Para analistas, medidas anunciadas pelo governo são positivas, mas não têm efeito no curto prazo

Publicado em 16/12/2016 06:39

RIO - As medidas de estímulo à economia foram recebidas com desconfiança por analistas. Para Fábio Silveira, sócio-diretor da MacroSector, os pontos apresentados têm efeito limitado e servem apenas para evitar que mais empresas quebrem no ano que vem. Ele defende que uma recuperação só será possível quando os juros básicos da economia caírem mais fortemente.

— São medidas tópicas, visando trazer algum fôlego para que as empresas consigam iniciar 2017 e não quebrarem. Crescimento mesmo só vai ter quando juros caírem. Enquanto estiverem nesse patamar estratosférico não tem crescimento — avalia o analista, que espera um início da retomada a partir do segundo semestre de 2017.

Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central, também não vê saída sem queda de juros.

— Medidas como essas são boas em qualquer circunstância. Mas para alavancar uma recuperação mais rápida, não. Com taxas de juros desse tamanho, é impossível — afirma.

Para ele, faltou no pacote uma ação mais direta para facilitar a renegociação de dívidas de empresas e famílias. Ele defende, por exemplo, a liberação de compulsórios (recursos que os bancos precisam deixar depositados no Banco Central) para reestruturar os débitos. Para isso, seria necessário que o dinheiro fosse "carimbado", ou seja, liberado com a condição de que as instituições financeiras usassem exclusivamente para viabilizar essa reestruturação.

Leia a notícia na íntegra no site O Globo.

Fonte: O Globo

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