Agência Moody's muda perspectiva da economia do Brasil para "negativa"

Publicado em 09/09/2014 12:34 e atualizado em 09/09/2014 15:25
+ Geraldo Samor, de veja.com

A agência de classificação de risco Moody's mudou a perspectiva de rating do Brasil nesta terça-feira para "negativa", de "estável", citando o maior risco de crescimento baixo sustentado e de piora em métricas de dívida.

Ao mesmo tempo, a Moody's reafirmou o rating soberano do País em "Baa2", devido à resiliência (recuperação) aos choques financeiros externos por seu colchão de reservas internacionais, vulnerabilidade limitada do balanço patrimonial do governo e benefícios (subjacentes) derivados da economia extensa e diversificada do Brasil.

A agência citou três motivos para a alteração da perspectiva da nota brasileira. A economia com poucos sinais de retorno ao potencial de crescimento no curto prazo, a forte deterioração do sentimento do investidor  e os desafios fiscais que impedem a reversão da tendência de elevação nos indicadores da dívida do governo.

Leia a reportagem na íntegra no site Terra

Economia

Moody’s diz que crédito do Brasil se deteriora

Nada mudou.

Confirmando a tese de que as agências de classificação de risco são sempre retardatárias ao reagir aos eventos da economia real, a Moody’s acaba de colocar a nota de crédito do Brasil em perspectiva negativa, o primeiro passo para rebaixar o rating do País.

A agência citou o baixo crescimento econômico, a crise de confiança do empresariado (que levou a uma queda do investimento) e o “desafio fiscal” representado por uma dívida alta e um crescimento baixo.

Com um rating mais baixo, o custo dos empréstimos internacionais para as empresas e para o Governo brasileiro sobe.

Em princípio, o possível corte pela Moody’s, que ainda pode demorar meses, não ameaça o chamado “grau de investimento”, o selo de qualidade dado pela agência que certifica que o País é um lugar “seguro” para se investir.

Na escala de ratings, o Brasil está dois degraus acima do grau de investimento.

Mas a pergunta é: com um PIB em estado de coma, centenas de bilhões de reais em esqueletos fiscais, contabilidade criativa e intervenção governamental em vários setores… como é que a perspectiva ainda não era negativa?

Por Geraldo Samor, de veja.com

Fonte: Terra + VEJA

NOTÍCIAS RELACIONADAS

STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA