Quinto leilão de PEPRO para o milho do Oeste da Bahia teve fraco resultado

Publicado em 15/07/2010 16:45

O Governo Federal (MAPA/Conab) realizou hoje (15) um novo leilão de Prêmio Equalizador pago ao Produtor (PEPRO, nº 171/10), ofertando prêmios para a comercialização de 140 mil toneladas de milho, das quais 120 mil com origem da região Oeste da Bahia. Foi o quinto leilão de PEPRO do ano e o segundo do mês de julho.

O preço mínimo de R$20 a saca, estabelecido no Aviso de PEPRO, contra R$14,50 praticados pelo mercado, não empolgou os produtores: das 120 mil toneladas de milho ofertadas no leilão de hoje, foram comercializadas 56%, equivalentes a 66,7 mil toneladas. No leilão anterior (164/10), realizado no dia 8 de julho, das 120 mil toneladas do cereal ofertadas, foram comercializados somente 13,4% (16mil toneladas). Em função deste fraco desempenho do programa, a Bahia não deverá ser contemplada no próximo leilão do Governo.

Os fracos desempenhos dos leilões confirmam a tese da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Grãos da Bahia sobre a necessidade de mudanças na quantidade mensal do produto ofertado no leilão (acima da demanda do mercado), assim como da modificação dos procedimentos operacionais para a comprovação das operações perante a CONAB.

Os estados do Norte e Nordeste demandam a importação mensal de outros estados de aproximadamente 110 mil toneladas de milho. A oferta de leilões de prêmios em quantidades mensais superiores a esta demanda não irá fomentar os preços do produto. Diante disso, a Câmara defende a realização de leilões com origem da região Oeste da Bahia de, no máximo, 110 mil toneladas por mês, diluindo assim o total a ser leiloado por um período mais longo, sem prejuízo do quantitativo total de subvenção para o milho da Bahia.

Pelo sistema atual de comprovação de venda dos leilões, o produtor fica refém do comprador que condiciona deságios para fornecer a prova da compra do produto, necessária para o processo de comprovação do PEPRO junto a CONAB.

No mês passado, a Câmara Setorial entregou ao ministro Wagner Rossi um pleito com diversas sugestões de mudanças no programa visando a aumentar a eficiência dos mecanismos de subvenção. “Há excedente de milho no mercado. É necessário retirar parte deste excedente, equilibrando a oferta com demanda, seja através do programa de Aquisição do Governo Federal (AGF), ou viabilizando a exportação do cereal”, afirma Sérgio Pitt, Vice Presidente da AIBA e Secretário da Câmara.

Em conseqüência dos repetidos problemas com a comercialização do cereal, é reduzida cada vez mais a participação da cultura do milho na matriz produtiva do Oeste da Bahia, ocupando hoje menos de 10% da área cultivada, contra 23% a nível nacional. Para a safra 2010/2011 esta relação será agravada, a cultura do milho ocupará menos de 8% da área cultivada no Oeste.

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Agripress

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