Tiro no pé, bem na ponta do dedão

Publicado em 16/08/2011 10:57 e atualizado em 16/08/2011 11:33
Por José Donizeti Pitoli
De botina furada pela queda no preço, a colheita de milho nas lavouras do Estado do Paraná, atinge atualmente a média estimada que 40% das áreas já foram colhidas. Logo nos primeiros dias após as geadas as perdas de produção foram cogitadas davam indicação de que 50% a 60% da produção havia se perdido, tamanho foi o alcance do fenômeno. Agora com o avanço da colheita pode ser constatado o real dano na produção e os efeitos na qualidade do produto que vem sendo colhido.   

Quanto à quebra de produtividade os indicativos mostram que o percentual médio de quebra não será superior a 27,0% (vinte e sete por cento), muito abaixo do que inicialmente fora estimado;  no entanto o produto que está sendo colhido já apresenta as conseqüências na qualidade, com altos índices percentuais de grãos danificados, chochos, em pré-germinação e outros aspectos que visualmente compromete a qualidade produto que também apresenta um peso específico (peso por metro cúbico – milho isopor) bem menor do que a média padrão.

Por conseqüência este conjunto de fatores reflete nos preços pagos aos produtores, que abre a semana (15/08/2011), cotado em R$.21,50 (vinte um reais e cinqüenta centavos), por saca, para o produto de boa qualidade e de R$.14,20 (quatorze reais e vinte centavos) para o produto de qualidade baixa.

Nos últimos 30 dias a queda no preço já acumula 13,0% de baixa e, ao que tudo indica não deve para por aí; a previsão é de que ocorra um recuo de mais 5,0% ou 6,0% nos preços até o final da colheita.

A boa notícia pode ser uma estimativa de produção total no Estado do Paraná, de um volume bem maior do que o estimado oficialmente.      Se os índices de produtividade se mantiverem, o estado poderá colher 2,08 milhões de toneladas a mais do que o previsto, totalizando uma produção de 7,88 milhões de toneladas; a qualidade pode até ser um tanto duvidosa, mas o produto vai estar aí para atrapalhar ainda mais os preços.

Abaixo um quadro desta análise:                     

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Fonte:
Coopermibra

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