Mantega descarta anúncio de reforma do PIS e Cofins antes da eleição

Publicado em 13/10/2014 18:45

Reportagem de Nestor Rabello

BRASÍLIA (Reuters) - A reforma que modificará os tributos federais PIS e Cofins está em andamento mas não será apresentada nas duas semanas que antecedem o segundo turno da eleição presidencial, no dia 26 de outubro, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta segunda-feira.

"Não tem nenhum pacote. Estamos trabalhando há algum tempo, de modo que o PIS/Cofins vai vir reformado. Porém, não tem prazo para ficar pronto. Certamente não será nessas duas semanas de eleição. Será para depois, ainda este ano", disse o ministro a jornalistas ao chegar ao prédio do ministério nesta segunda-feira em Brasília.

A proposta de mudança dos dois tributos faz parte da agenda de temas do Ministério da Fazenda para a melhora da competitividade do setor empresarial. A possibilidade de apresentação da reforma do PIS/Cofins nas próximas duas semanas foi informada pelo jornal "O Estado de São Paulo" no último domingo.

De acordo com o ministro, as mudanças podem ser implementadas de forma espaçada, em dois anos, por exemplo, por conta do impacto na arrecadação.

"15 bilhões de reais é o que custa implementar o PIS/Cofins, permitindo a dedução de créditos, principalmente de serviços, que hoje não são permitidos", explicou.

Segundo ele, ainda faltam alguns detalhes técnicos e discussões com segmentos envolvidos.

O ministro disse ainda que juntamente com a reforma do PIS e da Cofins até o fim deste ano poderá ser apresentada também a reforma do tributo estadual ICMS.

Questionado por jornalistas sobre se o governo pode anunciar outras medidas econômicas nas próximas duas semanas, Mantega disse que não estão previstos novos pacotes no período e que o governo tem adotado medidas micro e macroeconômicas, no sentido de dar mais competitividade à iniciativa privada.

"Só medidas econômicas de curto prazo para o andamento da economia."

A economia é um dos temas centrais da disputa presidencial entre a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e o candidato do PSDB, Aécio Neves.

 

 

Fonte: Reuters

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