Meirelles diz que nunca exerceu funções executivas na J&F ou na Eldorado

Publicado em 07/09/2016 06:47

LOGO REUTERS 2.0

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira que nunca exerceu função executiva na holding J&F e na Eldorado Brasil, envolvidas na operação Greenfield da Polícia Federal, que investiga suspeita de fraude nos fundos de pensão de empresas estatais.

"Meirelles foi membro do Conselho Consultivo da J&F e nunca dirigiu esta empresa ou a Eldorado. Ele se limitava a prestar consultoria, cujos serviços foram concentrados na montagem do Banco Original", disse o ministério em nota de esclarecimento na noite desta terça-feira.

Após do período de consultoria, Meirelles "assumiu temporariamente, e de forma transitória, a presidência do Conselho de Administração da J&F. Em nenhum momento, porém, exerceu quaisquer funções executivas na empresa", informou a nota, ressaltando que atualmente o ministro não tem qualquer relação com essas empresas.

A Polícia Federal deflagrou na segunda-feira a operação Greenfield, com o objetivo de apurar suspeita de crimes de gestão temerária e fraudulenta dentro dos fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Petrobras, Correios e Caixa Econômica Federal.

O empresário Wesley Batista, presidente-executivo da empresa de carnes JBS, controlada pela J&F, foi um dos alvos de mandados de condução coercitiva na operação. A J&F confirmou a presença da Polícia Federal na sua sede e da Eldorado Brasil por ocasião da operação.

"O contrato de consultoria com a J&F estipulava que Meirelles não participava da gestão e não tinha acesso aos dados internos da empresa", disse a nota da Fazenda. "Suas sugestões como consultor restringiam-se a assuntos do Banco Original ou para algum movimento estratégico, particularmente fora do Brasil, sobre o qual a J&F demandasse sua opinião."

(Por Raquel Stenzel)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Pois é Sr. Meirelles, o banco Original é o banco que paga as taxas mais altas do mercado para quem aplica em títulos públicos, mais de 35% do inicio do ano até agora. Coincidencias que só acontecem no Brasil dos magnatas mais honestos do mundo.

    1
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, o Sr. esqueceu de dizer que o BANCO ORIGINAL é um "braço" dos irmãos Batista. O BTG Pactual do Sr. André Esteves sofreu um golpe com as investigações da Lava Jato e o "sistema" precisava de um "braço" independente para operar eficientemente com o intuito de não enfraquecer o "sistema". Não tem câmara frigorífica que impeça a fedentina desse "sistema"... QUEM VIVER VERÁ !!!

      0
    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Existe uma Teoria chamada "Primazia da Realidade", muito utilizada pelos Advogados Trabalhistas, que firma um conceito bem interessante para esse caso. A verdade dos fatos impera sobre qualquer formalismo. Seria muito interessante que o Ministério Público pudesse chamar ao testemunho alguns ex-Gerentes e ex-Diretores do Banco Original, que tenham atuado entre 2011 e 2014, de forma que expliquem se as atividades do Sr. Meirelles eram apenas de um Consultor ou se atuava na prática como Gestor, revestido de autoridade plena para estabelecer Políticas Comerciais, de Crédito, Demitir e Contratar, etc.

      Sempre achei muito curioso que um Profissional como ele, que chegou ao topo do Mundo Financeiro como CEO do Bank Boston, após ter sido Presidente do Banco Central do Brasil, viesse a trabalhar como "Consultor" de um Banco desconhecido, mero agente financeiro de um Frigorífico. Como bem disse o Sr. Paulo Roberto Reinsi no comentário que me precede "não tem câmara frigorífica que impeça a fedentina...".

      0
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      A maioria dos leitores têm a percepção que nos meus comentários vou ao "fundo do baú". Algumas décadas atrás os ascendentes dessa geração Batista, viviam em manchetes das páginas policiais dos jornais do estado de São Paulo, envolvidos em denúncia de cartel com outros do ramo, pois usavam essa armadilha para abaixar o preço da arroba do boi gordo. Essa é a "Primazia da Realidade"... NUA & CRUA !!!

      0