Em discurso, Mantega consegue desanimar ainda mais o mercado
A segunda-feira começou com o furor já esperado na bolsa de valores, com o dólar disparando — chegou a 2,58 reais — e o Ibovespa em queda de mais de 2%, depois de recuar 6,2% na abertura do pregão. Petrobras recua 14%. Investidores digerem a vitória da presidente Dilma Rousseff e aguardam uma sinalização de que as políticas que levaram o Brasil ao cenário recessivo serão, ao menos, reavaliadas. Enquanto ela não vem, as incertezas persistem tanto no mercado financeiro quanto no setor produtivo. Prestes a deixar o Ministério da Fazenda Guido Mantega deu sua primeira entrevista pós-eleições, nesta segunda-feira. Não que se esperasse grandes declarações do ministro demissionário. Mas a lógica prevê que, diante da dura reação do mercado em relação ao Brasil, o ministro tivesse a sensatez de acalmar os ânimos. Contudo, conseguiu o impensável: piorar tudo. Disse que o resultado das urnas mostra que a população aprova as políticas que estão sendo praticadas e que a volatilidade da bolsa nada tem a ver com o processo eleitoral.
Diz o ministro: "Isso (o resultado das urnas) mostra que a população está aprovando a políticas que estamos praticando. Hoje, todas as bolsas estão caindo. Vocês não vão me dizer que é pelo processo eleitoral no Brasil", disse. "Como está tendo queda de commodities no mundo, afeta as ações brasileiras. As eleições também afetam a bolsa. Causam volatilidade de todo tipo. Com o fim da eleição esse cenário tende a amainar", defendeu.
Diante de um país completamente rachado, o ministro poderia reconhecer, ainda que de forma não tão escancarada, a possibilidade de ouvir os anseios da outra metade do Brasil que não aprovou o governo Dilma. Mas Mantega prosseguiu, afirmando que as reações negativas são porque os pessimistas "ficaram mais pessimistas". "Terminada a eleição, esse cenário tende a se acalmar. Já há uma volta do otimismo da economia", disse.
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No Valor: "Quadro mostra que população aprova política econômica", diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que “passada as eleições” o cenário de maior turbulência tende a se acalmar. Segundo o ministro, as bolsas no mundo estão caindo e isso não está relacionado ao processo eleitoral no Brasil. “Hoje todas as bolsas estão caindo. Não vão dizer que é por causa do processo eleitoral no Brasil. Ainda não temos essa força toda”, afirmou, destacando que isso está acontecendo devido à queda dos preços das commodities que afeta todos os mercados.
Segundo o ministro, em período eleitoral, é claro que “causa especulação”. “Com o fim da eleição , esse cenário tende a se amainar”, afirmou. Ele destacou ainda que durante a eleição, a discussão de política econômica fica mais exacerbada e há distorções sobre o rumo da economia.
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Adriana Figueiredo Rio Brilhante - MS
O que me deixa mais indignada é ter ler estas e outras sandices deste bando de filha...