Previsão para estoques finais de milho nos EUA é a menor em 15 anos

Publicado em 08/12/2010 14:42 e atualizado em 08/12/2010 16:06
Nesta sexta-feira, 10, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seu relatório mensal de oferta e demanda de dezembro.

A expectativa do mercado para o boletim é de que os estoques finais venham mais ajustados do que no último, em novembro. Essa redução nos níveis das reservas deverá atuar como fator de alta para os preços dos grãos na Bolsa de Chicago, entretanto, não deve provocar uma explosão nas cotações.

No entanto, o analista de mercado da XP Agro, Ricardo Lorenzet, explica que os fundos já estão precificados  frente a essas informações, e ainda aguarda um relatório neutro.

Algumas agências já divulgaram suas estimativas para o relatório da próxima sexta-feira.

Para a soja, a Bloomberg aposta em estoques finais norte-americanos em 4,48 milhões de toneladas, a Dow Jones em 4,54 milhões e a Allendale em 3,70 milhões de toneladas - a menor expectativa.

Já para o milho, o esperado pela Bloomberg é um volume de 20,48 milhões de toneladas, a Dow Jones em 20,4 milhões e a Allendale em 21,01 milhões de toneladas.

Sobre o trigo, a Bloomberg estima 22,9 milhões de toneladas, a Dow Jones 23,11 milhões e a Allendale 22,7 milhões de toneladas.

A redução prevista para o milho, uma média de 2,9%, já é a menor em 15 anos. Já no caso da soja, os estoques finais dos EUA registram os menores níveis desde 2003 e a menor relação estoque/consumo desde 1953.

Quanto aos estoques mundiais dos grãos, a aposta da Allendale para a soja é de 60,75 milhões de toneladas e da a Bloomberg é de 60,59 milhões de toneladas. Para o milho, a primeira aposta em 128,98 milhões de toneladas e para o trigo, 171,40 milhões de toneladas. Já a segunda, espera reservas finais em 128,71 milhões de toneladas e para o trigo 171,30 milhões de toneladas.

Nesta quarta-feira, à espera dos dados do USDA, o mercado atua bastante volátil. Depois de terminar o pregão noturno em queda e de estender as perdas para o início do diurno, os preços voltaram a subir por volta das 15h30 (horário de Brasília) na sessão de hoje.

O milho sente a influência positiva também das condições climáticas desfavoráveis na América do Sul e na preocupação com a oferta na Argetina. O trigo também encontra suporte no clima, porém, a preocupação vem das excessivas chuvas na Austrália que podem comprometer a oferta do produto de qualidade.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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