Com mais recursos e melhores condições de financiamento, Plano Safra 2020/2021 terá R$ 236,3 bilhões

Publicado em 17/06/2020 16:43 e atualizado em 17/06/2020 17:32
Recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus

 

O governo federal lança nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2020-2021, que contará com R$ 236,3 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de R$ 13,5 bilhões em relação ao plano anterior. Os financiamentos podem ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.

Do total, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização (5,9% acima do valor da safra passada) e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%). Todos esses recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus.

Os recursos destinados aos investimentos cresceram em média 29%.

Os pequenos produtores rurais terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização.

Para os médios produtores rurais, serão destinados R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano (custeio e comercialização). Para os grandes produtores, a taxa de juros será de 6% ao ano. 

>> Confira a apresentação dos números do Plano Safra 2020/2021

A subvenção ao Prêmio do Seguro Rural teve um acréscimo de 30% no valor, chegando a R$ 1,3 bilhão, o maior montante desde a criação do seguro rural. O valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.

Para incentivar a construção de armazéns nas propriedades, serão destinados R$ 2,2 bilhões. Para o financiamento de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5% ao ano.

Outro setor beneficiado será o da pesca comercial, que terá apoio para acessar o crédito rural. Desta forma, a atividade poderá financiar a compra de equipamentos e infraestrutura para processamento, armazenamento e transporte de pescado.

>> Confira todas as informações sobre o Plano Safra no hotsite

Sustentabilidade
 

O Plano Safra destaca linhas de crédito que contribuem para a sustentabilidade da agricultura. O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis, terá R$ 2,5 bilhões em recursos com taxa de juros de 6% ao ano, uma ampliação de R$ 400 milhões. Na safra 2020-2021, os produtores terão acesso à linha ABC Ambiental, com recursos para restauração florestal, voltada para contribuir com a adequação das propriedades rurais ao Código Florestal. A taxa de juros é de 4,5% ao ano.

A partir de 1º de julho de 2020, os produtores poderão financiar aquisição de cotas de reserva ambiental, medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.

Também há incentivos à adoção de tecnologias relacionadas aos bioinsumos dentro das propriedades rurais e pelas cooperativas. Os produtores podem acessar pelas modalidades de custeio, para aquisição de bioinsumos, ou investimento, na montagem de biofábricas dentro das propriedades (onfarm). Os recursos estão previstos no Inovagro e, no caso dos investimentos em biofábricas, podem chegar a 30% do valor de todo o financiamento. Para as cooperativas, as linhas de crédito é o Prodecoop, para a aquisição de equipamentos para a produção dos bioinsumos.

Outra novidade é oPronaf-Bio, voltado para apoiar as cadeias produtivas da bioeconomia.

 

Inovação

No Plano Safra 2020/2021, está disponível financiamento para aquisição de equipamentos de monitoramento climatológico, como estações meteorológicas e softwares, e de monitoramento da umidade do solo. Os financiamentos poderão ser feitos pelo Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra). 

A pecuária também terá apoio financeiro por meio do Programa de Incentivo à Inovação e Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro). Os pecuaristas poderão financiar a aquisição de equipamentos e serviços de pecuária de precisão.

Os setores da pecuária bovina e bubalina, de leite e de corte também estão contempladas nos financiamentos para automação, adequação e construção de instalações.

Agricultura Familiar

Os agricultores familiares poderão continuar usando o crédito para financiar e reformar casas rurais. Nesta safra, os recursos para este fim somam R$ 500 milhões.

O filho ou filha do agricultor familiar, que possua Declaração de Aptidão (DAP) da sua unidade familiar, poderá também solicitar financiamento para construção ou reforma de moradia na propriedade dos pais.

No Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF), o bônus de desconto será elevado para as operações de custeio e de investimento.

Nos investimentos coletivos para atividades de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura (criação de crustáceos) e fruticultura, o limite por beneficiário foi ampliado.

Assistência Técnica

Os agricultores familiares e os médios produtores poderão financiar atividades de assistência técnica e extensão rural, de forma isolada, por meio do Pronaf e Pronamp, respectivamente.

Plano Safra 2020/21 terá financiamentos recordes de R$236,3 bi e juros caem

LOGO REUTERS

(Reuters) - O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira um recorde de 236,3 bilhões de reais em recursos para financiamentos pelo Plano Safra 2020/21, alta de 6,1% em relação ao montante da temporada passada, enquanto os juros recuaram, conforme o Ministério da Agricultura.

Do total, 179,38 bilhões de reais serão destinados ao custeio e comercialização (5,9% acima do valor da safra passada) e 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%).

Os pequenos produtores rurais terão 33 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização. Na temporada anterior, as taxas eram de 3% a 4,6% ao ano.

No Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros são de 5% ao ano (custeio e comercialização), ante tarifas de 6% no último Plano Safra.

Para os grandes produtores, a taxa de juros será de 6% ao ano, ante 8% no ciclo anterior.

Os financiamentos podem ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021, informou a pasta.

(Por Nayara Figueiredo e Roberto Samora)

 

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Fonte:
MAPA

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1 comentário

  • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

    Independente dos valores das taxas de juros, o que mais me chamou a atenção foi a fala do Presidente, seu conhecimento, comprometimento com o Agro, o respeito pelo produtor e pela nossa ministra Teresa Cristina.

    Parabéns Presidente pela seu respeito para com os produtores rurais do Brasil.

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    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      Destaque da fala do Presidente durante o plano safra.. diz que plantou arroz e aplicou Folidol para controle de folha larga... só que não funcionou, e teve que capinar kkkk

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    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      Pronaf, queda de 0.25%, médio queda de 1% e o grande queda de 2% nas taxas de custeio... como sempre, o grande levando vantagem... em minha opinião, o grande tem que andar com suas próprias pernas, o grande está pegando o lucro de sua produção comprando tudo em volta, tirando pequenos e médios produtores do ramo e usando dinheiro nosso para custear sua produção...

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    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      Após uma certa quantidade de terras no CPF ou CNPJ, o empréstimo tem que ser a juro de mercado..

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      Leandro, tem dinheiro à vontade nos bancos para pequenos, médios e grandes produtores... basta o produtor estar em dia e ter capacidade de pagamento. Eu não sei porquê tanta reclamação...

      5
    • leandro carlos amaral Itambé - PR

      Como disse em meu comentário "e minha opinião",não e uma reclamação e só um ponto de vista...ou não tenho esse direito

      7
    • Bruno RJ são joão - PR

      Leandro, seria estranho seria se o Folidol matasse plantas de folha larga.... kkkkkkkkkkkk

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