Mercado financeiro mundial é fundamental no mercado do milho

Publicado em 23/08/2011 10:49
A colheita vai se aproximando do fim nas principais regiões produtoras do país. Com isso, o mercado segue voltado para as exportações e para a situação dos preços em Chicago. No Centro-Oeste, as produtividades foram boas superando as expectativas iniciais, porém, na região do Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul, a qualidade do milho preocupa os consumidores locais.

Diante deste quadro, o produto do Centro-Oeste se torna privilegiado, já que tem forte procura dos exportadores, dos consumidores locais e dos próprios consumidores da região Sul do país. Em Goiás, os preços médios giram em torno de R$ 23,50/sc, com preços maiores em regiões consumidoras, como Itaberaí.

Porém, mesmo diante deste quadro, as comercializações estão muito lentas, com negócios apenas pontuais. Grandes partes dos produtores negociaram bem sua safra, e, com os compromissos encerrados, aguardam melhores preços. As perspectivas são boas, já que com a escassez no mercado interno, a excelente demanda na exportação e a safra nova só estarão presentes no mercado no fim de fevereiro e as perspectivas são de altas. No entanto, para que estes fundamentos continuem até o início de 2012, as posições em Chicago, principalmente a de dezembro, devem manter a atual tendência.

Na bolsa de mercadorias e futuros de Chicago (CBOT, sigla em inglês), a posição de dezembro atingiu uma marca histórica. No decorrer do dia, esta posição alcançou US$ 7,36/bu, superando o valor de quarta-feira (17) que foi de US$ 7,33/bu. O importante que este recorde vem ocorrendo em um momento de situação macroeconômica bastante delicada.

Este fato mostra a firmeza dos fundamentos de oferta e demanda do milho. As condições climáticas vem castigando as lavouras americanas, o que reduz consideravelmente a produtividade das lavouras por lá. Sendo assim, muitos acreditam que em condições econômicas melhores o preço destas posições em Chicago poderiam chegar a US$ 8/bu. Sendo assim, a sexta-feira (26) será um momento decisivo. Possivelmente, Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), deve anunciar nova rodada de estímulo econômico, caracterizando o terceiro programa de afrouxamento quantitativo (QUANTITATIVE EASING, que agora estaria na sua terceira versão, QE3). Com isso, a economia americana pode respirar melhor dando espaço para os ganhos nas commodities agrícolas.

Sendo assim, para os produtores que ainda possuem milho para negociação, é recomendável acompanhar as situações da economia mundial, principalmente na sexta-feira (26). Estes fundamentos estão mais presentes no mercado do que a oferta e demanda, que mantém as posições neste mercado.

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Fonte:
FAEG- GO

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