Recessão leva mais de 2 milhões de crianças à pobreza em países desenvolvidos

Publicado em 28/10/2014 17:19

Desigualdade

Recessão leva mais de 2 milhões de crianças à pobreza em países desenvolvidos

Nível de pobreza infantil aumentou em mais da metade dos países analisados pela Unicef, sobretudo devido a medidas de austeridade e cortes no orçamento

Crianças da Irlanda, da Letônia e da Grécia foram as mais atingidas

Crianças da Irlanda, da Letônia e da Grécia foram as mais atingidas (iStockphoto/VEJA)

A crise econômica mundial aumentou para 76,5 milhões o número de crianças que passaram a viver em situação de pobreza em países desenvolvidos, o que representa um aumento de 2,6 milhões de crianças desde o início da recessão econômica de 2008. As informações são de um novo estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para as Crianças (Unicef), que também releva que as crianças da Irlanda, da Letônia e da Grécia foram as mais atingidas. 

"Muitos países ricos sofreram um 'grande salto para trás' em termos de rendimento familiar, e o impacto sobre as crianças terá repercussões duradouras para elas e suas comunidades", disse, em comunicado, o chefe de política e estratégia global do Unicef, Jeffrey O'Malley. Os níveis de pobreza infantil aumentaram em mais da metade dos 41 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da União Europeia analisados no estudo. 

Os programas iniciais de estímulo econômico ajudaram a proteger as crianças em alguns países. Mas até 2010 a maioria das nações, especialmente Itália, Grécia e Portugal, anunciou cortes no orçamento que tiveram impacto negativo sobre a população mais jovem. Somente na Grécia, que passou por duras medidas de austeridade para cumprir os termos de um acordo de resgate internacional, mais de 40% das crianças viviam na pobreza até 2012.

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Lado positivo - O bem-estar econômico das crianças melhorou em 18 países, incluindo Austrália e Finlândia, com destaque para os benefícios de uma forte rede de segurança social para os jovens. "O estudo do Unicef mostra que a força de políticas de proteção social foi um fator decisivo na prevenção da pobreza", afirmou O'Malley  "Todos os países precisam de fortes redes de segurança social para proteger as crianças em tempos ruins e bons - e os países ricos devem liderar pelo exemplo", acrescentou. 

(Com agência Reuters)

Perguntar não ofende: se Dilma demonizou o “mercado”, por que, afinal, é ali que quer achar um ministro da Fazenda?

Painel da Bolsa de Valores, um dos símbolos fortes do "mercado": amaldiçoado durante as eleições, agora é lá que Dilma vai buscar o substituto de Mantega (Foto: Agência Estado)

Painel da Bolsa de Valores, um dos símbolos fortes do “mercado”: amaldiçoado durante as eleições, agora é lá que Dilma vai buscar o substituto de Mantega (Foto: Agência Estado)

Durante a campanha eleitoral, o “mercado” — essa entidade que nunca se define para o público mas que é o conjunto de grandes, médios e pequenos investidores, dos agentes financeiros de vários tipos que captam seus recursos e atuam em seu nome, o capital estrangeiro e demais fibras musculares do capitalismo — foi devidamente demonizado pela presidente Dilma.

Diretamente, por sua própria voz, ou indiretamente, por vozes anônimas de sua propaganda eleitoral.

A propaganda malévola do lulopetismo transformou Marina Silva, cujo centro de atuação política é a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade, em “candidata dos banqueiros”, pelo gravíssimo crime de ter o apoio de uma educadora respeitada que, por acaso, sem qualquer ligação com a instituição, é detentora de 1% das ações do banco Itaú. A proposta de Marina de tornar independente o Banco Central viu-se alvo das mais sórdidas formas de demagogia e distorção — um comercial da campanha de Dilma, por exemplo, mostrava supostos “banqueiros” sentados a uma mesa, sorridentes e felizes, enquanto retiravam a comida da mesa dos pobres.

Com Marina fora do páreo, chegou a vez de Aécio ser transformado em “candidato do mercado”, herdeiro de um governo, o de FHC, que “governou para os banqueiros”, que “quebrou três bancos públicos” (curioso, ninguém percebeu na época), o candidato dos ricos (e, portanto, do “mercado”) contra os pobres — e mais toda a torrente de alucinações que o lulopetismo vendeu como verdade absoluta.

Pois bem, fechadas as urnas, apurados os resultados, onde é que a presidente está buscando um substituto para o ministro da Fazenda, Guido Mantega?

Exata e precisamente no “mercado”. Até o presidente do Bradesco, um dos maiores bancos do mundo, é cogitado.

Perguntar não ofende: Dilma só é contra o “mercado” em campanha eleitoral?

(Ricardo Setti)

 

Em 2016, o PT terá indicado dez dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal

Os atuais 11 ministros do Supremo Tribunal:

Os atuais 11 ministros do Supremo Tribunal: Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Tóffoli,  Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso (Fotos: STF)

Gilmar Mendes será o único integrante da corte a não ter sido nomeado por um presidente petista; Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão o STF

Por Gabriel Castro, de Brasília, para VEJA.com

No momento em que as investigações sobre o petrolão avançam e mais autoridades com foro privilegiado são mencionadas pelos delatores do caso, a reeleição da presidente Dilma Rousseff permitirá a ela indicar mais cinco nomes para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de 2016, o único integrante do STF não indicado por um presidente petista será Gilmar Mendes. Se permanecer no cargo até a aposentadoria compulsória, ele deixará a corte em 2025.

Hoje, há uma vaga aberta no tribunal: Dilma ainda não escolheu o sucessor de Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho. Outros dois lugares surgirão na primeira metade do próximo mandato da presidente. Em novembro de 2015, Celso de Mello completará 70 anos e deixará a corte por causa do limite de idade. Decano do STF, ele foi indicado em 1989 pelo presidente José Sarney. Em julho de 2016, quem terá de se aposentar é Marco Aurélio Mello, nomeado por Fernando Collor em 1990.

Com exceção de Gilmar Mendes, dos outros dez ministros, três foram escolhidos por Lula: Ricardo Lewandowski, Cármen Lucia e José Dias Toffoli. Sete estarão na conta de Dilma: Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso e os três nomes que ela ainda vai escolher. Dilma ainda poderá substituir outros três ministros em 2018: Lewandowski, Rosa Weber e Zavascki. Eles terão de se aposentar no último ano de mandato da presidente.

A mudança no perfil do STF se acentuou nos últimos anos. Ojulgamento do mensalão deixou evidente uma divisão na corte: os ministros mais antigos, inclusive alguns nomeados por Lula, foram mais rigorosos do que os integrantes mais novos do Supremo. O julgamento dos embargos do processo, que favoreceu os condenados e reduziu a pena de figuras como José Dirceu e José Genoino, teve a participação decisiva dos novatos Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.

Durante o julgamento dos embargos, após a absolvição dos réus que haviam sido condenados por formação de quadrilha, Joaquim Barbosa afirmou que os novos nomes foram escolhidos para livrar os mensaleiros: “Temos uma maioria formada sob medida para lançar por terra o trabalho primoroso desta corte no segundo semestre de 2012″, disse. Barbosa também fez um alerta: “Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que esse é apenas o primeiro passo. É uma maioria de circunstância que tem todo o tempo a seu favor para continuar sua sanha reformadora”.

(Ricardo Setti)

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Fonte:
veja.com

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