Câmara dos grãos discute com Conab soluções para o milho da Bahia

Publicado em 27/07/2010 10:06
Encontrar definitivamente a solução para os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do milho na Bahia. Esta é a principal pauta da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Grãos, que acontece nesta terça-feira, (27), no auditório da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, (EBDA), com a participação do diretor de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto, e da superintende do órgão para Bahia e Sergipe, Rose Pondé. “O milho é uma cultura muito importante para nós. É decisiva em relação à rotação de culturas e para a agricultura familiar do Oeste”, disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles. Ás 14 horas, os representantes da Câmara de Grãos terão um encontro com o secretário da Fazenda para tratar também da questão do milho.

Em reunião anterior, realizada no município de Luis Eduardo Magalhães, a Câmara de Grãos produziu dois documentos, entregues ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, com uma série de solicitações que agora estão sendo cobradas. A ação da câmara conta com o apoio e empenho do governo do Estado, através da secretaria da Casa Civil, Eva Chiavon, que viabilizou com a Conab a vinda a Salvador do diretor Silvio Porto para participar da reunião e ouvir as reivindicações de todos os elos da cadeia do milho. “A Câmara de Grãos, assim como todas as 20 que criamos, tem a missão de elaborar o Planejamento Estratégico para a Agropecuária da Bahia nos próximos 20 anos, mas também dedica atenção ás questões imediatas e tem força e poder para tanto”, lembrou o secretário Eduardo Salles.

A Bahia cultivou na safra 2009/2010 uma área de 747 mil hectares com a cultura de milho, com produção de 1,8 milhões de toneladas. Deste total, a região Oeste cultivou170 mil hectares e produziu 1,48 milhão de toneladas”. No momento, de acordo com dados da Associação dos Irrigantes e Agricultores da Bahia, Aiba, mais de 1 milhão de toneladas de milho estão estocadas, com dificuldades para serem comercializadas.

Nos documentos entregues ao ministro Wagner Rossi, a Câmara solicitou, como medidas de longo prazo, que o Ministério da Agricultura viabilize linhas especiais de financiamento com juros subsidiados para investimentos em armazenagem, ampliando a capacidade atual, e a imediata instalação da Unidade de Armazenagem da Conab no Centro Industrial do Cerrado de Luís Eduardo Magalhães.

Como providências de curto prazo, a Câmara Setorial dos Grãos reivindicou que os leilões de PEP e PEPRO sejam limitados, dando-se preferência ao escoamento do milho da Bahia para o Norte e Nordeste, estratégia que economizará recursos na subvenção do governo; o estabelecimento de um calendário anual para os leilões, para que os produtores possam planejar suas vendas e ter mais segurança; a intervenção do governo através de AGF, (Aquisição do Governo Federal), retirando milho do mercado; estabelecer um prêmio competitivo nos leilões de PEPRO, para o caso de exportações, como por exemplo, estabelecer o maior prêmio pago no Aviso da região Norte; mudanças na comprovação de venda dos leilões, utilizando informações da Secretaria da Fazenda dos Estados, considerando-se que no sistema atual de comprovação o produtor fica refém do comprador, que condiciona deságios para fornecer a prova da compra do produto.

Exportação- A Câmara Setorial de Grãos também está trabalhando para acelerar o processo para exportar milho para a China, ampliando os canais abertos no mês de maio deste ano, durante a realização da Missão da Agropecuária Baiana à República Popular da China. “Abrimos um escritório permanente de negócios em Pequim, e vamos promover entre outros produtos a exportação de grãos, além de trazer investidores chineses para verticalizar as cadeias produtivas”, disse o secretário Eduardo Salles.

Salles lembra ainda que a Fundação Getúlio Vargas está realizando o “Estudo de Agregação de Valores aos Produtos da Agropecuária Baiana Através da Verticalização”, instrumento que vai balizar a atração de investidores para a industrialização das cadeias do milho, da soja e do algodão do Oeste e do Sudeste.

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Fonte:
Jornal Nova Fronteira

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