Boletim Focus: Economistas reduzem projeção para taxa básica de juros em 2017 a 9,25%

Publicado em 01/03/2017 12:21

SÃO PAULO (Reuters) - A perspectiva para a taxa básica de juros no final deste ano foi reduzida na pesquisa Focus divulgada nesta quarta-feira pelo Banco Central, com projeção mais baixa para a inflação.

Os economistas consultados reduziram a conta para a Selic a 9,25 por cento no final deste ano, de 9,5 por cento no levantamento anterior, depois que o BC reduziu a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual novamente, para os atuais 12,25 por cento. Para o fim de 2018 permanece a projeção de 9,0 por cento.

Entretanto, o grupo que reúne as instituições que mais acertam as projeções, o Top-5, continua vendo a taxa básica de juros a 9,5 por cento ao final de 2017. Mas para o ano que vem a estimativa foi reduzida a 9,25 por cento, de 9,38 por cento antes na mediana das projeções.

Com o afrouxamento monetário, as expectativas de inflação permanecem em declínio e os especialistas veem agora uma alta do IPCA de 4,36 por cento este ano, 0,07 ponto percentual a menos do que no levantamento anterior.

A projeção para 2018 continua sendo de um avanço de 4,5 por cento. Para ambos os anos a meta de inflação é de 4,5 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O IPCA-15 subiu 0,54 por cento em fevereiro, mas no acumulado em 12 meses atingiu 5,02 por cento, menor nível desde junho de 2012.

Para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), o levantamento continou mostrando 0,48 por cento neste ano, mas o cenário para 2018 melhorou com expectativa de crescimento de 2,37 por cento, 0,07 ponto a mais.

(Por Camila Moreira)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA