Dilma Rousseff deixou um legado de destruição econômica (por MONICA DE BOLLE, no RODA VIVA)

Publicado em 25/10/2016 20:02
TV CULTURA/Blog Augusto Nunes + Estadão +Josias de Souza + Reinaldo Azevedo

A convidada do Roda Viva desta segunda-feira foi a economista Monica de Bolle, professora da Universidade Johns Hopkins. Autora do livro “Como matar a borboleta-azul: Uma crônica da era Dilma”, ela examinou as causas da crise econômica brasileira e as medidas necessárias para tirar o país do atoleiro. Confira alguns trechos da entrevista:

Falar sobre a PEC do Teto pode soar um pouco abstrato para a população. Esse tipo de comunicação deve se dar de maneira simples: “olha, passamos por um momento complicado, houve um desmonte da economia e, diante disso, temos duas opções, podemos cortar gastos, aumentar impostos ou fazer uma combinação das duas coisas. Como aumentar impostos terá um impacto no seu bolso, estamos tentando evitar essa situação de imediato”.

A partir de 2011 houve uma tentativa de manter o país crescendo numa taxa que já não era condizente com a realidade. E vários artifícios foram utilizados, mas principalmente dois: o uso do crédito público subsidiado, sobretudo do BNDES, e a queda dos juros de uma forma um tanto atabalhoada.

Dilma Rousseff deixou uma porta arrombada sem nada dentro. Foi um legado de destruição.

O processo de reconstrução da economia é árduo, lento e vai exigir muita paciência. E o pior é que, diferente da época de Itamar Franco, quando o Plano Real levou dinheiro ao bolso da população, hoje não há nada que se possa fazer para dar um alento às pessoas.

Existe atualmente no Brasil uma situação esquisita. Se você foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff, precisa necessariamente ser a favor do governo Temer. Eu entendo aqueles que apoiaram o impeachment mas olham com desconfiança o atual governo. São coisas diferentes.

O problema maior não é fazer a PEC 241 ser aprovada no Congresso, mas ter pulso firme para aguentar a pressão de todos os grupos de interesse que querem um pedaço desse latifúndio.

O governo Dilma, principalmente no final, estava completamente sem direção, o que tem um impacto grande sobre o mercado financeiro. As pessoas estão mais otimistas. Mas tanto eu quanto parte dos investidores estrangeiros que pensam a longo prazo estão preocupados, porque a situação que vivemos hoje tende a mudar em 2017, quando já estaremos vivendo uma realidade pré-eleitoral.

Países onde houve uma queda muito forte do PIB per capita normalmente demoram uma década para se recuperar.

Nos primeiros anos do governo Lula havia um equilíbrio grande entre ideologia e pragmatismo, além de um quadro internacional positivo. No segundo mandato, principalmente depois de 2008, esse equilíbrio começou a se desvirtuar. No final, predominou a ideia de que o que importava era manter o crescimento, a renda subindo e os níveis de emprego, mesmo que isso não estivesse mais em conformidade com o processo que o Brasil estava vivendo naquele momento. Se Dilma tivesse retomado o equilíbrio, talvez revertesse essa descida ladeira abaixo. Em vez disso, ela acelerou.

Enquanto nossos vizinhos estavam fazendo diversos acordos bilaterais, nós simplesmente ignoramos por completo o que acorria ao nosso redor. É uma infelicidade que o Brasil esteja se abrindo somente agora, num momento em que o mundo quer se fechar.

A bancada de entrevistadores reuniu os jornalistas André Lahóz (Exame), Bruna Lencioni (revista América Economia Brasil), Samantha Pearson (Financial Times), Alvaro Gribel (O Globo) e Márcio Kroehn (IstoÉ Dinheiro). Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi apresentado, excepcionalmente, pelo diretor de Jornalismo da TV Cultura, Willian Corrêa.

Foto do Brasil hoje não é bonita, mas país vai entrar num rumo positivo (NIZAN GUANAES, na FOLHA)

  Divulgação  
O Brasil seria, hoje, uma Kombi que está atolada e precisa ser empurrada

A Bolsa de Valores de São Paulo é uma das que mais subiram no mundo em 2016. O índice Ibovespa se valorizou em mais de 50% num ano em que o PIB brasileiro deve cair mais de 3%, que veio depois de um ano em que o PIB brasileiro caiu mais de 3%. Isso tem um valor que ultrapassa seus significados financeiros.

Meu grupo atende a cerca de 300 empresas, e já sentimos que tem um vento vindo. Duvida? É só olhar para a Bolsa. O mercado de ações é um mercado de esperança. É um mercado de risco, mas é também um mercado de esperança.

As empresas, os verdadeiros motores da economia, cortaram custos, azeitaram suas operações. Precisamos estar preparados para o pior, mas também para o melhor.

O Brasil vai entrar num rumo positivo. Se tirarmos uma foto do país hoje, ela não é bonita. Mas é possível projetar um filme melhor com a adoção de medidas de recuperação fiscal já tramitando no Congresso e a disposição de aprovar reformas que atualizem nossas leis, dando condições para as empresas criarem empregos e riquezas para todos. A volta do crescimento aumenta de forma natural e saudável a arrecadação de tributos.

Eu não trabalho com viés político. Sou um técnico da publicidade, e sei como os técnicos sabem fazer o que precisa ser feito. Confio na técnica de Henrique Meirelles, de Pedro Parente e de Ilan Goldfajn. São profissionais que seguem o mote dos grandes líderes americanos que dividem a vida em "learn, earn, serve" (aprender, ganhar, servir ao país).

Olha a virada da Petrobras sob a liderança competente de Parente. Olha as projeções de inflação e crescimento com a credibilidade de Goldfajn no Banco Central e de Meirelles na Fazenda.

O valor da Petrobras não pode ser um valor político. Empresas não cumprem seu melhor papel se seu principal papel for o político.

Eu sou empresário. E empresário quer que qualquer governo dê certo, pelo menos na economia. O Brasil hoje é uma Kombi que está atolada. Não vamos ficar discutindo na hora de empurrar a Kombi. Depois a gente discute a questão ideológica, partidária. Com 12 milhões de desempregados e tantas empresas em dificuldade, não dá para ser e agir contra a economia nacional.

Estamos diante de um paciente na UTI e é preciso tomar medidas urgentes e duradouras para que ele não só saia da UTI, mas para que ele recupere a saúde e volte a se desenvolver plenamente.

O Brasil está contaminado pela tristeza. Mas este é um país que tem um potencial tão grande que não teremos competência para destruí-lo.

Claro que as coisas não melhorarão da noite para o dia. O Brasil tem a difícil missão de reformar suas leis. Algumas delas são muito antigas e já não servem ao século 21.

Eu respeito as ideias de todo mundo, e precisamos promover um debate respeitoso, inclusivo e de alto nível para termos o país que queremos. Eu não acho que será o governo quem vai tirar o Brasil de onde estamos, mas sim as empresas e, mais do que elas, os empreendedores, os maiores criadores de riqueza das nações.

Sempre digo que o programa mais adequado aos brasileiros, com todo o respeito aos outros programas tão necessários também, é o programa "minha empresa, minha vida".

Serão os empreendedores e suas empresas que resgatarão os milhões de empregos que perdemos na crise dos últimos anos.

Vamos lá. Ajuda a empurrar a kombi.

"Lula, o intocável", editorial do ESTADÃO

O ex-presidente Lula da Silva não aceita ser julgado pelas cortes do Judiciário, mas somente pelo tribunal da história. Diante da iminência de ter de esclarecer, sob juramento, por que recebeu tantos favores de amigos empreiteiros e por que, sob seu governo, nasceu e floresceu o maior esquema de corrupção da história do País, o chefão petista, na falta de uma resposta plausível a essas questões, pretende convencer o País de que seu caso é parte de um ataque generalizado às “conquistas sociais” que o período petista supostamente protagonizou. Ou seja, Lula quer ser visto não como um cidadão com direitos e deveres como todos os demais brasileiros, e sim como a encarnação dos pobres em geral, de modo que obrigá-lo a prestar contas à Justiça seria o equivalente a criminalizar os menos favorecidos.

Nem é preciso enfatizar o quanto de autoritário há nesse pensamento. Os piores ditadores da história contemporânea tinham como estratégia confundir-se com o povo, transformando todos aqueles que pretendiam fazê-los responder por seus crimes em “inimigos do povo”. Além disso, colocavam-se acima e além das instituições. Houve época em que até se faziam adorar como deuses. Mais modesto, Lula tem-se limitado a exaltar a pureza cristalina de sua alma. Ele, que nunca foi exatamente um democrata, parece ter decidido enveredar de vez por esse caminho autoritário, que ofende as instituições democráticas, como se estas estivessem a serviço de conspiradores hostis aos pobres e desvalidos.

Talvez desesperado ante a perspectiva cada vez mais real de ser preso e enfrentar o frio da carceragem de Curitiba, do qual se queixou o deputado cassado Eduardo Cunha, Lula mandou seus amigos criarem um movimento nacional para defendê-lo. Conforme reportagem do Valor, os petistas acreditam que não basta responder aos processos nos tribunais – Lula é réu em três ações penais. Para eles, é preciso defender também seu “legado”, por meio de uma campanha que inclui a criação de comitês estaduais pró-Lula.

Nem mesmo a reconstrução do PT – que depois de ter sido massacrado nas eleições municipais corre o risco de sofrer uma debandada de parlamentares e enfrenta uma feroz luta interna de chefetes que disputam seus caquinhos – tem precedência sobre o mister de salvar Lula da cadeia. Gilberto Carvalho, boneco de ventríloquo do chefão petista, mandou avisar: “Antes de nos preocuparmos com a sucessão no PT, temos de nos mobilizar em defesa do Lula”.

Nessa mobilização, Lula, como sempre faz quando se sente acuado, prometeu percorrer o País, “mas não em sua defesa pessoal, e sim na dos direitos que ajudou a conquistar e que o atual governo quer extinguir”, explicou o ex-ministro Gilberto Carvalho, que articula a campanha. “Além do processo de criminalização do Lula e do PT, há um movimento para retirar direitos da população”, disse Carvalho.

Com isso, está dada a senha para ligar a defesa de Lula à defesa dos pobres, como se aquele e estes fossem uma coisa só. A estratégia é dizer, na forma de slogans, que “justiça para Lula” é o mesmo que “justiça para todos”. Na mesma linha, segundo planejam os marqueteiros, os simpatizantes do chefão petista sairão às ruas bradando, ao mesmo tempo, “tirem as mãos dos nossos direitos” e “tirem as mãos de Lula”.

Pode-se esperar, portanto, um recrudescimento do desrespeito de Lula e dos petistas ao Judiciário. Anda a pleno vapor sua campanha de desmoralização do Brasil no exterior, por meio de petições e denúncias esdrúxulas em que seus advogados questionam a lisura dos magistrados de todas as instâncias, com o indisfarçável propósito de criar um clima para, na undécima hora, se não houver alternativa, conseguir que algum regime amigo lhe dê asilo.

No front interno, Lula gravou um vídeo em que diz que os procuradores que o denunciaram são “reféns da imprensa” e os convidou a refletir sobre isso. Já o também denunciado Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, pediu ao juiz Sergio Moro, em sua defesa prévia, que “supere a imagem mental já construída sobre os fatos”. Ou seja: para essa gente, só quem está sob influência da imprensa ou se deixa levar por preconceitos é capaz de apontar o dedo para a “viva alma mais honesta deste país”.

Cármen Lúcia trata Renan como ‘senadorzeco’ (JOSIAS DE SOUZA/UOL)

Tido como um político calculista, Renan Calheiros passou a viver perigosamente. Enrolado em oito inquéritos da Lava Jato, o senador forneceu a colegas que também enfrentam apuros penais um serviço de desmonte de grampos e escutas ambientais. Fez isso deformando o papel da Polícia do Senado. E espetou a conta no bolso do contribuinte. Apanhado em suas exorbitâncias, Renan resolveu dar aula de democracia aos estúpidos.

Ensinou que “a submissão ao modelo democrático não implica em comportamentos passivos diante de excessos cometidos por outros poderes.” Numa apoteose do ilógico político que caracteriza a inconsequência reinante no Congresso, Renan explicou: “um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer momento, atentar contra um poder.” Um “chefete de polícia” travestido de ministro da Justiça não deve prestigiar uma Polícia Federal que cumpre ordem judicial que desconsidera a invulnerabilidade do Senado.

Todos estranharam o comportamento de Renan. Até os seus amigos mais próximos acham que ele perdeu a bússola que o fazia antecipar racionalmente os resultados de suas ações. Perdido, o mandarim do Congresso exercitou o seu direito de escolher o próprio caminho para o inferno. Com atraso, Renan descobriu que houve uma troca de guarda no Supremo Tribunal Federal.

A presidência da Suprema Corte já não é exercida por Ricardo Lewandowski, que manteve por três anos na gaveta uma denúncia em que Renan é acusado de bancar as despesas de uma filha que teve fora do casamento com dinheiro da Mendes Júnior. Quem preside o Supremo agora é Cármen Lúcia, que definirá nos próximos dias a data de julgamento da denúncia longeva.

Como que decidida a informar a Renan que o Brasil pode estar mudando, a nova presidente do Supremo tratou Renan como um ‘senadorzeco’ qualquer. Sem mencionar-lhe o nome, ministrou ao senador uma aula de bons modos. Esinou que a Constituição anota que os poderes da República são independentes, mas também harmônicos.

“Numa democracia, o juiz é essencial, como são essenciais os membros de todos os outros poderes, que nós respeitamos. Queremos também, queremos não, exigimos o mesmo e igual respeito para que a gente tenha democracia fundada nos princípios constitucionais.''

Cármen Lúcia acrescentou: ''Somos todos igualmente juízes brasileiros querendo cumprir nossas funções. Espero que isso seja de compreensão geral (…) O mesmo respeito que nós, Poder Judiciário, dedicamos a todos os órgãos da República, afinal somos, sim, independentes e estamos buscando a harmonia em benefício do cidadão brasileiro. Espero que isso não seja esquecido por ninguém, porque nós juízes não temos nos esquecido disso.''

Sem querer, Cármen Lúcia deu aula também a Michel Temer, cujo ministro foi chamado de “chefete de polícia”. Em situações assim, não há meio-termo: ou o presidente coloca seu ministro no olho da rua ou responde ao detrator à altura. Sob a alegação de que precisa manter a governabilidade, Temer virou uma espécie de sub-Cármen.

ESTÃO TODOS ERRADOS – Reação de Cármen Lúcia a Renan é a fina flor do corporativismo (REINALDO AZEVEDO)

Não cabe à presidente do Supremo e do CNJ entrar no debate como “juíza”. Ela não é parte do conflito. Se quiser ser, deixa de ser juíza, ora...

Meus caros, vou contar para vocês o que é o corporativismo. É assim! Digamos que um grupo de profissionais de determinada área se reúna e decida que a soma dos quadrados dos catetos não corresponde ao quadrado da hipotenusa. Digamos ainda que, para esse grupo de profissionais, negar o teorema de Pitágoras seja uma questão de manter privilégios adquiridos ao longo da história. Bem, nesse caso, independentemente do que diga a realidade, eles continuarão a negar uma obviedade que está na natureza, que está na realidade. Se for gente poderosa, todos arcaremos com o peso dessa negativa.

Querem tornar essa realidade mais terrena? Pois não! Boa parte do que o estado brasileiro arrecada hoje, nas três esferas, é consumida com salário de funcionalismo e as respectivas aposentadorias, entenderam? Ao longo dos anos, as várias categorias profissionais foram se organizando e impondo suas, digamos, “necessidades” ao conjunto dos brasileiros. Resultado? O estado está quebrado. A Previdência está quebrada. E ninguém consegue mudar nada porque a corporação não deixa.

O corporativismo é uma das formas que assume a morte da democracia. Não por acaso, os regimes fascistas, nas suas mais variadas matizes, são corporativistas. Os grupos organizados se impõem como um corpo, como uma unidade, ao estado. E quem paga a conta é sempre o pobre.

Vamos lá. O senador Renan Calheiros reagiu à ação realmente destrambelhada e ilegal perpetrada pela Polícia Federal, com autorização de um juiz de primeira instância, no Senado Federal. Já tratei do assunto aqui. Chamou o magistrado de “juizeco”. É claro que o termo é impróprio e que não cabe conferir mais temperatura à situação. Uma coisa é reagir com a energia que o caso exige — e o que se fez é, sim, coisa grave. Outra, distinta, é partir para o bate-boca.

Pois bem: a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, resolveu sair em defesa de todos os juízes e reagiu de modo igualmente impensado. Em sessão do CNJ, Cármen exigiu respeito ao Judiciário e declarou que, a cada agressão a um juiz, ela própria se sente agredida. A ministra afirmou ainda que todos os magistrados são passíveis de erros, como qualquer ser humano. Disse, no entanto, que não admite a tentativa de desmoralização de um juiz.

Afirmou literalmente a ministra:
“Todas as vezes em que um juiz é agredido, eu e cada um de nós, juízes, é agredido. E não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade”.

A fala está assim transcrita em todos os lugares. Não honra nem a isenção nem a língua portuguesa, da qual a “juíza” se diz amante. Começo por esta. Naturalmente, Cármen pretendeu dizer “eu e cada um de nós, juízes, SOMOS AGREDIDOS”. Há na curta fala da ministra duas agressões à língua: de concordância nominal e de concordância verbal. Mas o erro verdadeiramente grave é de conceito, é de direito.

É um péssimo caminho.

Não cabe a Cármen Lúcia reagir como “juíza” à fala de Renan ou de qualquer outro. Até porque poderia estar na presidência do CNJ quem juiz não foi, a exemplo de Celso de Mello, de Gilmar Mendes, de Joaquim Barbosa e da própria Cármen Lúcia, que não têm origem na magistratura. Quando o indivíduo assume uma vaga no STF — e, por consequência, na presidência do CNJ —, deixa lá fora a sua vida pregressa. Se não for assim, um advogado de origem, como Roberto Barroso, quando chegar ao posto máximo, não terá isenção para enfrentar demandas propostas pela OAB, por exemplo.

Insisto: não endosso os termos em que Renan fez a sua crítica. Mas também considero muito ruim a reação da ministra Cármen Lúcia.

Acreditem: onde há corporativismo, há menos democracia do que seria saudável.

Não cabe à presidente do Supremo e do CNJ entrar no debate como “juíza”. Ela não é parte do conflito. Se quiser ser, deixa de ser juíza, ora…

NÃO É BEM ASSIM – Ainda não existe acordo de delação com Marcelo Odebrecht e outros diretores

Tudo caminha para isso, mas ainda não há formalização; apenas se avançou mais uma etapa

Pois é…

O Globo noticiou, e a coisa repercutiu em todo canto, mas, como sabe o Ministério Público Federal, a delação premiada de Marcelo Odebrecht e outros 50 executivos da empresa ainda não foi fechada, não.

Apenas se avançou uma etapa: está definido o tema de cada um dos possíveis delatores e as eventuais penas CASO O ACORDO SE REALIZE.

Mas ainda não existe nada assinado, preto no branco.

Tudo caminha, sim, para a realização do acordo, mas ainda não aconteceu.

(REINALDO AZEVEDO)

Fonte: VEJA + ESTADÃO + UOL

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