Sauditas oferecem corte de produção de petróleo se Irã congelar bombeamento, dizem fontes

Publicado em 23/09/2016 12:46

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Por Rania El Gamal e Dmitry Zhdannikov

DUBAI/LONDRES (Reuters) - A Arábia Saudita ofereceu uma redução na sua produção de petróleo se o rival Irã limitar seu próprio bombeamento este ano, disseram à Reuters quatro fontes com conhecimento das discussões, em um momento em que Riad busca um acordo dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para conter o excesso de oferta e elevar os preços da commodity.

A oferta, que ainda não foi aceita ou rejeitada por Teerã, foi feita este mês, disseram as fontes sob condição de anonimato.

A Opep deverá realizar uma reunião informal na Argélia na semana que vem, com participação também da Rússia, grande produtor de petróleo que não faz parte do grupo. A organização, responsável por um terço da produção global de petróleo, também terá reunião oficial em Viena, na Áustria, no fim de novembro.

O governo saudita está pronto para cortar seus níveis de produção para patamares vistos no início do ano em troca de um congelamento da produção pelo Irã nos níveis atuais, de 3,6 milhões de barris por dia (bpd), disseram as fontes.

"Eles (sauditas) estão prontos para cortar, mas o Irã tem que concordar em congelar", disse uma fonte. Outras três fontes confirmaram que a proposta foi apresentada a Teerã.

Uma fonte familiarizada com o pensamento do governo iraniano evitou comentar sobre detalhes da proposta, mas não descartou um acordo na próxima semana: "Vamos deixar que eles se discutam cara a cara."

Não houve comentários oficiais da Arábia Saudita ou do Irã.

A produção da Arábia Saudita disparou desde junho, devido à demanda de verão, alcançando um recorde em julho de 10,67 milhões de bpd e recuando levemente para 10,63 milhões de bpd em agosto. De janeiro a maio, a produção saudita de petróleo ficou perto de 10,2 milhões de bpd.

Anteriormente, os sauditas se recusavam a discutir qualquer corte de produção.

(Reportagem adicional de Alex Lawler)

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Fonte:
Reuters

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