Japão: Terremoto não deve diminuir demanda por grãos

Publicado em 16/03/2011 14:24 e atualizado em 16/03/2011 15:22
De acordo com as Nações Unidas, a demanda por grãos do Japão, o maior importador mundial de milho,  não irá diminuir mesmo depois do terremoto e do tsunami que atingiram o país terem danificado os portos e interrompido os desembarques.

A nação asiática vem se deparando com a falta de energia e o crescente perigo de uma catástrofe nuclear por conta do vazamento de material radioativo da usina de Fukushima.

Frente a isso, o desembarque de milho dos Estados Unidos em Kashima e demais portos foram suspensos por conta dessas interrupções nas atividades.

"Eu não vejo nenhum motivo específico para um recuo da demanda. Os portos do nordeste - região atingida pelo terremoto - não são os maiores portos. Para a importação de alimentos as embarcações podem ser redirecionadas para outros portos. A demanda continua firme", disse Hiroyuki Konuma, representante da Ásia na FAO.

As compras do Japão sustentadas devem voltar a dar suporte aos preços do milho e mantê-los em alta depois que as cotações registraram o menor patamar em dois meses na sessão de ontem, quando terminaram no limite de baixa na Bolsa de Chicago.

Segundo Luke Mathews, um estrategista de commodities do Commonwealth Bank, da Austrália, os estoques globais de milho devem continuar apertados mesmo com um pequeno declínio temporário da demanda japonesa.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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