Petróleo sobe à medida que EUA intensificam ações contra navios-tanque da Venezuela

Publicado em 22/12/2025 12:36

Por Enes Tunagur

LONDRES, 22 Dez (Reuters) - Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira depois que os EUA interceptaram um navio petroleiro em águas internacionais na costa da Venezuela e as tensões na guerra da Rússia contra a Ucrânia permaneceram altas, com ambos os acontecimentos aumentando os temores de interrupção do fornecimento.

Os contratos futuros do petróleo Brent ganharam US$ 1,4, ou 2,3%, para US$61,87 por barril, por volta das 12h30 (horário de Brasília).

Os participantes do mercado agora veem um risco de interrupção das exportações de petróleo venezuelano por causa do embargo dos EUA, depois de terem sido complacentes nesse sentido, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo.

O petróleo bruto venezuelano é responsável por cerca de 1% da oferta global.

O aumento da oferta dos EUA e do grupo de produtores Opep+ compensou amplamente as preocupações com a interrupção da oferta em outros lugares para manter os futuros do Brent em torno de US$65 por barril no segundo semestre de 2025, embora os preços tenham diminuído no mês passado devido a preocupações com o excesso de oferta.

Os preços do petróleo têm sido sustentados pelos acontecimentos na Venezuela, enquanto as tensões entre a Rússia e a Ucrânia estão em segundo plano em um mercado que, de outra forma, seria muito "baixista", disse June Goh, analista da Sparta Commodities.

A Guarda Costeira dos EUA está perseguindo um navio petroleiro em águas internacionais perto da Venezuela, no que seria a segunda operação desse tipo no fim de semana e a terceira em menos de duas semanas, se for bem-sucedida, disseram autoridades à Reuters no domingo.

A recuperação dos preços do petróleo foi desencadeada pelo anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de um bloqueio "total e completo" aos petroleiros venezuelanos sancionados e pelos desdobramentos subsequentes no país, seguidos por relatos de um ataque de drones ucranianos a um navio da frota "sombra" russa no Mediterrâneo, disse o analista do IG Tony Sycamore.

Fonte: Reuters

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