Julgamento final de Dilma deve ocorrer em torno do dia 20 de agosto no Senado

Publicado em 30/06/2016 07:03

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BRASÍLIA (Reuters) - O julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado deverá ocorrer em torno do dia 20 de agosto, disse nesta quarta-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Como o dia 20 cai em um sábado, o mais provável é que o julgamento final de Dilma ocorra na semana seguinte, pouco depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, previsto para ocorrer até o dia 21.

Renan disse a jornalistas, após conversa com Dilma na tarde desta quarta-feira, que a presidente afastada se mostrou "triste, mas aguerrida" e demonstrou estar "consciente de seu papel". O senador negou, no entanto, que a petista tenha feito algum pedido.

"Ela perguntou sobre o calendário do processo. Eu respondi que nós terminamos agora a fase da inquirição de testemunhas, teríamos a partir de agora a discussão das perícias, depois as alegações finais, a pronúncia ou impronúncia, e o julgamento final, se for o caso, deve acontecer em torno do dia 20 de agosto", disse Renan ao retornar ao Senado.

"Ela disse que colaborará para que esse calendário seja cumprido, no que depender dela, ela favorecerá o cumprimento do calendário."

Segundo Renan, na conversa desta quarta, Dilma teria ainda recomendado "ponderação" e "equilíbrio" na condução dos trabalhos da Casa.

Renan também negou que a presidente tenha defendido a proposta de realizar eleições gerais neste ano. Para o senador, a ideia tem poucas chances de prosperar no Parlamento.

"Não acredito na possibilidade dessa perspectiva preponderar", disse, referindo-se ao quórum de aprovação que a medida exigiria por se tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC).

"A única solução posta que nós temos no Brasil, constitucional, é a continuidade do presidente da República em exercício."

Renan disse ainda que o Senado deve votar em novembro, após as eleições municipais, a regulamentação dos trabalhadores terceirizados, mas não o que chamou de "terceirização ampla, geral e irrestrita" que, segundo ele, prejudicaria os trabalhadores.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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Fonte:
Reuters

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