Ações em Tóquio despencam após Japão entrar em recessão

Publicado em 17/11/2014 07:28

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Por Lisa Twaronite

As ações japonesas marcaram a maior queda diária desde agosto nesta segunda-feira após o Japão ter caído inesperadamente em recessão no terceiro trimestre.

Às 7h46 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,65 por cento, depois que os dados decepcionantes sobre crescimento no Japão levaram o índice Nikkei a uma queda de quase 3 por cento.

A economia do Japão entrou em recessão ao encolher 1,6 por cento no terceiro trimestre deste ano, em dados anualizados, muito pior do que a previsão de crescimento de 2,1 por cento de economistas em pesquisa da Reuters. O número veio após a contração de 7,3 por cento no segundo trimestre, em números revisados, que foi a maior desde o terremoto e o tsunami de março de 2011.

Já as ações de Hong Kong abriram em alta de cerca de 1 por cento, mas rapidamente anularam os ganhos e fecharam em queda de 1,2 por cento, com sinais de realização de lucro por operadores que haviam se posicionado para o lançamento do esquema de conexão entre bolsas de valores, que permitirá que investidores de Hong Kong e Xangai comprem e vendam ações nas bolsas uns dos outros.

"O mercado já havia respondido à conexão entre as bolsas", disse o analista sênior de investimento da Harris Fraser (International), em Hong Kong, Andy Wong, referindo-se ao mercado de Hong Kong. "Investidores de curto prazo estão realizando lucros no mercado".

PIB do Japão surpreende e recua no 3º tri após aumento de impostos

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Por Leila Kihara e Tetsushi Kajimoto

TÓQUIO (Reuters) - A economia do Japão entrou em recessão ao encolher 1,6 por cento no terceiro trimestre deste ano, em dados anualizados, frustrando as previsões de recuperação modesta depois da severa contração no trimestre anterior e consolidando a visão de que o premiê Shinzo Abe vai adiar o segundo aumento de impostos no próximo ano.

Abe disse que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta segunda-feira seriam a chave para sua decisão de prosseguir com o aumento para 10 por cento em outubro do próximo ano. Essa decisão vinha sendo esperada para até o final do ano.

O segundo trimestre consecutivo de contração, diante da previsão de crescimento de 2,1 por cento em pesquisa da Reuters, reforça os sinais de que a terceira maior economia do mundo tem mostrando recuperação lenta do consumo depois do primeiro aumento de impostos em abril.

O aumento de impostos de abril a 8 por cento, ante 5 por cento, levou a uma contração econômica de 7,3 por cento no segundo trimestre, em dados revisados, a maior queda desde a crise financeira global.

Uma autoridade próxima ao premiê disse à Reuters que Abe adiaria o segundo aumento e convocaria eleição geral, num esforço para seguir no poder.

Em comparação com o segundo trimestre, a economia japonesa teve contração de 0,4 por cento ente julho e setembro, após uma queda revisada de 1,9 por cento entre abril e junho. Economistas esperavam crescimento de 0,5 por cento.

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Fonte:
Reuters

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