Imea projeta queda de 10% na produção de milho safrinha em MT

Publicado em 06/04/2011 08:07
Concluído o plantio da segunda safra - a safrinha - de milho, em Mato Grosso as estimativas para a produção indicam que a queda será um pouco maior que o esperado. O último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indica uma colheita de 7,56 milhões de toneladas, 2,5% abaixo do estimado em março e 10,1% menor que o colhido na safra anterior, de 8,41 milhões.

O órgão reduziu a estimativa de produção porque houve redução da área semeada em decorrência do atraso do plantio da segunda safra no Estado. No relatório deste mês, o Imea prevê 1,75 milhão de hectares cultivados, 2,7% a menos do que o projetado em março. "Aqui nós brincamos dizendo que o plantio não foi concluído. Ele aconteceu até onde foi possível", afirma Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do Imea.

Ela observa que o atraso no plantio da safrinha de milho ocorreu por conta do atraso da colheita da soja, cujo cultivo já havia sido postergado. As chuvas que atingiram o Estado agravaram o quadro porque atrasaram ainda mais a colheita da oleaginosa. "Por enquanto a produtividade do milho está estável, mas ainda pode ter interferência caso as chuvas não ocorram n período certo, já que a colheita do cereal só começa em junho", afirma.

No caso da soja, mesmo com o atraso no plantio e a dificuldade em se colher em decorrência das chuvas em Mato Grosso, o Estado terá uma produção recorde neste ano. O Imea revisou para cima sua estimativa, e a projeção é que Estado colha 20,3 milhões de toneladas. O volume é 5,7% superior ao estimado em março e 8,2% maior que a produção da safra 2009/10.

A pesquisadora do Imea acrescenta que a produtividade de 3.174 quilos por hectare, novo recorde para o Estado, pode ser ainda maior. "A colheita ainda não foi totalmente concluída e algumas regiões mais ao norte do Estado foram muito bem", afirma Maria Amélia.

Hoje, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga seu sétimo levantamento da safra 2010/11 de grãos do Brasil. A expectativa é que, assim, como o Imea e consultorias privadas, a estatal revise para cima algumas de suas projeções.

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Fonte:
Valor Econômico

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