Agência do Rádio MAIS: Jungmann assina acordo bilateral para grupo contra criminalidade no campo

Publicado em 09/08/2018 11:45
Com duração de dois anos, CNA pretende manter estratégia mesmo com possível troca de governo Reportagem, Raphael Costa

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, assinou na manhã desta quarta-feira (8), um protocolo para nos próximos dois anos mapear e tomar medidas mais efetivas para combater e prevenir a criminalidade no campo como assaltos e furtos. O protocolo foi assinado em parceria com a Confederação Da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O objetivo é criar um grupo de trabalho das duas partes que inclua o no Plano Nacional de segurança Pública e Defesa Social, além da inclusão no Sistema Nacional de Informações e Gestão de Segurança Pública e Defesa Social.

Entre os motivos apresentados para a falta de informações sobre o tema está o não relato das vítimas às forças policias para o registro das ocorrências. Outro ponto é a não distinção entre os casos de violência urbana com os cometidos nas áreas rurais.

Com prazo de dois anos de duração, a parceria quer criar políticas específicas para os casos de violência no campo.

Após assinar a união, Jungmann detalhou como serão as ações desta parceria e de que forma ela passará a fazer parte do plano de segurança pública.

“Nós estamos determinando que a área da inteligência passe a focar a questão do campo. Nós vamos chamar a CNA para participar do Conselho Nacional de Segurança Pública, que vai instituir o Sistema Único de segurança pública. A Polícia Rodoviária Federal se especializar e deslocar parte de seu efetivo para aquelas áreas mais críticas, onde nós temos a criminalidade crescente em termos de campo. Nós também estaremos preocupados em levar a coordenação de combate a facções criminosas para a questão do campo.”

A criação do grupo veio após a CNA apresentar um levantamento, feito pela própria Confederação sobre o assunto. O documento foi publicado em maio e entregue a Jungmann e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Segundo a entidade, a falta de Informações dá uma certa invisibilidade ao assunto.

O presidente da confederação, João Martins, aponta alguns dos motivos que fizessem com que os produtores rurais se tornassem alvos dos criminosos nos últimos anos.

“A agropecuária brasileira, a cada dia, vem ficando sofisticada em todos os sentidos. Nós estamos utilizando equipamentos caras, máquinas caras e principalmente, defensivos e fertilizantes. Então, esses defensivos e fertilizantes passaram a ser objeto dos assaltos dessa propriedades. E mais do que isso, a preocupação das pessoas que residiam nessas propriedades.”

A fala do presidente é confirmada pelo boletim entregue pela CNA, em que aponta roubos e furtos como os principais crimes cometidos no campo.

A delegada Sandra Mara Neto, que representa a Secretaria de Nacional de Segurança Pública será a responsável por coordenar o trabalho.

Parta fazer o levantamento que resultou neste acordo a CNA criou no ano passado o Observatório da Criminalidade do campo. O canal permitia que produtores rurais e trabalhadores do campo repassassem à instituição os casos de violência sofridos.

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