No Valor: "Collor ganhou a eleição com a mesma estratégia do PT agora", diz Marina

Publicado em 12/09/2014 15:15
+ opinião de Eliane Cantanhede, da Folha de S. Paulo (edição desta sexta-feira)

A candidata à presidência da República pelo PSB, Marina Silva, voltou a comparar os ataques sofridos nas últimas semanas aos ataques que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu nas eleições de 1989, quando o então candidato do PT foi derrotado por Fernando Collor de Mello, então no PRN. “Vi o Collor ganhar a eleição com a mesma estratégia que a Dilma está usando”, disse Marina em entrevista após encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). “O mesmo punhal enferrujado usado contra Lula está sendo usado contra mim”, acrescentou.

Leia a notícia na íntegra no site do Valor Econômico.

NA FOLHA:

Ai, que medo!, por Eliane Cantanhede

 Dilma tem pressa. Tem de aproveitar todas as vantagens do primeiro turno para "desconstruir" Marina, porque depois, no segundo turno, é cara a cara e as condições ficam um pouco mais iguais.

Hoje, Dilma tem mais de 11 minutos de TV, contra cerca de 2 minutos de Marina, além de ter a máquina do governo, a máquina da campanha, a máquina do PT, a máquina do PMDB, a máquina da maior base aliada das galáxias, muito mais dinheiro e os marqueteiros petistas, que batem abaixo da cintura.

Mesmo assim, com toda essa artilharia e toda essa tropa, Dilma só oscilou um ponto para cima, e Marina só resvalou um ponto para baixo no primeiro turno. E, no segundo, foram dois a mais para Dilma e um a menos para Marina, que não tem máquina, nem partidos, nem gente de marketing fazendo jogo sujo, nem tempo na TV. Com seus minutinhos diários, como contra-atacar à altura?

Dilma, portanto, tem de aproveitar a brutal desigualdade de condições agora para tentar aprofundar duas tendências contra Marina: o aumento de rejeição e a queda de intenções de voto em setores com maior capacidade de influência no conjunto do eleitorado. O objetivo é fechar o primeiro turno na dianteira e com folga.

Sim, porque, no segundo turno, Marina pode compensar parte da desvantagem, com a adesão de novos partidos, com os eleitores tucanos órfãos e com um tempo de televisão justo –metade para cada candidato, ou melhor, candidata.

Marina, portanto, tem de ficar esperta, porque vem chumbo grosso. Se a campanha do PT já a acusou de ser como Collor e Jânio, uma ameaça ao Bolsa Família, contra o pré-sal, aliada dos banqueiros para matar os pobres de fome... imagine-se o que vem por aí. Dilma, petistas e marqueteiros estão prontos para aniquilá-la.

Por falar nisso, por que o Lula anda tão escondido? Será que é ele que vai jogar a bomba na hora "h", sem dar tempo para Marina reagir e se defender? Ai, que medo!

Fonte: Valor Econômico + Folha

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