China adota medida mais ousada até agora para impulsionar mercado imobiliário e economia

Publicado em 30/09/2014 09:48

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Por Koh Gui Qing e Xiaoyi Shao

PEQUIM (Reuters) - A China cortou nesta terça-feira os juros hipotecários e o valor da entrada para alguns compradores de moradias pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008, dando um de seus maiores passos neste ano para impulsionar uma economia cada vez mais ameaçada pela fraqueza do mercado imobiliário.

O relaxamento de regras de empréstimo para compradores de moradias foi acompanhado por medidas para aumentar o financiamento a incorporadoras sem dinheiro, que podem ter problemas em pagar suas dívidas se a baixa no setor imobiliário persistir, como muitos economistas esperam.

No entanto, alguns analistas alertaram investidores contra pensar que o mercado imobiliário e a economia mais ampla estão posicionadas para uma recuperação forte. Um acúmulo de moradias não vendidas ou desocupadas e as expectativas entre compradores de mais quedas nos preços pode limitar qualquer recuperação.

"Estamos provavelmente falando sobre alguma estabilização a um nível baixo, mas provavelmente não deve gerar uma recuperação neste mercado", disse o economista do JPMorgan em Hong Kong Zhu Haibin.

"Os preços de moradias provavelmente continuarão a cair, mas a um ritmo mais lento".

A notícia, divulgada na véspera de um feriado de uma semana, sinaliza que as autoridades da China mostram seriedade quanto a impedir maior deterioração no mercado imobiliário, que responde por cerca de 15 pro cento da segunda maior economia do mundo.

"Vamos ver o mercado estourar com vendas durante o feriado", disse Liu Yuan, chefe de pesquisa da consultoria Centaline.

Compradores de segunda moradia agora podem conseguir um desconto de 30 por cento nos juros hipotecários, uma oferta antes limitada apenas a pessoas comprando a primeira moradia, disseram o banco central e o regulador bancário. O nível da entrada também foi cortado para 30 por cento, ante entre 60 por cento e 70 por cento.

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Fonte:
Reuters

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