Queda do milho nos EUA é chance para exportações no Brasil
“Os milhocultores devem aumentar as apostas no grão. Temos um dos melhores grãos do mercado e a perspectiva de produção para a safra 2011/12 é de mais de 50 milhões de toneladas”, comenta Alysson Paolinelli, presidente-executivo da entidade. Ele afirma que, com esse’ resultado, será possível abastecer o mercado interno e ainda disponibilizar milho para outros países do mundo.
“Os EUA são o principal concorrente dos brasileiros no mercado internacional e já informaram que terão que diminuir a produção de etanol para destinar parte do milho para abastecer o mercado interno. Por isso, as novas possibilidades de exportação aumentam”, conta Paolinelli.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de milho safra 2011/12 deve ficar em 317 milhões de toneladas, 3,2% menor que o estimado em agosto. A produtividade média também caiu 3,2%, e passou para 154 sacas por hectare. O país é o maior exportador mundial do grão, e a notícia abre espaço para que outros produtores – como o Brasil, grande produtor mundial – possam suprir a demanda mundial.
Tecnologia é diferencial para produtores brasileiros
Para o presidente-executivo da Abramilho, as possibilidades tecnológicas disponíveis no Brasil favorecem os produtores. “As tecnologias de sementes que temos são adaptáveis ao clima. Além disso, o sistema de produção e manejo brasileiros são muito bem estruturados. Tudo isso eleva nossa produção e produtividade”, salienta.
De acordo com previsão da consultoria Céleres, lavouras semeadas com milho devem ocupar 8,2 milhões de hectares na safra verão, garantindo pelo menos 36 milhões de toneladas do grão – 10% mais do que na safra verão 2010/11.