Pela ordem! As manchetes desta 5ª feira refletem o drama político em Brasília

Publicado em 10/12/2015 14:18 e atualizado em 10/12/2015 14:51


Briga entre deputados na Comissão de Ética da Câmara nesta quinta-feira (10) - Foto: Agência Câmara

 
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A cena política no Brasil se agrava a cada minuto que passa. As relações estão abaladas entre aliados, opositores e em todos os níveis de hierarquia do sistema governamental brasileiro.

As duas casas do Congresso Nacional - Senado e Câmara dos Deputados - estão desalinhadas, políticos trocam acusações constantes e um processo turbulento de impeachment caminha sem evoluir de forma proveitosa, capaz de trazer qualquer sinalização de que toda esta clara falta de direção e de liderança poderia estar com os dias contados. 

São dilemas que se multiplicam em uma velocidade inexplicável. Nem mesmo os eventos ditos de "confraternização" sustentam qualquer clima de harmonia ou a força de alianças antes consideradas imunes.
 
Veja quais são as principais manchetes desta quinta-feira para entender o novo capítulo do drama que se tornou Brasília.

Processo da Cassação de Eduardo Cunha

Na Folha: Em sessão que teve até briga, Conselho de Ética adia decisão sobre Cunha

A decisão do Conselho de Ética sobre a abertura do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), foi adiado mais uma vez após uma sessão que teve até briga entre parlamentares.

Após a manobra de quarta­feira (9) do peemedebista para destituir o relator Fausto Pinato (PRB­SP), o conselho oficializou Marcos Rogério (PDT­RO) para a relatoria.

Em entrevista à imprensa, Marcos Rogério afirmou não ter medo de pressões e deixou claro que votará pela abertura do processo de cassação contra Cunha. "Os pressupostos de admissibilidade estão presentes. Não há surpresa. O mérito é outro debate, com respeito ao contraditório", declarou.

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo

O Globo

Em sessão com troca de tapas, Conselho de Ética adia decisão sobre Cunha

A sessão no Conselho de Ética na manhã desta quinta-feira, em que seria apresentado projeto defendendo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo até o julgamento do seu caso, chegou a ser suspensa após uma briga entre os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PR-PB). Os dois bateram boca e até trocaram tapas no início da sessão. Após o tumulto, a reunião foi retomada e ficou decidido que o afastamento de Cunha será discutido na próxima sessão, marcada para terça-feira, dia 15, assim como a apresentação do relatório do deputado Marcos Rogério (RO). O parlamentar assumiu oficialmente o processo contra Cunha, no lugar do relator Fausto Pinato (PRB-SP), substituído ontem.

A confusão entre os dois parlamentares no início da sessão se intensificou quando o deputado Zé Geraldo disse: "a turma do Cunha quer bagunçar". Nesse momento, o deputado Wellington Roberto, que estava sentado atrás dele, avançou em direção a ele e o agrediu com tapas.

Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo

"Se não tivessem me segurado, partiria pra cima", diz deputado

Depois de sair no tapa com o deputado Wellington Roberto (PR-PB) durante a sessão desta quinta-feira no Conselho de Ética, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) admitiu que, se não fosse segurado por colegas, teria "partido para cima" do parlamentar. Os dois bateram boca e até trocaram tapas no início da sessão de hoje, que oficializou a escolha do deputado Marcos Rogério (RO) como novo relator do processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

— Ele me agrediu e eu pensei que ele estava vindo para cima de mim. Se não tivessem me segurado, eu teria ido para cima dele.

Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo

‘Vão acabar decretando a prisão dele’, afirma Renan sobre Cunha

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na noite de quarta-feira que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode acabar sendo preso em função das seguidas manobras que adotou para protelar o processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara. Cunha responde a uma denúncia por quebra de decoro parlamentar, que pode levar à cassação de seu mandato.

— A influência dele (Cunha) na comissão vem desde lá de trás. Mas, se ele continuar destituindo relator, trocando líder, manobrando com minorias, vão acabar decretando a prisão dele — disse Renan, na noite de quarta, a um interlocutor por telefone.

O GLOBO presenciou a conversa de Renan. A frase foi ouvida por volta das 22h, quando o presidente do Senado chegava a um jantar na casa do líder do PMDB no Senado, Eunício de Oliveira, no Lago Sul, em Brasília. 

Leia a notícia na íntegra no site do jornal O Globo

Na Veja: Deputado vai apresentar ‘relatório genérico’ contra manobras de Cunha na próxima terça (15)

O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), oficializado nesta quinta-feira como novo relator do processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética, pretende apresentar um "relatório genérico" na próxima terça-feira, sem detalhar qualquer suspeita contra o peemedebista. A estratégia é evitar novas contestações e manobras de Cunha, que conseguiu adiar por cinco vezes a análise de seu processo de quebra de decoro. As discussões sobre o caso Cunha já foram encerradas nesta quinta: pelo regimento, Marcos Rogério precisa de pelo menos 24 horas para apresentar o relatório.

No relatório a ser apresentado na terça, Rogério vai retirar todos os trechos da denúncia contra Cunha feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e também não vai citar se o caso do presidente da Câmara seria de cassação, de suspensão de mandato ou de advertência. Isso porque o relator considera que colocar as cartas na mesa de imediato daria munição para o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, questionar a isenção da nova relatoria e conseguir postergar ainda mais a conclusão do processo.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja

Impeachment

Na Veja: Governo recua na tática de acelerar rito de impeachment

Com a reviravolta na composição da Comissão Especial que decidirá sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo voltou atrás em sua estratégia de acelerar o processo no Congresso. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vinha mantendo discurso alinhado aos interesses do Palácio do Planalto, também mudou de tom nesta quarta-feira e anunciou preferir um recesso parlamentar mais curto.

Antes contrário ao recesso para evitar desgaste com manifestações de rua, o governo passou a defender uma interrupção parcial dos trabalhos legislativos para não "estressar as bancadas". Os parlamentares fariam pausa para o Natal e voltariam para votar o processo de impeachment em sessão extraordinária do Congresso em meados de janeiro. A decisão veio após derrota na eleição da chapa oposicionista para a comissão do impeachment, mesmo após decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que sustou o processo até a próxima quarta-feira.

Leia a notícia na íntegra no site da Veja

No G1

Após encontro, Dilma e Temer dizem que manterão relação 'institucional'

Após se reunirem por cerca de uma hora na noite desta quarta-feira (9), no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer afirmaram – ela em nota oficial e ele, em entrevista –, que manterão, de agora em diante, uma relação "institucional.

O encontro da noite desta quarta foi o primeiro entre os dois após Temer enviar a Dilma, na última segunda (7), uma carta na qual abordou suposta desconfiança dela em relação a ele e ao PMDB (leia aqui a íntegra). Naquele mesmo dia, em entrevista no Planalto, ela havia reforçado que não desconfia dele "nem um milímetro".

Na mensagem, o peemedebista elencou 11 razões para acreditar que a presidente não confia nele. O vazamento do conteúdo gerou mal-estar e houve repercussão política.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Na Alemanha, Lula ataca Cunha e diz que há 'golpe explícito' no Brasil

Ao discursar na Conferência Internacional do Partido Social-Democrata da Alemanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou nesta quarta-feira (9) o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que há "tentativa de golpe explícito" no país e acrescentou: "em contrapartida, vamos para a rua defender o mandato legitimamente obtido pela nossa presidenta."

Na última semana, Cunha autorizou a abertura do processo de impeachment de Dilma ao acolher pedido movido pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Em entrevista, o peemedebista negou motivação política.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Fonte: NA + Folha +G1 + O Globo + Veja

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