Tiro no pé, bem na ponta do dedão
Quanto à quebra de produtividade os indicativos mostram que o percentual médio de quebra não será superior a 27,0% (vinte e sete por cento), muito abaixo do que inicialmente fora estimado; no entanto o produto que está sendo colhido já apresenta as conseqüências na qualidade, com altos índices percentuais de grãos danificados, chochos, em pré-germinação e outros aspectos que visualmente compromete a qualidade produto que também apresenta um peso específico (peso por metro cúbico – milho isopor) bem menor do que a média padrão.
Por conseqüência este conjunto de fatores reflete nos preços pagos aos produtores, que abre a semana (15/08/2011), cotado em R$.21,50 (vinte um reais e cinqüenta centavos), por saca, para o produto de boa qualidade e de R$.14,20 (quatorze reais e vinte centavos) para o produto de qualidade baixa.
Nos últimos 30 dias a queda no preço já acumula 13,0% de baixa e, ao que tudo indica não deve para por aí; a previsão é de que ocorra um recuo de mais 5,0% ou 6,0% nos preços até o final da colheita.
A boa notícia pode ser uma estimativa de produção total no Estado do Paraná, de um volume bem maior do que o estimado oficialmente. Se os índices de produtividade se mantiverem, o estado poderá colher 2,08 milhões de toneladas a mais do que o previsto, totalizando uma produção de 7,88 milhões de toneladas; a qualidade pode até ser um tanto duvidosa, mas o produto vai estar aí para atrapalhar ainda mais os preços.
Abaixo um quadro desta análise: