Deputados reelegem Rodrigo Maia para comandar Câmara e tocar votações de reformas

Publicado em 02/02/2017 14:14

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), venceu disputa em primeiro turno nesta quinta-feira e foi reeleito para comandar a Casa pelos próximos dois anos, resultado que agrada o governo em um momento em que deseja ver aprovadas no Congresso medidas prioritárias como a reforma da Previdência.

Candidato favorito do Planalto, Maia reuniu em torno de sua candidatura um bloco com 13 partidos e obteve 293 votos, quantidade suficiente para eleger-se em primeiro turno com folga, mas ligeiramente inferior às projeções que apontavam para um vitória com mais de 300 votos.

Ainda que tenha garantido a vitória do seu candidato, o governo terá pela frente agora a tarefa de dirimir divergências criadas durante a disputa e gerenciar sua base.

O segundo colocado, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), obteve 105 votos. Outros quatro deputados disputaram a presidência: André Figueiredo (PDT-CE), com 59 votos; Júlio Delgado (PSB-MG), com 28; Luiza Erundina (PSOL-SP), com 10; e Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com 4. Houve 5 votos em branco.

Formalmente, o Planalto manteve a postura de não interferir na eleição da Mesa, alegando tratar-se de uma questão interna. Nos bastidores, no entanto, preferia a reeleição de Maia e articulou para garantir sua vitória, movimentação que incluiu a promessa de uma reforma ministerial para acomodar aliados.

O temor de desrespeito ao princípio da independência entre os Poderes também pode ter motivado o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, a negar na quarta-feira pedidos de liminar para que Maia não pudesse registrar sua candidatura.

Adversários do democrata argumentavam que a Constituição proíbe a reeleição no comando da Câmara na mesma Legislatura --período de 4 anos para os quais os deputados são eleitos. Maia, por sua vez, dizia que não havia uma restrição específica no caso de alguém que tinha side eleito para um mandato-tampão, como ele.

O lema da lema da independência, aliás, foi abordado por Maia em discurso pouco antes da votação. O deputado criticou aqueles que recorrem ao Judiciário para resolver questões internas do Legislativo, como seus adversários na disputa.

"Muito se fala em fortalecimento da nossa Casa. Muito se fala em independência da Câmara dos Deputados. Mas mais uma vez o ator principal da nossa eleição foi o Poder Judiciário e, por incrível que pareça, por decisão dos próprios políticos”, disse Maia.

O presidente da Câmara também afirmou que para se fortalecer, a Câmara precisa priorizar as reformas como a da Previdência e a da legislação trabalhista, consideradas prioritárias pelo governo.

Apenas dois cargos na Mesa Diretora precisariam de um segundo turno para definição: a primeira vice-presidência e a terceira secretária.

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Fonte:
Reuters

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