Com pesquisa, Bovespa fecha em alta de 3%, maior valorização em dez semanas

Publicado em 06/06/2014 18:12 e atualizado em 06/06/2014 18:57
Euforia na Bolsa reflete na alta das ações de estatais.

O principal índice da Bovespa encerrou esta sexta-feira (6) com a maior valorização em um único pregão em dez semanas, com investidores voltando ao mercado, após nova pesquisa eleitoral do Datafolha e dados positivos do mercado de trabalho norte-americano. O Ibovespa avançou 3,04%, a 53.128 pontos, maior ganho em uma única sessão desde 27 de março, quando subiu 3,5%, também reagindo a uma pesquisa eleitoral, destaca a Reuters. 

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NA VEJA:

Mercado financeiro

Ações de estatais comandam euforia na Bolsa de Valores

O índice Ibovespa fechou o pregão com alta de 3,04% após pesquisa Datafolha mostrar piora no desempenho de Dilma na corrida presidencial

Na pesquisa divulgada nesta sexta, Dilma caiu três pontos em relação à última pesquisa do instituto – a petista oscilou de 37% para 34%. (Reuters)

Depois de encerrar o pregão de quinta-feira com queda de 0,57%, a BM&FBovespa disparou nesta sexta-feira e fechou a sessão com alta de 3,04%, maior variação desde a escalada de 3,5% de 27 de março deste ano. Assim como aconteceu no final de março, a Bolsa foi impulsionada pela queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff e pela piora na avaliação do governo. 

Uma pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha nesta sexta-feira mostrou que Dilma caiu três pontos porcentuais em relação à última pesquisa do instituto – a petista oscilou de 37% para 34%. Mas seus adversários na disputa ao Palácio do Planalto não subiram na preferência do eleitor. Aécio Neves (PSDB) tinha 20% e agora soma 19%, enquanto Eduardo Campos (PSB) aparece com 7%, ante 11% na pesquisa anterior.

A piora na avaliação da presidente se refletiu nas ações das empresas estatais listadas na Bolsa. Lideraram as altas do pregão desta sexta as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Eletrobras, que subiram 9,33%, cotadas a 7,15 reais; seguidas pelo papel preferencial da Petrobras, que subiu 8,15%, a 17,65 reais. Também registraram alta as ações do Banco do Brasil, de 5,31%, fechando em 24,40 reais

Desde o final de março tem sido assim. A cada piora de Dilma nas pesquisas eleitorais o principal índice da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, sobe, impulsionado pela alta dos papeis das estatais. Da mesma forma, o movimento inverso da Bolsa é visto toda vez que a petista mostra melhora nas intenções de voto. A oscilação já chamou atenção do xerife do mercado financeiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que vê se repetir no mercado financeiro um movimento especulativo semelhante ao visto em 2002, influenciado pela corrida ao Palácio do Planalto.

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Dólar — A divulgação da pesquisa também provocou nova pressão no mercado de câmbio. O dólar fechou em queda nesta sexta-feira pela segunda sessão seguida, ficando abaixo de 2,25 reais, com os investidores reagindo aos dados positivos do mercado de trabalho dos Estados Unidos e à pesquisa eleitoral que mostrou queda na intenção de votos de Dilma.

A moeda norte-americana perdeu 0,50%, a 2,2496 reais na venda, após chegar a 2,2392 reais na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o volume ficou em torno de 1,1 bilhão de dólares.

O dólar encerrou a semana ainda em leve alta de 0,39%, mas deixa para trás o patamar de 2,30 reais que se aproximou na quarta-feira, quando fechou a quarta sessão em alta, acumulando valorização de 2,68% no período. "A pesquisa (eleitoral) causou a movimentação inicial no mercado", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, acrescentando que a queda do dólar perdeu fôlego na reta final do pregão porque entraram compradores aproveitando a cotação mais baixa da semana.

(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

Fonte: G1 + veja.com.br

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