PMDB diz que terá candidato próprio à Presidência em 2018

Publicado em 15/07/2015 14:40

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BRASÍLIA (Reuters) - O PMDB terá candidato próprio na eleição presidencial de 2018, disseram nesta quarta-feira lideranças do partido reunidas em Brasília.

"Estamos abertos a todas as alianças, a todos os partidos, apenas o que está sendo estabelecido é que o PMDB quer ser cabeça de chapa em 2018", disse a jornalistas o presidente da legenda e vice-presidente da República Michel Temer, após lançamento de plataforma digital da Fundação Ulysses Guimarães, vinculada ao partido.

“Seguramente, acho que hoje é uma postulação de todo o PMDB, de todos os setores do PMDB”, afirmou Temer, questionado se uma candidatura do partido em 2018 é um caminho natural.

Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o PMDB tem uma aliança com o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, "estratégica e circunstancial", que deveria ocorrer em torno de um programa.

Renan foi, inclusive, mais enfático quando questionado sobre uma eventual candidatura própria do partido ao Palácio do Planalto.

"O PMDB desde logo está deixando claro, absolutamente claro que vai ter um projeto de poder, que vai ter um candidato competitivo à Presidência da República", disse.

O PMDB é o maior partido da base aliada, e se diz “fiador” da governabilidade. O partido tem, além de Renan na presidência do Senado, Eduardo Cunha (RJ) no comando da Câmara dos Deputados.

Mas a aliança vem se desgastando desde o primeiro mandato de Dilma e já trouxe dores de cabeça ao governo, com o PMDB participando ativamente de derrotas impostas ao Planalto em votações no Congresso Nacional, mesmo depois de Temer ser escalado para comandar a articulação política com o Parlamento.

O estremecimento da relação entre PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão governista, tem como pano de fundo as dificuldades políticas do governo no Congresso, a fragilidade da economia e a baixa popularidade de Dilma.

São comuns as críticas públicas de Cunha ao PT e de Renan ao governo.

Cunha chegou a recomendar, recentemente, que Temer deixasse a articulação política, onde acredita que o vice-presidente é “sabotado” pelo PT.

Pouco antes do 1º de Maio, quando confirmou-se que Dilma não faria um pronunciamento via cadeia nacional de rádio e televisão por ocasião do Dia do Trabalho, Renan classificou de “ridícula” a ausência da presidente, que preferiu veicular mensagem via redes sociais. Ele também critica frequentemente o ajuste fiscal realizado pelo Executivo.

Além da vice-presidência e da articulação política, o PMDB comanda seis ministérios no governo Dilma --Agricultura, Minas e Energia, Turismo, Portos, Aviação Civil e Pesca.

(Por Maria Carolina Marcello)

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Fonte:
Reuters

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