Paulo Bernardo, ex-ministro de Dilma e Lula, é preso na Operação Lava Jato

Publicado em 23/06/2016 07:25

(Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira o ex-ministro Paulo Bernardo, que ocupou cargos do primeiro escalão nos governos Lula e Dilma, em uma nova etapa da operação Lava Jato, segundo reportagens veiculadas na mídia.

Além de prender Bernardo em Brasília, a PF cumpre operação de busca na casa do ex-ministro e de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em Curitiba, e também no diretório nacional do PT em São Paulo, de acordo com a mídia.

A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve, principalmente, a Petrobras, empreiteiras, partidos e políticos.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

Na Folha: Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em desdobramento da Lava Jato

A imagem, de Martha Alves/Folhapress, mostra  a PF em frente ao diretório nacional do PT, em SP, nesta quinta-feira (23)

Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, foi preso na manhã desta quinta-feira (23) em uma operação da Polícia Federal realizada após desdobramento da Lava Jato.

Ele foi detido em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A casa dos dois, em Curitiba, também é alvo de buscas.

A prisão do petista, que deve ser levado à sede da PF em São Paulo, é preventiva.

O ex-ministro da Previdência e da Secretaria da Aviação Civil Carlos Gabas, amigo pessoal da presidente afastada Dilma Rousseff, e jornalista Leonardo Attuch, dono do site "Brasil 247", são alvos de condução coercitiva. A residência de Gabas em Brasília ainda foi alvo de busca e apreensão.

O secretário municipal de Gestão de São Paulo, Valter Correia, também foi detido e sua casa é alvo de busca e apreensão. Ele foi assessor de Bernardo no ministério do Planejamento.

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo

G1: Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em Brasília

O ex-ministro ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira (23) em um desmembramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília.

A operação foi batizada de "Custo Brasil" e cumpre 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

Do total de mandados, 11 são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14  de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento. Um dos mandados de busca está sendo cumprido na casa da da senadora Gleisi Hoffmann, no bairro Água Verde, em Curitiba.

Policiais federais também estão na sede do PT no Centro de São Paulo. Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na capital paulista.

A PF informou que a operação foi deflagrada para apurar o pagamento de propina referente  a contratos de prestação de serviços de informática no valor de R$ 100 milhões entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Há indícios de que o MPOG direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado, de acordo com as investigações.

"Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no MPOG por meio de outros contratos - fictícios ou simulados", diz a PF.

Os crimes investigados na operação são de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.

A Polícia Federal indiciou Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ao concluir o inquérito sobre as suspeitas de que dinheiro desviado da Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado da parlamentar.

A defesa do ex-ministro disse que desconhece as razões da prisão, e que estranha porque Paulo Bernardo sempre se colocou à disposição das autoridades.

A PF afirma ter indícios suficientes contra Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em crime de corrupção.

Leia a notícia na íntegra no site G1.

Fonte: Reuters + G1 + Folha de S. Paulo

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