Petróleo sobe com determinação russa de cortes na produção e persistência de tensões geopolíticas

Publicado em 25/03/2024 18:45

HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, com as determinações do governo russo para reduzir a produção de petróleo e os ataques às infraestruturas energéticas tanto na Rússia quanto na Ucrânia contrabalanceando os apelos das Nações Unidas por um cessar-fogo em Gaza.

Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 1,32 dólar, ou 1,55%, a 86,75 dólares o barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA subiram 1,32 dólar, ou 1,64%, a 81,95 dólares.

Ambos os índices de referência têm subido constantemente este ano, com o Brent avançando quase 11% e o WTI cerca de 12,5% até o fechamento de sexta-feira, em meio às expectativas de queda nas taxas de juros nas principais economias e às tensões geopolíticas no leste da Europa e no Oriente Médio.

Enquanto isso, a Rússia determinou que as empresas reduzam a produção de petróleo no segundo trimestre para cumprir a meta de produção de 9 milhões de barris por dia (bpd) até o fim de junho, em linha com seus compromissos com o grupo de produtores da Opep+, conforme informado por três fontes do setor nesta segunda-feira.

Os ataques às instalações energéticas russas e à infraestrutura energética ucraniana têm aumentado as preocupações com o fornecimento, disse Hiroyuki Kikukawa, presidente da NS Trading, uma unidade da Nissan Securities.

Do outro lado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma resolução nesta segunda-feira exigindo um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, além da libertação de todos os reféns, depois que os Estados Unidos se abstiveram da votação.

"Teremos que ver como a resolução da ONU sobre um cessar-fogo se desenrola na prática em Gaza, e se isso resultará, em última análise, na interrupção dos ataques dos houthis ao tráfego de petroleiros no Mar Vermelho", disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates.

(Reportagem de Georgina McCartney em Houston, Natalie Grover em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio e Sudarshan Varadhan em Cingapura)

Fonte: Reuters

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