Governo vai trabalhar para aumentar a produção de milho gaúcha

Publicado em 04/03/2011 08:02
O Rio Grande do Sul precisa ter políticas que assegurem a autossuficiência na produção do milho, tendo em vista a importância estratégica da cultura para a economia gaúcha. A opinião é do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e foi externada na tarde desta quarta-feira (2), em Ijui, durante a primeira abertura oficial da colheita do milho no Estado.

O ato, que contou com a presença de produtores e lideranças da região Noroeste do Estado, foi realizado na propriedade de Antenor Vione, no distrito de Barreiro, no interior de Ijuí. No local, o produtor plantou 30 hectares de milho e pretende obter uma produtividade média de 140 quilos por hectare, bem acima da média do RS, estimada em pouco mais de 90 quilos, mas abaixo do obtido em algumas outras localidades, que já ultrapassam a 200 quilos.

De acordo com o secretário, o milho é fundamental para a expansão de pelo menos outras três cadeias produtivas - suinocultura, avicultura e bacia leiteira. Por esta razão, o Estado deve ultrapassar a barreira dos pouco mais de cinco milhões de toneladas que, hoje, correspondem a cerca de 10% da produção nacional.

"Precisamos investir em tecnologias que nos garantam aumentar a produtividade nas regiões tradicionalmente produtoras e desbravar novas fronteiras para o milho, como a Metade Sul, a partir de investimentos públicos e privados na irrigação", defendeu o secretário, que prometeu, ainda, reativar a Câmara Setorial do Arroz, que não se reúne há mais de sete anos.

O presidente do Sindicato de Carnes Suínas do Rio Grande do Sul, Osmildo Pedro Bieleski, garantiu que o setor não se expande mais por que falta milho para alimentar a criação. "O que pagamos de impostos hoje para outros Estados, de onde importamos o milho, seria suficiente para fazer investimentos que nos levassem a suprir nossa demanda atual e futura", concluiu Bieleski.

O presidente da Associação de Produtores de Milho (Apromilho), Claudio de Jesus, assegurou que a produção desta safra poderia ser maior se dois fatores não tivessem se combinado no início do plantio. "O preço sinalizado era de R$ 14,00 a saca e havia perspectiva de efeitos negativos do La Nina", lamentou o dirigente, que antevia a possibilidade da produção ser 10% maior.

"Vamos buscar os mecanismos possíveis de fazer com que a produção gaúcha de milho cresça e dê suporte para o incremento de outros setores de nossa economia, provocando o aumento da renda pública e da renda privada de nosso estado a partir de um novo ciclo de desenvolvimento da economia riograndense, ancorado no setor primário", finalizou Mainardi.

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Fonte:
Sec. de Agricultura do RS

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1 comentário

  • Flavio Schirmann Formigueiro - RS

    Se existisse uma política de preço mínimo, que garantisse o custo de produção mais margem de lucro, os produtores do planalto garantiriam o abastecimento de milho. Só não venham falar em MILHO NA VÁRZEA, que já provou não dar resultados práticos... (vide programas do governo Olívio Dutra).

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