Governo veta artigos da MP da Seca; relator-revisor critica

Publicado em 26/09/2012 08:24
A Comissão de Agricultura deve discutir os vetos do governo ao projeto de lei de conversão  da chamada MP da Seca (MP 565/12) anunciados nesta segunda-feira. A MP permitiu que os mutuários inadimplentes do crédito rural de municípios atingidos pela seca renegociassem suas dívidas em condições melhores com recursos dos fundos constitucionais, desde que a dívida original fosse de até R$ 100 mil.

Um dos artigos vetados pela presidente Dilma Rousseff ampliava os benefícios da liquidação antecipada de contratos. Segundo o Ministério da Fazenda, o custo dessa ampliação seria de R$ 2,3 bilhões sem contrapartida em novas receitas, como pede a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O governo também vetou o artigo que, segundo o ministério, estendia para o final do ano que vem o prazo para contratação de dívidas passíveis de renegociação. Esse prazo, de acordo com a proposta original do governo, será aplicado apenas ao pagamento dos novos empréstimos.

O relator-revisor da MP na Câmara, deputado Heleno Silva (PRB-SE), disse que o Ministério da Fazenda não entende a gravidade da situação. "Ele não quer abrir mão de dinheiro que já não existe mais, que são os empréstimos feitos há 20 anos. Nós estamos enfrentando uma crise econômica, estamos enfrentando a pior seca dos últimos anos e o governo veta artigos que poderiam ser muito importantes para a nossa região", critica Silva.

Outro artigo vetado abria linhas de crédito para municípios da Região Sul atingidos pela seca. O governo argumenta que esses municípios já foram beneficiados por medidas adotadas pelo Conselho Monetário Nacional.

Fonte: Agência Câmara

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Inflação da zona do euro está no caminho certo e voltará à meta em breve, diz De Cos, do BCE
Fed mantém taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%
Mercado espera grande queda de vendas da Apple e aguarda IA nos iPhones
Abertura de vagas no setor privado dos EUA cresce em abril e supera expectativas
Fed manterá taxas estáveis enquanto inflação diminui esperanças de flexibilização da política monetária