Fed mantém juros e sinaliza uma alta até final do ano

Publicado em 21/09/2016 19:19

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Por Jason Lange e Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central norte-americano, manteve a taxa de juro nesta quarta-feira, mas sinalizou fortemente que ainda pode apertar a política monetária até o final deste ano diante da melhora do mercado de trabalho.

A chair do Fed, Janet Yellen, em entrevista após a divulgação da decisão, disse que o crescimento dos Estados Unidos deve ser mais forte e que pode ser necessário aumento na taxa de juros para manter a economia longe do superaquecimento e constante a inflação alta.

"Julgamos que o cenário de um aumento reforçou, mas decidimos no momento esperar" disse Yellen. "A economia tem um pouco de mais espaço para crescer."

Yellen disse que esperava um aumento na taxa este ano se o mercado de trabalho continuar melhorando e novos importantes riscos não surgirem.

O Fed informou que a atividade econômica nos Estados Unidos havia melhorado e que os ganhos no emprego foram "sólidos" nos últimos meses.

O Fed acrescentou que seu comitê havia decidido contra a elevação dos juros "por enquanto", até que haja mais evidências de progresso de seus objetivos de emprego e inflação.

O banco central norte-americano tem mantido sua taxa de juros entre 0,25 e 0,50 por cento desde dezembro, quando elevou os custos de empréstimos pela primeira vez em quase uma década.

O Fed tem parecido cada vez mais dividido sobre a urgência de elevar os juros. Nesta quarta-feira, a presidente do Fed de Kansas, Esther George, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, foram dissidentes, dizendo que preferiam uma alta.

Ao mesmo tempo, as autoridades reduziram o número de altas de juros que esperam neste ano de duas para uma, de acordo com a projeção mediana de estimativas divulgada com o comunicado. Três dos 17 membros disseram que os juros devem permanecer estáveis pelo resto do ano.

O Fed também projetou alta menos agressiva nos juros no próximo ano e em 2018, e cortou a estimativa para a taxa de juros de longo prazo para 2,9 por cento, frente a 3,0 por cento.

A decisão do Fed, no mesmo dia em que o banco central do Japão acrescentou a meta de taxa de juros de longo prazo a seu programa de compra de ativos em uma reformulação de sua estrutura de política monetária, era esperada por economistas.

Os investidores não mudaram significativamente as suas apostas sobre o calendário da próxima subida das taxas. Os preços dos contratos futuros de juros indicavam chances, ainda que um pouco menores, de alta em dezembro, e quase nenhuma chance de elevação em novembro.

(Reportagem de Jason Lange, Lindsay Dunsmuir e Howard Schneider)

No Infomoney: Ibovespa dispara 400 pontos e retoma os 58 mil pontos após Fomc manter juros

SÃO PAULO ­ O Ibovespa dispara 400 pontos e o dólar desaba 0,35% nesta quarta­feira (21) após o Fomc (Federal Open Market Committee), decidir por 7 votos a 3 manter os juros inalterados na banda entre 0,25% e 0,5%. Apesar de dar mostras de que está mais perto de subir juros, falando em "sinais mais equilibrados" na economia, o Fed reduziu de 3 para 2 altas de juros projetadas para 2017.

Às 15h17 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira tinha alta de 0,29%, a 57.904 pontos. Já o dólar comercial recua 1,03% a R$ 3,2273 na venda, enquanto o dólar futuro para outubro tem queda de 0,90% a R$ 3,237.No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 cai 10 pontos­base a 12,37%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 opera em queda de 17 pontos­base a 11,89%.

O resultado da votação foi dividido, com 7 integrantes pedindo a manutenção e 3 votando pela alta das taxas neste mês. No comunicado, o Fed diz que "o cenário para aumento nas taxas de juros foi reforçado mas decidimos, por enquanto, por esperar por mais provas do progresso contínuo em direção a nossos objetivos".

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Fonte:
Reuters +InfoMoney

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