Milho: 12º leilão será nesta quarta-feira pela Conab

Publicado em 14/09/2010 07:28
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou para amanhã(15) a realização de mais um leilão de milho, modalidade PEP (Prêmio Escoamento Produto), ofertando 300 mil toneladas de Mato Grosso. Com este leilão, o 12º do ano, o total de milho comercializado via Conab, no Estado, chegará a 7,32 milhões de toneladas. No total, são 11 leilões PEP e 1 Pepro (Prêmio Equalização ao Produtor).

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que, apesar de ainda sobrar no Estado um volume de aproximadamente 1,3 milhão de toneladas, ainda há 2,7 milhões de toneladas estocadas pela Conab.

Na opinião do diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Carlos Fávaro, o leilão da Conab atende a uma reivindicação dos produtores e dará suporte para que o milho “fique com preços mais confortáveis” em pleno período de safra.

No ano passado, a Conab realizou 15 leilões de milho de Mato Grosso, sendo vendidas 1,31 milhão de toneladas. Além disso, o governo federal enxugou o mercado através de aquisições diretas (AGF) e contratos de opção na ordem de 1,974 milhão de toneladas. Somando-se as aquisições e o escoamento, o governo retirou do mercado 7,115 milhões de toneladas. Desse total, 5,14 milhões foram escoados em 2009 com os incentivos dos instrumentos de subvenção – Pepro e PEP.

Em Mato Grosso, a Conab conta com cinco unidades armazenadores – Alta Floresta, Sinop, Sorriso, Diamantino e Rondonópolis - com capacidade estática para 200 mil toneladas. No total, o Estado tem uma rede de 2,27 mil armazéns, com espaço para abrigar até 27 milhões de toneladas (capacidade estática).

PREÇOS - Acompanhando o movimento dos preços da saca de milho no mercado interno, o Imea observa uma forte valorização nos preços de janeiro a agosto. Em Sapezal, o preço médio da saca do cereal encerrou agosto a R$ 9,20, valor 28% maior que no mês de julho.

Na região de Campo Novo dos Parecis, após bater a menor média de preços do ano, no mês de julho, as cotações voltaram a se recuperar e encerraram agosto a R$ 8,66/sc.

Na avaliação dos analistas do Imea, a alta nos preços do mercado interno refletem o bom desempenho dos preços no mercado internacional. “Apesar de Sapezal e Campo Novo do Parecis escoarem seus produtos por rotas opostas, o spread entre os preços está bem próximo, oscilando entre R$ 0,25/saca e R$ 0,60/sc, dependendo da época do ano”, afirmam. Nos demais municípios produtores do Estado, os preços também registraram pequena alta, encerrando a última sexta-feira com a saca cotada a R$ 10 em Sorriso e, R$ 10,50, em Tangará da Serra.

Produção - O primeiro relatório de Oferta e Demanda divulgado pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), após o início da colheita norte-americana, veio com algumas alterações em relação ao mês anterior. O mundo deverá produzir cerca de 826 milhões de toneladas do cereal, dos quais 40% virão das lavouras daquele país. Os EUA, além de serem o maior produtor mundial de milho, consomem 86% de sua produção, ou 288 milhões de toneladas.

De acordo com boletim do Imea, as exportações deverão superar o volume restante (que não será absorvido pelo consumo interno), diminuindo os estoques iniciais em 3 milhões de toneladas. A relação estoque/consumo para o mundo está em 16,3% ou 58 dias de consumo. Para os EUA a relação está um pouco mais apertada, com estoques que abastecem a população por apenas 35 dias.

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Fonte:
Diário de Cuiabá

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