Agrimoney: Valor de áreas agrícolas caem nos Estados Unidos, mas áreas de pastagem se valorizam

Publicado em 16/05/2014 16:49

As áreas de pastagens, que durante anos foram as de menor valor no mercado de terras dos Estados Unidos, estão retornando à proeminência graças à melhoria da rentabilidade na criação de gado em comparação com o cultivo de algumas culturas. De acordo  com o site norte-americano Agrimoney, o preço de áreas de pastagens estão subindo com mais força que as terras aráveis. 

O banco central americano, The Federal Reserve, informou que nos primeiros três meses de 2014 registraram um desaceleramento no mercado de terras produtivas no país. A desvalorização, que se iniciou no ano passado, já registrou uma queda de 4,3% na relação de crescimento ano-a-ano, principalmente em estados como Kansas, Nebraska e Oklahoma. Este é o desempenho mais fraco do setor em quatro anos.  

Em importantes estados do Corn Belt, como Iowa, o maior estado produtor de milho e soja, os valores das terras caíram 1% no primeiro no primeiro trimestre, a primeira queda em cinco anos. 

Já os valores de áreas agrícolas em Indiana e Illinois tiveram queda mais expressiva, de 4%. 

Na região Sul das Planícies Centrais, o valor das terras aráveis não-irrigadas caiu 1,4% na comparação entre trimestres, mas a forte demanda por áreas de pasto de alta qualidade elevou o preço das pastagens em 2,6%. 

A Agrimoney informa que “os preços mais altos pagos pela carne suína e bovina, aliados aos valores mais baixos de ração, aumentaram as margens de lucro para pecuaristas e suinocultores”.

Na contra-mão
A maior valorização das terras de pastagens é uma tendência contrária ao que tem se observado nos últimos anos nos EUA e, segundo a Agrimoney, representa uma grande “reviravolta” no setor. Nos últimos cinco anos, os valores de terras de cultivo sem irrigação já praticamente dobraram, enquanto os valores de terra irrigada aumentaram em 117%, segundo análise do Federal Reserve de Kansas City.

No mesmo período, os valores de pastagens subiram 62%, devido aos preços elevados dos grãos e dos generosos planos de seguro de colheitas concedidos aos produtores norte-americanos. 

Informações: Agrimoney

Tradução: Fernanda Bellei

Fonte: Notícias Agrícolas

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