Milho: Segundo especialistas, importações chinesas podem surpreender mercado

Publicado em 06/10/2010 16:55
A demanda chinesa por milho pode ser maior do que o estimado anteriormente com o gigante asiático formando estoques para garantir sua oferta de alimentos,disseram analistas.

Informações de que a safra da China pode não alcançar os níveis recordes esperados impulsionaram as importações do cereal dos Estados Unidos e da Argentina. Nas últimas semanas, esses relatos deram sustentação aos preços em Chicago - que chegaram a superar os US$5,00/bushel.  

Apesar do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimar estoques chineses recordes, um aumento nas importações de grãos criaram um certo ceticismo no mercado.

Nos últimos oito meses do ano, a China importou 714,041 mil toneladas de milho de acordo com números do governo. Segundo observadores, as exportações dos EUA podem facilmente ultrapassar 1 milhão de toneladas. Analistas preveem um volume que pode variar entre 3 e 5 milhões de toneladas caso a colheita chinesa seja fraca.

"A China é o fator imprevisível no mercado de milho", afirmou o analista de commodities Alex Bos, do banco Macquarie. "Se a China importar 5 milhões de toneladas de milho dos Estados Unidos, será um fator altista no mercado." Ele completou que "se trata de uma quantidade grande de milho que os Estados Unidos não têm, necessariamente".

Estimativas para a safra de milho chinesa variam muito. Embora o USDA preveja, até o momento, um crescimento de 7% na produção, para 166 milhões de toneladas, o Conselho de Grãos dos Estados Unidos espera apenas uma pequena elevação de 2%, para 158 milhões de toneladas, depois de realizar recentemente uma expedição nas áreas produtoras da China.

O governo da China já liberou 15 milhões de toneladas de milho dos estoques do país, mas a demanda por carnes se expande principalmente na classe média e pode forçar o país a comprar mais milho para ração. "Politicamente, eles parecem precisar de estoques estratégicos mais amplos, para ajudar a controlar a inflação interna", comentou Steve Jesse, diretor do Barclays Capital. "Pode ser que estejamos subestimando o consumo na China."

Com informações da Dow Jones

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Fonte:
Redação NA

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