Na Veja: Inflação acelera em março e acumula 6,15% em 12 meses

Publicado em 09/04/2014 11:21

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no Brasil, de março foi de 0,92%, maior avanço para o mês em onze anos e acima do resultado de fevereiro (0,69%). O dado foi divulgado na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado fez o acumulado dos últimos doze meses alcançar 6,15%, bem próximo ao teto da meta do governo, de 6,5%, e também maior do que o acumulado de 12 meses até fevereiro (5,68%). No primeiro trimestre, a inflação soma 2,18%.

A expectativa do mercado era de uma alta de 0,85% em março e 6,08% em 12 meses. Na prévia de março, divulgada pelo IBGE há duas semanas, o índice havia subido 0,73% e 5,9% em 12 meses.

Expectativas - Trimestralmente, o Banco Central divulga um relatório de inflação onde traz perspectivas para a economia brasileira. No documento divulgado no fim do mês passado, o mais recente, a autoridade monetária reduziu não apenas a sua estimativa para o crescimento do Brasil, para 2%, como também piorou a da inflação. Para este ano é esperado um aumento de 6,1% no IPCA, ante previsão anterior de 5,6%. 

Os economistas ouvidos pelo BC para o relatório semanal Focus também não param de elevar sua perspectiva para a inflação em 2014. Na última segunda-feira, a estimativa passou de 6,30% para 6,35%, quase se encostando no teto da meta oficial (6,5%). 

Ainda nesta quarta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou alta de 0,72% na prévia do IGP-M de abril, índice muito considerado em reajuste de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis. No mesmo período de março, a inflação medida pelo indicador prévio havia sido de 1,16%, portanto a tendência é de desaceleração. 

Impactos - O grupo que mais pesou no IPCA de março foi o de Alimentação e Bebidas, que representou 0,47 ponto porcentual da alta de 0,92% do índice. Na comparação mensal, a inflação do segmento foi de 1,90%. "Em consequência da seca que atingiu as lavouras de alguns estados e prejudicou a oferta de alimentos, produtos importantes na mesa do consumidor tiveram fortes aumentos nos preços, a exemplo do tomate, que ficou 32,85% mais caro", comentou o IBGE.

Os preços do grupo Transportes também subiram 1,38% em março, acrescentando 0,26 ponto porcentual ao índice cheio. As passagens aéreas, cujos preços haviam caído 20,55% em fevereiro, subiram 26,49% em março - isolado, foi um dos principais impactos do IPCA do mês.  Os preços do etanol e da gasolina subiram 4,07% e 0,67%, respectivamente. 

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Fonte:
Veja

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