Produção industrial brasileira cai 0,2% em setembro e interrompe 2 meses de alta

Publicado em 04/11/2014 09:47

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Por Rodrigo Viga Gaier e Felipe Pontes

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção industrial brasileira voltou a recuar em setembro, após marcar dois meses seguidos de expansão, afetada pelo segmento de bens intermediários em mais um sinal de que a economia brasileira ainda patina e não mostra recuperação consistente.

A produção caiu 0,2 por cento em setembro frente a agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, num resultado pior do que o esperado. Na comparação com setembro de 2013, a produção recuou 2,1 por cento.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a produção industrial subiria 0,20 por cento em setembro na comparação mensal e recuasse 1,50 por cento na anual.

O grupo Bens Intermediários foi o único a mostrar contração em setembro sobre agosto, de 1,6 por cento, o suficiente para levar o indicador todo ao vermelho. Na comparação anual, os bens intermediários tiveram queda de 1,7 por cento.

As demais grandes categorias mostraram expansão na comparação mensal, com destaque para Bens de capital (1,9 por cento) e bens de consumo duráveis (8 por cento).

Segundo o IBGE, apenas sete dos 24 ramos da produção mostraram queda em setembro sobre agosto, com destaque para produtos alimentícios (-4,1 por cento) e setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3 por cento).

As perspectivas para o setor para o quarto trimestre já se mostram negativas. De acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), a contração da atividade industrial se acentuou em outubro, marcando um início do quarto trimestre difícil.

Neste cenário, os agentes econômicos querem mais sinais de como a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff será desenhada.

Já foi anunciado que novas medidas de estímulos à indústria virão, num setor cuja confiança registrou primeiro resultado positivo do ano em outubro devido à melhora das expectativas, mas ainda insuficiente para mostrar que está havendo recuperação mais consistente.

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Fonte:
Reuters

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