Parlamentares de oposição da Venezuela renunciam em concessão a governo

Publicado em 16/11/2016 10:48

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CARACAS (Reuters) - Três parlamentares opositores no centro da rivalidade entre o Congresso da Venezuela e seu maior tribunal renunciaram na terça-feira, em respeito a um acordo cujo objetivo é apaziguar o impasse político entre a oposição e o presidente da nação, Nicolás Maduro.

Os parlamentares Julio Ygarza, Nirma Guarulla e Romel Guzamana entregaram suas demissões por escrito ao Congresso no mesmo dia.

Os três, dois deles do Estado do Amazonas e outro que representa grupos indígenas, foram essenciais para dar uma super maioria à oposição nas eleições legislativas de dezembro de 2015, mas em janeiro uma ordem da Suprema Corte os proibiu de assumir devido a alegações de fraude.

A Assembleia Nacional desafiou o governo ao reempossá-los em julho, levando as autoridades a declarar o Congresso ilegítimo e iniciando uma disputa de poder com o gabinete socialista. 

Nas conversas do final de semana entre a oposição e governo, patrocinadas pelo Vaticano, os dois lados concordaram que os parlamentares renunciariam para que se realizem novas eleições para os três assentos.

"Este é um voto de confiança no diálogo", disse o parlamentar opositor Ángel Alvarado à Reuters durante a sessão parlamentar de terça-feira. "Agora (o governo) tem que convocar eleições."

O partido opositor linha-dura Vontade Popular e alguns ativistas da oposição estão revoltados com o acordo por temer que a promessa de eleições não seja mantida e que o diálogo dê um respiro ao impopular Maduro.

Maduro, que a oposição vem tentando afastar com um referendo revogatório, comemorou a retirada dos congressistas.

"Começa o processo para a Assembleia Nacional respeitar a Suprema Corte, respeitar a Constituição, o que significa que haverá eleições no (Estado do) Amazonas muito em breve", disse Maduro em programa de rádio.

Seus adversários sofreram um golpe duro no mês passado, quando o Conselho Nacional Eleitoral praticamente acabou com as esperanças de realização do referendo revogatório.

(Por Eyanir Chinea e Corina Pons)

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Fonte:
Reuters

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