobre pouco mais de 40% da área.

Nesta segunda-feira (5), o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) – divulgou mais um boletim semanal onde revisa, mais uma vez para baixo, a produtividade e a produção da atual temporada. A safrinha que chegou a ser estimada em novo recorde – mais de 9,5 milhões de toneladas – no primeiro trimestre de 2010 recebe projeção de 8,2 milhões de t, volume que na comparação mensal (maio) revela queda de 2,1% e de 3,5% em relação a 08/09. Conforme o Imea, a estimativa de maio para a média de produtividade das lavouras mato-grossenses era de 4.188 kg (69,8 sacas) por hectare e caiu agora para 4.099 kg (68,32 sacas), o que resultou também em uma queda na produção de pouco mais de 2%, “devendo ser colhidos 8,2 milhões de toneladas e não mais 8,3 milhões da estimativa anterior”.

Como explica o Imea em seu boletim, a queda de produtividade, e consequentemente de produção, se deve ao fato de que os rendimentos apurados semanalmente estarem inferiores aos esperados. “É um fato comum, visto que os últimos talhões normalmente são plantados sob condições climáticas inferiores aos primeiros”. Para as cidades-polo de produção como Sorriso, Sapezal e Campo Verde, o Imea estima médias de produtividade de 70 sacas/ha, 68 sacas/ha e 72 sacas/ha, respectivamente.

Dos 2 milhões de hectares cultivados nesta safra, mais de 980 mil hectares estão concentrados na região médio norte mato-grossense que tem como principal lavoura o município de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros de Cuiabá). A região sozinha detém 47,70% da área destinada à safrinha estadual

Estável - O mercado interno de milho se manteve praticamente estável nas principais regiões mato-grossenses acompanhadas pelo Imea. O preço da saca em Sorriso iniciou o mês cotado a R$ 7 fechando a semana a R$ 6. Em Primavera do Leste a média do preço do grão praticado ficou em R$ 9,52, valor 28% menor do que no mesmo período do ano anterior, quando o valor médio da saca era de R$ 13,20. Na região de Canarana o mercado teve uma leve alta no início do mês, ficando em torno dos R$ 11. Esse movimento ocorreu devido à demanda do milho ser maior que a oferta nesta região, que teve a relação ainda mais estremecida pela queda na produtividade. No início do mês, com a colheita, os preços da saca de milho vêm diminuindo, o que preocupa os produtores rurais que ficam com os olhos voltados para os leilões da Conab.

Exportação - O valor recebido pela tonelada exportada por Mato Grosso em 2010 tem seguido a tradicional lei de oferta e demanda, na qual o aumento da oferta do grão - com o início da colheita - derrubou os rendimentos em 4% de janeiro a maio deste ano. Os valores recebidos pelos exportadores saíram de US$ 177/t para US$ 170/t, ou seja, US$ 10,20 por saca. Em 2009 os preços de maio e junho tiveram queda de 16%, ou seja, o preço da tonelada de milho no começo do ano foi de US$ 174,09/t, chegando nesses meses a uma média de US$ 138,69/t. Em ambos os anos nota-se que começam as exportações logo após a colheita da 2ª safra de milho e se intensificam nos últimos meses do ano e nos primeiros meses, permitindo o fluxo de armazenagem estadual devido à necessidade de liberação dos armazéns para a entrada da soja.

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Diário de Cuiabá

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