Preços agrícolas caem pela quinta vez consecutiva em São Paulo

Publicado em 13/03/2012 11:00
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, caiu, na primeira quadrissemana de março, pela quinta vez consecutiva, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). A queda, de 0,94%, ocorreu, basicamente, em função do recuo nos preços dos produtos de origem vegetal (baixa de 2,45%), já que o índice de preços dos produtos de origem animal subiu 3,08%. Porém, se a cana-de-açúcar for excluída do cálculo, o índice de preços dos produtos vegetais cai ainda mais (6,39%), puxando o índice geral para menos 1,47%.

Entre os produtos analisados, 13 apresentaram retração (nove do setor vegetal e quatro do segmento animal), enquanto sete produtos sofreram acréscimos nos preços (cinco do setor vegetal e dois da área animal). As quedas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate para mesa (44,22%); da batata (20,17%); do feijão (12,19%); do café (9,50%) e da banana nanica (6,32%).

A boa oferta do tomate, devido ao amadurecimento rápido nos tomateiros, levou à necessidade de colocar o produto rapidamente no mercado, segundo pesquisadores do IEA. O mesmo aconteceu com a batata, que por ser também produto perecível, sofreu uma variação conjuntural dos preços, cuja queda, no entanto, pôde ser contida com o aumento do consumo no final das férias.

Segundo os analistas do IEA, as secas que provocaram o atraso do plantio do feijão das águas nas principais regiões produtoras elevaram os preços recebidos pelos agricultores. Porém, em meados de fevereiro, a entrada de um volume mais denso do produto levou à redução das cotações em relação ao período anterior.

Com relação ao café, os preços internacionais associados à valorização cambial indicam tendência de queda nos próximos movimentos, tanto internos quanto externos, explicam os técnicos do IEA. A situação poderá ser alterada para melhor ou pior, ficando na dependência do desenrolar da crise européia.

Já o fim do verão e a perspectiva de entrada em maior quantidade de outras frutas, como por exemplo, a maçã, levaram os preços da banana ao recuo na principal região produtora paulista. As dificuldades de colocação da fruta em tradicionais mercados do exterior também aumentaram a oferta interna estimulada pelo câmbio.

As altas mais significativas foram verificadas nos preços da carne de frango (10,87%); dos ovos (8,29%); do arroz (5,04%) e do amendoim (4,33%).

A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br

Fonte: Sec. Agricultura de SP

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