Internacional: Metade da demanda mundial por alimentos virá da Ásia
Metade da demanda global por alimentos nos próximos 20 anos virá da Ásia, de acordo com Vishnu Mohan, CEO da consultoria ANZ Pacific. Segundo o Fijitimes.com, site da república de Fiji, que traz informações de países asiáticos, um relatório divulgado pela ANZ Pacific aponta Papua-Nova Guiné como um dos países asiáticos com maior potencial de produção agrícola e capaz de atender parte da demanda por alimentos, devido sua área ampla e abundância de água.
Ainda assim, apesar dos recursos naturais favoráveis, o país precisa superar diversos desafios e atrair investidores e empresários do agronegócio. "O governo já estipulou metas para desenvolver todo o potencial do país e para conseguir um aumento significativo na produção agrícola. Essas ações serão cruciais para que a economia do país não seja totalmente dependente de seus recursos naturais", informou Mohan.
Mohan disse ainda que o relatório da ANZ Pacific destaca o potencial de Papua-Nova Guiné de aumentar seu setor de exportações em até 6 vezes, e aumentar seus lucros de US$ 23 bilhões para US$ 36 bilhões até 2030.
Austrália de olho na demanda asiática
Os produtores rurais australianos estão atentos às oportunidades de aumentar o fornecimento de alimentos para países asiáticos. De acordo com o site australiano ruralweekly.com, o ABARES (Escritório Australiano de Agricultura, Ciência e Economia e Recursos) produziu, na última semana, um relatório chamado "O que a Ásia quer", baseado no aumento da demanda asiática por alimentos.
O relatório mostra que há um claro aumento de demanda por frutas e vegetais de qualidade vindo da Ásia, e que a Austrália pode atender essa demanda. No entanto, o país precisa estar atento à maneira como divulga e comercializa suas commodities.
Em geral, o ABARES prevê que o consumo de frutas e vegetais na Ásia irá dobrar até 2050, com importações anuais alcançando US$ 8 bilhões.
Na China, o consumo de frutas e vegetais deverá ser 50% maior, mas grande parte dessa demanda será suprida pelo mercado doméstico. Já na Índia, o consumo de grãos e hortifruti cresce em média 3,6% ao ano. Já o consumo do Japão e da Coréia não deve aumentar, mas também são considerados mercados significativos pela Austrália.
Informações: Fijitimes.com e ruralweekly.com.au
Tradução: Fernanda Bellei