O pacote é bom! Por isso mesmo, as esquerdas vão chiar! Que chiem! (por REINALDO AZEVEDO)

Publicado em 24/05/2016 19:14
EM VEJA.COM

A boa notícia no conjunto de medidas anunciado nesta terça é que não traz, por enquanto, aumento de impostos. O sentido das ações é claro: controlar os gastos. Em uma década, o jumentismo econômico petista fez com que eles aumentassem 93% acima da inflação. Ora, é claro que isso traz consequências. Listo algumas:
– o partido do poder consegue quatro eleições seguidas;
– o país tem de fabricar uma recessão cavalar para sair do abismo;
– o desemprego assume proporções alarmantes.

Entenderam? Quando certo senhor disse que não existe almoço grátis em economia, estava dizendo, quero crer, entre outras coisas, exatamente isto: quem gasta como se não houvesse amanhã vai pagar um preço.

É claro que não será fácil. O governo quer, por exemplo, que o orçamento do ano em curso seja majorado, no máximo, pela inflação do ano anterior. Ora, não poderá haver áreas com orçamento vinculado à receita, casos, por exemplo, da saúde e educação. E não deve ter mesmo. Isso é uma loucura. Entre outra razões porque impede o governo de fazer remanejamentos. É uma das fontes da sangria.

O pacote  proíbe também novos subsídios, a menos que se aponte receita nova. Perfeito. A dívida do BNDES com o Tesouro, da ordem R$ 100 bilhões, pode ser antecipada. Há dificuldades legais a vencer. E serão incorporados ao Tesouro os R$ 2 bilhões do Fundo Soberano do Pré-Sal, uma ação que claramente micou, com a crise interna e a crise no mercado de petróleo. O dinheiro está lá parado, pra nada.

As esquerdas, que conduziram o país para o buraco, vão chiar? Ah, vão, sim! Mas elas já disseram que votarão contra até mesmo quando concordarem com as medidas. Assim, se, para elas, não faz diferença ser isso ou aquilo, que se faça, então, isso. É a coisa certa.

Ora, é claro que vão chiar e vão tentar botar suas pequenas tropas na rua. O governo não pode é se intimidar. É bom que a gente se lembre que essa turma será sempre minoritária. Fazer barulho não quer dizer ser maioria. Muito menos não é sinônimo de ter razão.

O presidente Temer precisa agora fazer uma síntese da herança maldita que encontrou e ir a público, em rede nacional de rádio e televisão, para dar ciência à população. Não só isso: na era da informação digital, é preciso criar um site da transparência, de consulta fácil, com os números da economia e sua evolução. Não dá para deixar o petismo e a esquerda mixuruca vencerem a batalha da informação — ou melhor: não dá para a desinformação vencer a informação.

O PT quebrou o país e o estava conduzindo ao abismo. As medidas de agora buscam resgatar a confiança para que possamos voltar a crescer e a distribuir renda. É simples assim. Trata-se de reconstruir a economia a partir dos escombros do petismo.

Temer passa em primeiro teste no Congresso, que aprova nova meta fiscal

O presidente Michel Temer venceu o primeiro embate no Congresso. Depois de mais de 16 horas, por votação simbólica, Câmara e Senado aprovaram, em sessão conjunta, o projeto de lei que muda a meta fiscal de 2016: de um superávit de R$ 24 bilhões, que era a primeira previsão feita pelo governo Dilma, passou-se para um déficit de R$ 170,5 bilhões. Entre uma ponta e outra, uma ligeira diferença de R$ 194,5 bilhões. Eis a alardeada competência do petismo.

A própria Dilma já havia encaminhado uma revisão da meta, fixando-a num déficit de R$ 96 bilhões. Foi a estreia do novo bloco governista contra o novo bloco oposicionista, liderado pelo PT e que conta com o apoio do PCdoB, PDT e PSOL. É a maior projeção de déficit desde 1997. O governo diz pretender que esse seja o fundo do poço. O objetivo, assegura, é fazer um déficit menor.

A sessão só foi tão demorada porque foi preciso analisar os vetos presidenciais que travavam a pauta. E, claro!, o PT e seus aliados recorreram a todas as estratégias possíveis de obstrução. Não fosse a habilidade de Renan Calheiros no trato com o Regimento, não teria sido possível a votação.

E era o que os “companheiros” queriam, sabotadores natos que são. Caso o governo não tivesse conseguido mudar a meta até o dia 30, ficaria virtualmente paralisado porque estaria obrigado a cumprir um superávit, imaginem vocês, de R$ 24 bilhões. Sem a autorização do Congresso, praticamente não poderia fazer mais desembolso nenhum.

E era o que PT, PCdoB e seus agregados queriam, ora essa! Imaginem que graça: o próprio governo Dilma já tinha feito um arregaço na sua previsão inicial: entre o superávit de R$ 24 bilhões e o déficit de R$ 96,7 bilhões, há uma escandalosa diferença de R$ 120,7 bilhões… Isso é que é um governo que planeja, não é mesmo?

O primeiro embate demonstrou que os partidos de oposição ao governo Temer não pretendem nem mesmo examinar as questões em votação para saber se são boas ou ruins para o país. A ideia é mesmo fazer oposição sistemática e combater todas as inciativas do Palácio ou da nova base aliada, alinda que sejam positivas para o povo brasileiro.

Os petistas acham que o povo precisa ser respeitado apenas quando está sendo governado pelo… PT! Alguma novidade? É da natureza do partido apostar no quanto pior, melhor.

A aprovação da nova meta, na sequência da apresentação de um pacote de medidas considerado sensato, deve tranquilizar o mercado e dar algum suspiro ao presidente Michel Temer para pensar os passos seguintes.

Os embates, doravante, serão sempre demorados, é bom que o presidente saiba. Por isso mesmo, é necessário que ele vá à TV o quanto antes — e, claro!, o PT vai bater algumas panelas — para explicar com o máximo didatismo a situação fiscal do país.

Como se viu, é possível vencer a gritaria e fazer o certo para o país.

 

Temer manda ver: coitadinho uma ova! Ou: Acerta no tom e na mesóclise

Presidente responde aos baderneiros e aqueles que o criticam por mudar de ideia

Gostei de ver. Na reunião com parlamentares, que antecedeu o anúncio das medidas econômicas, o presidente Michel Temer chegou a dar um tapa na mesa: “Tenho ouvido: ‘Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar’. Conversa! Fui secretário de Segurança duas vezes em São Paulo e tratava com bandido. Então eu sei o que fazer no governo”. E deu o tapa. Fez bem!

O PT e a extrema esquerda estão querendo testar os limites da institucionalidade. Bem, se e quando necessário, terão a devida resposta, que é dada pela democracia.

O presidente também respondeu com bom humor à acusação de que recua demais: “Quando houver equívoco, tem que rever a posição. Se fizer [o equívoco], consertá-lo-ei”.

É isso aí. O seu “sê-lo-ia” do primeiro discurso deu o que falar. Agora, vem o “consertá-lo-ei”. Presidente acerta no tom e na mesóclise.

 

Temer propõe limite ao gasto público com base na inflação do ano anterior

Na VEJA.com:

O presidente interino Michel Temer anunciou na manhã desta terça-feira o primeiro conjunto de medidas para a tentativa de reequilibrar as contas públicas. Em um ato de afago político ao Congresso, o anúncio foi feito em reunião com lideranças partidárias antes da realização da coletiva de imprensa com a equipe econômica.

Na apresentação, Temer afirmou que a votação da ampliação da meta fiscal, prevista para acontecer nesta terça-feira, é o primeiro teste para o governo e para o Legislativo. “É interessante que, se não fosse o clima ainda existente do país, não seria de uma gravidade absoluta a eventual transferência da votação de hoje para amanhã, mas é que as coisas estão postas de uma maneira que todos querem testar as instituições nacionais”, disse, durante abertura de reunião de líderes da base no Congresso, no Palácio do Planalto.

Assim como a votação da mudança na meta fiscal, algumas das medidas anunciadas nesta terça exigem o aval do Congresso. Uma delas é a de limitação do gasto público. O governo enviará ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional para limitar as despesas levando em consideração a inflação do ano anterior. Segundo Temer, isso tentará evitar a trajetória ascendente das despesas primárias, que passaram de 14% para 19% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1997 e 2015.

Em uma medida que não dependerá de aval dos parlamentares, o governo anunciou o plano de utilizar os recursos do fundo soberano do pré-sal para abater do endividamento. “O fundo está meio paralisado”, disse Temer, deixando na entrelinha que o fundo acabou não cumprindo a expectativa que ele criou quando começaram as discussões sobre a exploração do petróleo do pré-sal.

Outra medida que não dependerá do Congresso é a proposta de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pagará 100 bilhões que deve ao Tesouro, sendo 40 bilhões na primeira parcela. Os 60 bilhões de reais restantes serão divididos em duas parcelas de 30 bilhões de reais.

Reação do mercado – Sob a expectativa do anúncio das medidas econômicas, a bolsa subia e o dólar caía no início do dia. Na máxima da manhã, às 10h30, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu mais de 1% e superou a barreira de 50.000 pontos. Por volta das 11h30, o indicador reduziu sua velocidade, mas seguia em alta, de 0,7%.

O dólar chegou a descer a 3,54 reais durante o anúncio das medidas. Por volta de 11h30, a cotação estava em baixa de 0,8%, para 3,55 reais.

PF deflagra 30ª fase da Lava Jato e descobre mais de R$ 40 mi em propina

Por Laryssa Borges, na VEJA.com:

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 30ª fase da Lava Jato, intitulada Operação Vício. O alvo da 30ª fase são grandes empresas fornecedoras de tubos para a estatal, que atuavam com seus executivos, sócios, advogados e funcionários da Petrobras para sangrar os cofres da estatal e recolher propina. Os investigadores colheram indícios de que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, já condenado no petrolão a mais de 23 anos de prisão, e o ex-diretor de Serviços Renato Duque, também já penalizado em mais de 50 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, faziam parte do esquema, que movimentou ao todo mais de 40 milhões de reais em propina.

A nova etapa da Lava Jato identificou que uma construtora de fachada foi utilizada para viabilizar o pagamento de propina em um expediente utilizado com frequência por criminosos do colarinho branco: a celebração de contratos fictícios de prestação de serviços. A transferência de dinheiro sujo também foi viabilizada por meio de uma offshore.

O Ministério Público aponta que os contratos entre a Petrobras e as empresas fornecedoras de tubos ultrapassam os 5 bilhões de reais. “Evidências denotam que o pagamento de propinas no interesse desse esquema criminoso perdurou pelo menos entre os anos de 2009 e 2013, sendo que os valores espúrios pagos, no Brasil e no exterior, superam a quantia de R$ 40 milhões”, disse o MP. Na etapa batizada de Vício, dois funcionários da Diretoria de Serviços da Petrobras são alvos de condução coercitiva.

Cinquenta agentes federais cumprem 28 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A ação de hoje se dá em parceria com a Receita Federal e apura os crimes de crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro no esquema que sangrou os cofres da Petrobras.

De acordo com a PF, a operação desta terça é um desdobramento das que revelaram o esquema criminoso do petrolão. O alvo agora são três grupos empresariais que se utilizavam de operadores e contratos fictícios com a estatal – sobretudo com a Diretoria de Serviços – e repassavam dinheiro sujo a funcionários da Petrobras, além de agentes públicos e políticos.

A escolha pelo nome Vício se deu, segundo a corporação, em decorrência da sistemática prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos. “O termo ainda remete a ideia de que alguns setores do Estado precisam passar por um processo de desintoxicação do modo corrupto de contratar presente não ação de seus representantes”, diz a PF em nota.

A PF cumpre ainda mandados com o objetivo de apurar pagamentos a um executivo da área internacional da Petrobras em contratos firmados para aquisição de navios-sonda.

Medidas econômicas agradam, mas preocupação com curto prazo permanece (por VERA MAGALHÃES, no RADAR ON LINE)

Meirelles: bom, mas ainda falta

Meirelles: bom, mas ainda falta

As medidas econômicas anunciadas hoje pelo presidente interino Michel Temer e pelo ministro Henrique Meirelles foram bem recebidas por economistas e investidores. Mas a leitura é de ainda é preciso mais.

“Faltaram ações de efeito de mais curto prazo”, afirma Juan Jensen, sócio da consultoria 4E. A ideia de limitar o crescimento das despesas do governo ao crescimento da inflação do ano anterior é visto com um ponto positivo. O problema é que isso só deve se traduzir em redução efetiva do déficit quanto o país voltar a crescer e a receita com arrecadação superar o aumento dos gastos.

“O governo fez um diagnóstico de que o déficit deste ano pode chegar a 170 bilhões de reais. Ok, mas quando olhamos para 2017, o gasto continua crescendo”, ressalta.

A avaliação do economista é que a prova de fogo do governo realmente vai acontecer com as medidas que dependem da aprovação do Congresso, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU) e, eventualmente, até mesmo aumento de impostos.

Dois atos de Temer em favor das instituições. Na outra ponta, o PT: ladrões de dinheiro público e de civilidade

O presidente Michel Temer fez duas coisas certas nesta segunda-feira: 1) levou pessoalmente a revisão da meta fiscal para ser entregue a Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado; 2) exonerou Romero Jucá do Ministério do Planejamento. Em tese ao menos, se nada se provar, Jucá volta ao posto. Mas só em tese.

Temer reforçava, assim, a normalidade institucional, enquanto, aqui e ali, radicais minoritários e barulhentos gritavam a ladainho do PT: “Golpe, golpe…”.

Viu-se a delinquência política no próprio Senado: três deputados petistas resolveram vaiar Temer, acompanhados de alguns servidores: Paulo Pimenta (RS), Moema Gramacho (BA) e Helder Salomão (ES). Notem: por mais que esse trio não goste do afastamento de Dilma, trata-se de um comportamento inaceitável. E por quê?

A petista só foi afastada porque a Câmara decidiu enviar a denúncia ao Senado e porque este admitiu o processo. E aqueles três só são deputados porque reconhecem, então, as regras que definem a existência da Câmara, entenderam? Hostilizar o presidente da República desse modo corresponde a não respeitar os códigos que os fazem deputados e lhes garantem, inclusive, a imunidade. Lixo moral!

Um lixo moral que se estende àqueles que protestam nas imediações da casa de Temer — agora supostos moradores do Alto de Pinheiros: umas 50 pessoas. Estão lá, dizem, para berrar palavras de ordem contra o “golpe” e para fazer cantoria.

Leio na Folha que Norma Tedeschi, sogra de Temer, chegou a pedir a compreensão dos tais vizinhos, já que Michelzinho, filho do presidente, de 7 anos, estava com febre, e a família não conseguia nem sair pra comprar remédio sem ser importunada, além do incômodo do barulho. Um dos manifestantes, então, disse aos berros que na, periferia, há um monte de crianças doentes.

Sim, com certeza, há! Mas qual é a responsabilidade objetiva de Michel Temer e de sua família? Fosse o caso de culpar o presidente da República, quem deveria, então, responder por isso? Alguém que está no cargo há 10 dias ou um partido que ficou no poder por 13 anos e cinco meses? O fato de haver crianças doentes na periferia dá a esse cretino o direito de importunar um garoto doente só porque é filho do presidente da República? O desconforto causado a essa criança em particular ameniza o sofrimento de outras crianças?

Essa é a moral imoral do PT. Esse é o padrão dessa gente. Vejam que belo país eles construíram, não é mesmo?

As hordas fascistoides do petismo foram pegar no pé de José Serra, ministro das Relações Exteriores, lá na Argentina. Cerca de 150 gatos pingados, entre brasileiros e nativos, também gritaram “golpe” e “golpista” à passagem do ministro. O que dizer? Coisa de gente sem-vergonha. Serra sabe o que é golpe — ou melhor: dois golpes. Eles não! Aliás, felizmente, só podem gritar e promover suas baixarias porque inexiste golpe aqui ou na Argentina.

Bem, o segredo, como disse o próprio Temer, é se apegar ao que diz o livrinho — a Constituição — e ter a coragem de fazer a coisa certa. Dando o mínimo de bola possível aos delinquentes, desde que se comportem nos limites da lei.

Não há resposta cabível a quem não respeita nem a instituição que lhe garante a legitimidade, como é o caso dos deputados petistas. Não há resposta aceitável a quem acha que pode molestar um garoto de 7 anos porque filho de alguém que considera um adversário político, tendo a baixeza moral de evocar, em seu ato estúpido, o sofrimento de outras crianças.

Isso é o que PT fez com a política no Brasil. Temos de dar um jeito de prender todos os ladrões de dinheiro público. E temos de procurar banir todos os ladrões da nossa civilidade.

 

Os primeiros dias do governo Michel Temer foram discutidos no Roda Viva desta segunda-feira (por AUGUSTO NUNES)

O início do governo Michel Temer esteve no centro do Roda Viva desta segunda-feira. Repetindo o formato utilizado nos programas temáticos, a bancada foi formada por cinco debatedores, que discutiram os primeiros dias do substituto de Dilma Rousseff na Presidência da República. Entre os assuntos abordados ao longo de 90 minutos, destacaram-se o rombo nas contas legado pela presidente afastada pelo Senado, a reforma da Previdência, a configuração do ministério, as medidas de combate à crise econômica e a queda de Romero Jucá.

Participaram do debate Mara Gabrilli (deputada federal do PSDB paulista), Alexandre Schwartsman (economista e ex-diretor da área internacional do Banco Central), Flávio Galvão (ator), Paulo Frateschi (professor de Ciências Sociais e fundador do PT) e Gaudêncio Torquato (consultor político e professor de Comunicação Política da USP.

Confira abaixo afirmações feitas pelos cinco convidados do Roda Viva:

Mara Gabrilli:

“Toda essa corrupção começou em Santo André, e de forma agressiva, truculenta. Isso foi se ampliando e acabou perpetuado pelo PT”.

“Dilma Rousseff extinguiu a Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência em abril e pouco se falou sobre isso. Michel Temer teve o bom senso de recriá-la. Portanto, não é verdade dizer que o governo anterior se preocupava com o bem estar de toda a população. Hoje, quase 25% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. E uma criança chega a esperar, em média, cinco anos e meio para conseguir uma cadeira de rodas pelo SUS”.

Alexandre Schwartsman:

“O Brasil tem 5% da população com mais de 65 anos e gasta 13% do PIB com esta parcela. É o mesmo valor gasto por um país que tem 15% das pessoas nessa condição. Distorções desse tipo precisam ser corrigidas”.

“As despesas do governo não param de crescer. Não faz sentido aumentar impostos sem que melhore a qualidade dos serviços. Essa carga tributária sufoca o empresariado, mas quem paga a conta não são eles. São os 11% de desempregados”.

Flávio Galvão:

“O grande problema é que o Ministério da Cultura foi todo aparelhado pelo PT. Eu gostaria que o ministério fosse aparelhado não com nomeações sem concurso, mas com livros que faltam nas bibliotecas, com iluminação de qualidade nos teatros, com a preservação de monumentos históricos, bibliotecas, museus. O MinC gasta 83% do orçamento com despesas internas, não com atividades culturais”.

“Eu era PT até o fundo do meu coração. Fui ao Circo Voador cantar Lula lá, fiz campanha para o partido. E o PT me traiu. Eu me senti traído pelo que aconteceu neste país. Agora temos a oportunidade, com este governo, de iniciar uma nova vida. Espero que Michel Temer consiga driblar essa politicagem de terceira categoria e surpreender a todos. Sonho com um Brasil bom e decente”.

Paulo Frateschi:

“Esse governo interino, efêmero, acumulou algumas dificuldades nesses 10 dias para concretizar o golpe. Se eles têm 180 dias para cassar a Dilma no Senado, por que tanta pressa, tanta virulência contra as conquistas populares e democráticas? Um ministério com sete pessoas citadas na Lava Jato? Um líder do governo na câmara que é inclusive acusado de assassinato? Por que atacar a Previdência? Eles querem ser confiáveis para o mercado e estão pouco se lixando para o que acontece com os pobres, com os trabalhadores”

“A Dilma não sofreu um golpe por corrupção. Ela sofreu pelo que fez de bom para o povo. Houve uma reação da elite”.

Gaudêncio Torquato:

“O tempo é muito curto para se fazer a análise de um governo que encontrou um país com 11% de desempregados, 10% de inflação e déficit público de R$ 170 bilhões. Faço apenas uma primeira avaliação. Na área econômica foram convocados jogadores do primeiro time e deles se espera grandes soluções. A expectativa social é muito grande e há uma militância muito aguerrida por parte do PT, que vai às ruas cobrar a presença de mulheres e negros no ministério, mas esquece que o país foi administrado de maneira desastrada pelos governos do partido”.

“Eu acredito no novo governo. Michel Temer é professor de Direito Constitucional e sabe o que é golpe. Se tivesse havido  golpe, o Supremo Tribunal Federal seria golpista. Dos 11 ministros do STF, oito foram nomeados por Lula e por Dilma. Se fosse golpe, os 367 deputados que aprovaram o impeachment seriam golpistas, as instituições brasileiras seriam golpistas. Acredito piamente na Lava Jato e acho que nenhuma mão humana conseguirá desviar seu rumo. É preciso recuperar a bússola e o rumo de um país sem comando”.

Com ilustrações em tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi transmitido ao vivo pela TV Cultura.

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Fonte:
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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Henrique Meirelles quer estancar o crescimento da despesa pública sem corte de gastos..., se conseguir com que o orçamento não seja majorado, usando a expressão do RA, ocorrerá uma diminuição de 5% ao ano na despesa pública, é tudo o que o País precisa. RA também fala da desvinculação das receitas, exatamente o contrário do que pretende o Pedro Taques no MT que quer vincular o Fethab à um programa de investimentos. Não entendi direito o que RA quis dizer com a vinculação à saúde e educação, caso em que não deve haver remanejamento mesmo, de jeito nenhum..., Aliás, os produtores do MT devem ficar espertos em relação ao Fethab, ou esse dinheiro acaba remanejado aos pobres e oprimidos, aos barões da soja ou ainda, ao funcionalismo público que já tem salários muito acima da média dos trabalhadores brasileiros. Abram o olho, ou esse dinheiro pode custear outras despesas e não os investimentos. É esse o recado no caso do Fethab, se os produtores aceitarem, o vínculo é muito importante. Vínculo sujeito à responsabilização criminal, para depois sujeito não andar por ai dizendo que não viu nada, não sabe de nada. Mas acho que o melhor seria Pedro Taques fazer como Henrique Meirelles e não aumentar o orçamento do estado, nem corrigido pela inflação, em cinco anos sobraria dinheiro para executar o plano de investimentos, sem aumentar a carga no lombo dos produtores.

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