Queda nos preços dos alimentos freia inflação para o produtor

Publicado em 03/06/2011 08:24
A queda nos preços dos alimentos freou a alta da inflação medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) no mês de abril. O IPP, que mede a variação de preços dos produtos na saída das fábricas, isto é, sem impostos ou custos de frete, variou 0,34% em abril, abaixo dos índices verificados nos meses de março deste ano (0,39%) e abril de 2010 (0,40%).

A redução no ritmo da inflação foi influenciada, principalmente, pela queda de 1,21% no preço dos alimentos industrializados, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente do IPP, Alexandre Brandão, os alimentos vêm tendo reduções de preços desde o início de 2011 e já acumulam queda de 1,50% no ano, ao contrário de 2010, quando houve alta. “Neste mês, especificamente, começamos a ver a entrada da safra da cana, então o preço do açúcar cai, a safra da laranja também provoca a queda no preço da laranja etc.”, disse Brandão.

As maiores influências para a queda dos preços dos alimentos foram o açúcar cristal, o açúcar demerara (tipo de açúcar cristal, mas mais escuro porque não passa por processo de branqueamento) e o suco concentrado de laranja.

Apesar do comportamento dos alimentos, a inflação chegou a 0,34%, um reflexo da alta nos preços em 13 das 23 atividades pesquisadas pelo IBGE, em especial nos setores de refino de petróleo e produtos de álcool (inflação de 2,45%), metalurgia (2,41%) e outros produtos químicos (0,56%).

“No caso do refino, temos o preço do álcool, que está subindo, assim como o do querosene de aviação e do nafta, que é um produto vem crescendo ao longo do tempo. O nafta, em especial, também impacta o setor de químicos. No setor de químicos, há ainda uma recuperação dos preços que caíram com a crise de 2008. No caso da metalurgia, isso se deve a novas negociações e contratos onde eles puderam aumentar o preço”, destacou Brandão.

O Índice de Preços ao Produtor acumulado no ano chega a 1,74% e no acumulado de 12 meses, a 6,73%.

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Fonte:
Agência Brasil

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