Avaliação do governo Temer segue estável, só 14% consideram ótimo ou bom

Publicado em 04/10/2016 12:24

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação do governo do presidente Michel Temer manteve-se praticamente estável no final de setembro em relação a levantamento feito em junho, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira.

O governo foi considerado ótimo ou bom por 14 por cento, ante 13 por cento em junho. Já 39 por cento avaliaram o governo como ruim ou péssimo, mesma taxa da pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Na comparação com o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, 24 por cento acreditam que o atual governo está sendo melhor, contra 23 por cento no levantamento anterior, enquanto 38 por cento o consideram igual (ante 44 por cento) e 31 por cento o acham pior (ante 25 por cento).

"A popularidade do governo é muito baixa. Só é superior ao que tinha a presidente Dilma no final do seu governo. O governo vai ter que trabalhar para mostrar resultados e aí sim elevar a popularidade", afirmou Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisa e compatibilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A pesquisa, encomendada pela CNI, apontou ainda que 26 por cento confiam no presidente Temer (ante 27 por cento), enquanto 68 por cento não confiam (ante 66 por cento). Já a maneira de governar de Temer é aprovada por 28 por cento e desaprovada por 55 por cento --em junho eram, respectivamente, 31 e 53 por cento.

Sobre as perspectivas do novo governo, 24 por cento acreditam que será ótimo ou bom, 30 por cento esperam que seja regular e para 38 por cento a expectativa é de um governo ruim ou péssimo.

A avaliação da CNI é que há espaço para melhorar, já que a avaliação é muito baixa, mas passa pelo debate sobre as reformas propostas e as medidas a serem tomadas.

"Podem (as reformas) serem interpretadas negativamente. É preciso aumentar o debate sobre qual a necessidade das reformas. São agendas difíceis que o governo está enfrentando, paralelo à redução de gastos", disse Fonseca.

"Se conseguir dar exemplo nisso acaba sendo um ponto positivo. As reformas estão chegando agora ao Congresso e agora a população vai começar a conhecer melhor o governo", disse.

Segundo a pesquisa, temas como a reforma da Previdência estão sim sendo acompanhados pela população. Debates como a instituição de uma idade mínima para a aposentadoria são os temas mais citados como notícias relacionadas ao governo Temer.

A pesquisa mostra, ainda, que a popularidade do presidente caiu mais entre os jovens de 16 a 24 anos. Nessa faixa etária, 38 por cento consideram o governo como ruim ou péssimo. Em junho, eram 33 por cento. Da mesma forma, na Região Nordeste, em que sua antecessora, a ex-presidente Dilma, era mais popular, 50 por cento dos entrevistados acreditam que o governo é ruim ou péssimo.

A divisão também existe quando se analisa a renda dos entrevistados. Temer é mais popular entre aqueles que recebem acima de cinco salários mínimos -20 por cento consideram o governo bom ou ótimo, 33 por cento aprovam a maneira de Temer governar e 32 por cento confiam no presidente. Nas três questões, no entanto, os percentuais de desaprovação são superiores ao de aprovação.

Entre os mais pobres, com renda até um salário mínimo, 44 por cento acham o governo ruim ou péssimo e 40 por cento acreditam que vai continuar dessa forma.

"O governo Dilma tinha mais popularidade no Nordeste e entre a população com renda familiar menor", disse Fonseca.

O levantamento foi realizado entre 20 e 25 de setembro, com 2.002 pessoas em 143 municípios.

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Fonte:
Reuters

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