Recuperação do Brasil não está ameaçada por dados econômicos fracos, diz Meirelles

Publicado em 07/10/2016 07:24

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Por Alonso Soto

BRASÍLIA (Reuters) - A economia brasileira está no caminho para sair de sua pior recessão apesar de uma série de dados econômicos negativos divulgados nesta semana, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à Reuters nesta quinta-feira.

Em entrevista por telefone concedida em meio às reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington, nos Estados Unidos, Meirelles disse que segue prevendo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,6 por cento no ano que vem.

"Não são retas contínuas de crescimento quando inicia o processo de recuperação, é normalmente uma curva que sobe e desce, mas o importante é o que vai acontecer na média", afirmou Meirelles, acrescentando esperar um crescimento marginal da atividade no último trimestre deste ano.

A queda acentuada na produção industrial em agosto e um aumento do desemprego levantou temores nesta semana de que a economia brasileira poderia levar mais tempo para se recuperar de sua pior recessão em um século.

Meirelles disse que o governo do presidente Michel Temer vai avançar com as reformas, e deve apresentar neste mês ao Congresso Nacional uma proposta de reforma da Previdência.

A aprovação de reformas de ajuste fiscal no Congresso Nacional irá dar suporte à incipiente recuperação e proteger o país dos ciclos econômicos globais, disse.

"Economia brasileira deve estar preparada para atravessar de forma consistente os diversos ciclos de economia global e por isso que estamos fazendo as reformas.

Meirelles, contudo, descartou uma recomendação do FMI para definição de uma meta de superávit primário de longo prazo, dizendo que uma proposta de limitar o crescimento dos gastos públicos é um alvo mais crível.

Meirelles também disse estar confiante que uma onda de protecionismo nos Estados Unidos e na Europa será de curta duração.

"Acho que é um movimento cíclico normal e que a tendência da globalização continua porque é inevitável", disse.

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Fonte:
Reuters

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