Preços firmes para o mercado de milho no Brasil na última semana

Publicado em 08/09/2010 15:56

Preços firmes para o mercado de milho no Brasil na última semana.
O produtor permanece denotando baixo interesse de venda após ter destinado boa parte das necessidades imediatas de comercialização da colheita da safrinha, via negócios diretos e associados aos leilões de PEP. O consumidor, além da dificuldade de originação atrelada ao volume restrito de ofertas, concorre com a necessidade das tradings em cumprir parte dos negócios de exportação não integralmente originados através dos PEPs.
No início da semana, o fluxo de negócios permaneceu muito lento. Porém, sem alternativa e com a
aproximação do feriado, o consumidor interno elevou os preços pagos na segunda metade do período, melhorando o ritmo dos negócios, especialmente nas regiões consumidoras.
O consumidor começa a assimilar maior preocupação com relação ao cenário macro do mercado já que, além da expectativa de um fluxo de exportação significativamente superior no segundo semestre (efeito PEP e preços firal), a indicação de uma menor área de plantio com o cereal no verão (embora as altas recentes, a rentabilidade da cultura da soja permanece superior, além
do menor custo/ha) associado ao maior risco climático decorrente do fenômento La-Niña, tendem a manter o quadro de oferta restrito a frente.
Nesta semana, produtores do centro-norte do Paraná sinalizam preocupação com a dificuldade para o início do plantio das lavouras de verão na região devido ao tempo seco, o qual não tende a alterar-se nos próximos dias. Esta mesma preocupação está associada à expectativa de que tal cenário climático resulte no atraso do plantio da soja no centro-oeste e, apesar da grande utilização de variedades superprecoces, isto poderia resultar em atraso do plantio do milho safrinha e consequentemente um maior risco climático futuro.
Consumidores têm demandado de forma recorrente a intervenção governamental para a venda/deslocamento dos estoques oficiais para as regiões internamente deficitárias. Até o momento, o governo tem demonstrado-se cético quanto a esta possibilidade. De qualquer forma, permanece este o risco mais evidente no cenário atual de preços firmes no mercado interno.
No mercado internacional, as cotações permanecem em elevação e, apesar da fraqueza do dólar perante o real, a paridade de exportação, em alguns casos, potencializa negócios mesmo sem a intervenção governamental.
A movimentação da semana esteve atrelada a estimativas privadas indicando produtividades sensivelmente inferiores ao estimado pelo Departamento Norte-Americano de Agricultura (USDA) no relatório de agosto.
Em meio à demanda firme, associada especialmente à quebra da safra de grãos da região do Mar Negro, o mercado teme que, com a confirmação dos referidas estimativas, a projeção de estoques finais 2010/11 nos Estados Unidos registre signifcativa redução, até a possibilidades inferiores a 1 bilhão de bushels.
Em agosto, as exportações mensais brasileiras totalizaram um volume de 1,191 milhões de toneladas, ante 286 mil toneladas em julho e 372 mil toneladas em agosto de 2009.

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Fonte:
XP Agro

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