Eletrobras espera desembolsar R$ 2 bi do total da dívida com Petrobras

Publicado em 12/12/2014 15:50 e atualizado em 13/12/2014 07:39

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Por Rodrigo Viga Gaier, reportagem adicional de Leonardo Goy

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Eletrobras espera ter que desembolsar apenas 2 bilhões de reais do total de 8,5 bilhões de reais da dívida com a Petrobras, com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) arcando com a maior parte do passivo referente à compra de combustíveis para funcionamento de termelétricas no Norte.

A estatal ainda busca o reconhecimento de outros créditos referentes ao reembolso de custos de combustíveis com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A expectativa é que Aneel conclua na próxima semana o cálculo do valor de repasse da CDE que ainda irá reconhecer.

Desde 2012, a CDE passou a ser responsável, entre outras coisas, pelas atribuições da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), encargo que subsidia a compra de óleo para as térmicas dos sistemas isolados da região Norte.

Os repasses, porém, precisam ser homologados pela Aneel, que leva em conta, entre outras coisas, a eficiência das turbinas das termelétricas.

Por exemplo, se um equipamento é muito ultrapassado e gasta mais combustível do que deveria, a Aneel autoriza a cobertura de apenas parte do consumo dessa máquina.

A operação para a quitação da dívida prevê também uma emissão de dívida pela Petrobras, com garantia do Tesouro Nacional.

A Eletrobras informou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou a repactuação de dívidas de suas distribuidoras com Petrobras, com pagamento em 120 parcelas a ser iniciado a partir de fevereiro do ano que vem.

"Acredito que esses 4,5 bilhões de reais que vamos receber, por fora vai chegar facilmente 6,5 bilhões, e a nossa dívida fica em 2 bilhões. Isso ainda está ainda em conversa", disse a jornalistas o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, em evento dos 40 anos do Cepel, o centro de pesquisa da estatal.

A Eletrobras informou em nota nesta sexta-feira que tem garantia da União para pagamento de 4,2 bilhões de reais --valor que foi reconhecido pelo governo federal como dívida que a CDE tem com a Eletrobras.

Presente no mesmo evento, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, negou que a operação montada pelo governo para pagar a Petrobras tenha como objetivo socorrer a empresa por dificuldades de captar recursos no mercado em razão das denúncias de corrupção.

"Não tem a ver com a crise da Petrobras. Esse processo (da negociação da dívida) já vinha há tempo e ficou maduro agora", declarou ele.

Para o presidente da Eletrobras, "foi um acordo equilibrado, positivo". "E nós recebemos a CDE que era um pleito nosso há tempo. Isso nos incomodava”, adicionou.

 

EÓLICA

O presidente da Eletrobras disse ainda que parte do parque eólico construído no Uruguai começa a operar agora no fim do ano.

A perspectiva é que 10 dos 31 aerogeradores já estejam gerando esse ano.

A capacidade da usina é de cerca de 65 megawatts.

"Dez entram agora e até fevereiro o restante", declarou Costa Neto.

O Plano Estratégico da Empresa prevê que a estatal chegará em 2030 como uma das dez maiores geradoras de energia do mundo e estar entre as três menos poluidoras do planeta.

A Eletrobras espera expandir sua atuação tanto na geração eólica e solar.

 

 

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Fonte:
Reuters

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