Operação Lava-Jato: PF prende afilhado de José Dirceu e executivos de empreiteiras

Publicado em 14/11/2014 06:54 e atualizado em 14/11/2014 12:56
Renato Duque, o ex-diretor da Petrobras indicado pelo PT, foi preso de manhã; Ricardo Pessoa, presidente da UTC e outros quatro diretores de empreiteiras foram levados pela PF

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a sétima fase da Operação Lava Jato em cinco Estados e no Distrito Federal. Dos 27 mandados de prisão expedidos, dezoito foram cumpridos. Já foram presos Renato Duque, apontado por delatores do petrolão como interlocutor do PT na Petrobras, além de executivos de empreiteiras investigadas por participação no esquema: Ricardo Pessoa, da UTC, José Ricardo Breghirolli e Agenor Franklin Medeiros, da OAS, e Erton Fonseca da Galvão Engenharia. Também são alvos de mandados de prisão José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS, Rogerio Araujo, diretor da Odebrecht, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte, responsável pela entrega de dinheiro, e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema. "Todos os investigados que não foram localizados já foram registrados no sistema de procurados e estão impedidos de deixar o país", informou o delegado da PF Igor Romario de Paula. Segundo ele, a inclusão desses nomes no alerta vermelho da Interpol está sendo providenciada.

A operação desta sexta se deu a partir da análise do material apreendido até aqui e dos depoimentos colhidos nas fases anteriores da investigação. Ao todo, foram expedidos 85 mandados: seis de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, além do DF. Outra empreiteira alvo da ação é a Camargo Correa. Como informa a coluna Radar, porém, nenhum executivo da empreiteira está entre os alvos dos mandados de prisão. Seis mandados de condução coercitiva já foram cumpridos.

Leia a notícia na íntegra e veja mais fotos da operação Lava-Jato no site da Veja

Renato Duque Petrobras prisão Operação Lava-Jato

O ex-diretor Renato Duque, indicado pelo PT à Petrobras, chega à sede da PF no Rio - Foto: G1

 

Ricardo Pessoa Construtora UTC prisão Operação Lava-Jato

O empresário Ricardo Pessoa, presidente da construtora UTC, chega à sede da PF, em SP- Foto: Folhapress

 

Na Folha: Ex-diretor da Petrobras e cúpula de empreiteiras são presos

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (14) o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, e executivos da cúpula de grandes empreiteiras do país suspeitas de pagar propina para fechar contratos com a estatal.

A ação é parte da Operação Lava Jato, iniciada em março deste ano, e que investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro.

Essas empresas –nove ao todo, pertencentes a sete grupos– têm contratos que somam R$ 59 bilhões com a Petrobras, considerando o período de 2003 a 2014. Investigadores suspeitam que parte desses contratos se destinava a "esquentar" o dinheiro que irrigava o caixa de políticos e campanhas no país.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede dessas empresas empresas. São elas: Camargo e Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.

Na Folha: Polícia Federal realiza buscas em sedes de empreiteiras; executivos são presos

Em nova fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem e desvios de dinheiro, a Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (14) buscas em grandes empreiteiras e cumpriu 85 mandados de prisão ou de busca e apreensão contra executivos e outros investigados.

A operação realizou mandados de busca e apreensão e prisões de executivos e empresários nas sedes das empresas Camargo Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa. As empresas envolvidas têm contratos de R$ 59 bilhões com a Petrobras.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi preso no Rio.

(...)

PRISÕES

As prisões atingiram a cúpula das empreiteiras. Foi preso o vice-presidente da empreiteira Engevix Gerson Almada. O presidente da empresa, Cristiano Kok, foi levado em condução coercitiva, mas já foi liberado. Um terceiro executivo da empresa que teve a prisão decretada está no exterior.

O vice-presidente da empreiteira Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, foi preso no Lago Sul, área nobre de Brasília.

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.

PF: Vice-presidente da Camargo Corrêa e operador do PMDB são foragidos

A Polícia Federal (PF) já alertou a Interpol que o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, e o lobista apontado como operador do PMDB, Fernando Soares, são foragidos da Justiça e investigados por integrar suposto cartel de empresas com vista à corrupção e pagamentos de propinas com recursos desviados da Petrobras.

Antes mesmo de informar a Polícia Internacional, a PF pôs em alerta suas equipes nos aeroportos, principalmente os internacionais de São Paulo e Rio de Janeiro e o de Brasília.

Leia a notícia na íntegra no site do Valor Econômico.

No Valor: Vice-presidente e diretor da Engevix têm prisões decretadas

A Justiça Federal de Curitiba decretou, nesta sexta-feira, as prisões de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix e de Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor técnico da empresa. A empresa é uma das investigadas por suspeita de formar cartel e praticar corrupção em contratos com a Petrobras.

A Polícia Federal não confirma se os dois estão entre os 28 já presos na sétima etapa da Operação Lava-Jato.

Em O Globo: PF prende ex-diretor da Petrobras e executivos de grandes construtoras na Operação Lava-Jato

SÃO PAULO, BRASÍLIA E RIO - A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 mandados de busca e apreensão - num total de 85 mandados judiciais, na sétima fase da Operação Lava-Jato, que investiga desvios e lavagem de dinheiro, boa parte ligado a obras da Petrobras. Nesta nova fase da Operação Lava-Jato, por volta das 7h, a PF prendeu o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque, indicado pelo PT, em sua casa, na Barra. Também foram presos executivos de construtoras: Ricardo Pessoa, presidente da UTC; José Ricardo Breghirolli, da OAS; Edson Fonseca, da Galvão Engenharia, Othon Zanoide Filho, diretor da Camargo Corrêa; Sergio Cunha Mendes, vice-presidente da construtora Mendes Junior.

Já Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Côrrea, segundo a PF, já é considerado foragido. Entre as pessoas que tiveram mandado de condução coercitiva está Marice Corrêa Lima, irmã do Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ela foi levada à PF para prestar esclarecimento.

De acordo com a PF, quem ainda não foi localizado está automaticamente impedido de deixar o país. Haverá, inclusive, controle de passaporte em aeroportos. Os agentes procuram por Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como lobista do PMDB junto a empreiteiras. Ele ainda não foi localizado e a ordem de prisão temporária contra ainda está em aberto. 

Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo

No blog de Lauro Jardim, em Veja:

Lava Jato: Operação de hoje vazou ontem para as empreiteiras

A operação  que a Polícia Federal realiza agora, cumprindo 27 mandados de prisão e contra executivos envolvidos na Operação Lava-Jato vazou ontem à noite para as empresas e seus advogados.

Ontem à noite, todos os advogados e diretores das empreiteiras se telefonavam e trocavam mensagens por celulares freneticamente. Evidentemente, o que a PF e a Receita acharem nas empresas, nas buscas e apreensões de documentos que estão sendo empreendidas, são materiais que, em princípio,  são resultado dessa informação antecipada.

Equipes da PF e da Receita estão neste momento vasculhando as empresas.

No G1: Na 7ª fase da Lava Jato, PF prende ex-diretor de Serviços da Petrobras

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo da Lava Jato, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

Leia a notícia na íntegra no site do G1.

No Valor: PF prende Renato Duque, ex-diretor da Petrobras

A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, na sétima fase da operação Lava-Jato, que ocorre simultaneamente em cinco estados e no Distrito Federal (DF).

Duque seria o interlocutor do PT na Petrobras. A diretoria que ocupava foi responsável pela construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O Tribunal de Contas da União apontou superfaturamento nas obras.

Grandes empreiteiras também são alvo de mandados. Elas são investigadas por pagar propina a agentes públicos para conseguir contratos na estatal. Outros 26 mandados de prisão estão sendo cumpridos.

Leia a notícia na íntegra no site do Valor Econômico.

No G1: Na 7ª fase da Lava Jato, PF cumpre 27 prisões em 5 estados e no DF

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, que desbaratou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Nesta etapa, 300 agentes federais estão cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Ao todo, 27 pessoas devem ser presas.

Segundo PF, Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo da Lava Jato, decretou o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados.

Petrobras adia divulgação de resultado do 3º trimestre por denúncias

LOGO REUTERS (16408)

Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que vai atrasar a divulgação de seus resultados do terceiro trimestre, cujo o prazo expira nesta sexta-feira, para aprofundar as investigações referentes as denúncias de corrupção feitas pelo ex-diretor de Abastecimento na operação Lava Jato da Polícia Federal.

A estatal "estima" divulgar as informações contábeis no dia 12 de dezembro de 2014. Caso não consiga apresentar os dados até o fim do ano, a empresa pode incorrer na violação dos termos de emissão de seus títulos no exterior.

Segundo exigências das emissões de dívida da estatal com vencimentos entre 2016 e 2043, a empresa tem que apresentar seu resultado até 90 dias depois do final de cada trimestre.

"A companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data", afirmou a Petrobras em comunicado ao mercado, após o fechamento do pregão na Bovespa.

A estatal afirmou que o adiamento ocorreu por necessidade de mais tempo para que empresas de auditorias contratadas para analisar as denúncias do ex-diretor Paulo Roberto Costa possam aprofundar as investigações, fazer os ajustes possíveis nas demonstrações financeiras e avaliar a necessidade de melhorias nos controles internos.

No comunicado, a empresa afirmou que se as declarações do ex-executivo se mostrarem verdadeiras, isso poderá "impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia".

A Petrobras contratou os escritórios de advocacia Trench, Rossi e Watanabe Advogados, do Brasil, e Gibson, Dunn & Crutcher, dos Estados Unidos, especializados em investigação.

A contratação dos dois escritórios foi anunciada pela empresa no final de outubro, com o objetivo de investigar desvios de recursos da companhia citados pelo ex-diretor.

Na operação Lava Jato, a Polícia Federal ouviu de Paulo Roberto Costa que grandes empresas fecharam contratos com a Petrobras durante anos com sobrepreço médio de 3 por cento, e que a maior parte do dinheiro foi repassada para PT, PP e PMDB.

O ex-diretor disse à Justiça Federal, sob acordo delação premiada, que cerca de dez "grandes empresas" realizavam um processo de "cartelização" nos acordos de fornecimento à Petrobras.

As ações da estatal ampliaram perdas no final do pregão nesta quinta-feira, em meio a crescentes receios dos investidores de que a companhia não entregaria seu balanço trimestral até a sexta-feira. Os papéis encerraram em queda de 3,61 por cento, a 13,60 reais, arrastando o Ibovespa para uma queda de 2,14 por cento.

Na Veja: Sem aval de auditoria, Petrobras adia a divulgação do balanço

A Petrobras informou nesta quinta-feira que não divulgará seu balanço de resultados do terceiro trimestre no prazo determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que termina na noite de sexta. Segundo a estatal, ainda não há data para a divulgação. Em comunicado enviado à CVM, a Petrobras disse que "não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data".

A Petrobras esperava o aval da auditoria PricewaterhouseCoopers, que impôs condições para assinar os resultados. Segundo informações de O Estado de S. Paulo, uma delas seria a conclusão das investigações feitas no âmbito da Operação Lava Jato, que apura o pagamento de propina a partidos políticos por meio de contratos firmados entre a estatal e seus prestadores de serviços. 
Segundo denúncias vazadas ao longo dos últimos meses, o operador do esquema era o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa.

O receio da Price, que faz parte do grupo conhecido por "Big 4", composto pelas maiores auditorias do mundo, ao lado da Deloitte, da KPMG e da Ernst Young, é repetir no Brasil o escândalo da Arthur Andersen. A auditoria americana quebrou depois que foi envolvida no escândalo de fraude da petroleira Enron, em 2002.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja.

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Fonte:
G1 + Reuters + Veja

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