Nossas escolas ensinam aos jovens que a culpa é da sociedade (no Inst Liberal)

Publicado em 28/08/2017 09:17
A “família tradicional” foi descartada como retrógrada, dona de uma mentalidade engessada, protetora de uma moral parva, patriarcalista e segregacionista; o homem foi posto como um mal em si, a paternidade vista como o estandarte do “patriarcalismo opressor”, ser hétero passa quase a ser sinônimo de estuprador. (Por Pedro Henrique Alves, publicado pelo Instituto Liberal)

Um dos pilares primevos do socialismo moderno é o relativismo moral no seu nível mais boçal. Seguindo os últimos apontamentos de Marx, no livro A origem da família, da propriedade privada e do Estado, o marxismo moderno entendeu que a verdadeira luta não seria travada, de maneira essencial, no campo econômico ou militar, mas sim no campo cultural e moral. Em Autoridade e família de Max Horkheimer, já começa a guinada do comunismo para a batalha cultural; o que fundaria, logo após o entendimento dessa realidade, a Escola de Frankfurt e as demais agremiações acadêmicas dos neo-marxistas.

O marxismo passa, então, a vislumbrar o terreno moral como sendo o alvo de suas críticas e ataques; afinal, como bem entendeu Max Horkheimer, György Lukács, Antonio Gamsci, Willian Reich, Jacques Derrida, Judith Butler, entre outros: para que a revolução aconteça na economia e sociedade é necessário minar o campo moral que sustenta a cultura ocidental e as ações conservadoras dos indivíduos. Não quebrando a hegemonia moral da corrente judaico-cristã no ocidente, torna-se impossível esperar uma revolução socialista na sociedade enquanto tal; afinal, essa supraestruturamoral mantém a sociedade “entorpecida” numa mentalidade tipicamente tradicional e “burguesa”.

Uma das áreas vislumbradas por Max Horkheimer como sendo o ponto crucial que mantém em pé a sociedade “burguesa” é a escola, com todo o seu ensino tradicional baseado na estrutura de mundo ocidental judaico cristão: Filosofia Grega, Direito romano, Moral Cristã. Unido à escola, o filósofo marxista também via a família e as igrejas cristãs como sendo detentoras dos pilares do Ocidente burguês. Família, Igreja e Escola eram, em si, autônomas, instituições desvinculadas do Estado. Sendo assim, tomar o Estado antes de minar essas três áreas era uma estratégia equivocada, afinal, essencialmente dizendo, essas três instituições não responderiam livremente ao Estado e nem adotariam uma moral alternativa segundo apontamentos ideológicos do marxismo; a não ser, obviamente, pelo aparato ditatorial — o que já naquela época estava se mostrado uma via fracassada. Horkheimer entende que é preciso criar ideias, teorias e mitos para minar essa manta moral tradicional do Ocidente para que as ideias revolucionárias do socialismo vingassem de maneira homogênea.

Nessa missão silenciosa e bem entendida por parte dos teorizadores socialistas, décadas se passaram de um marxismo que corroía como cupim as estruturas da sociedade ocidental — baseando suas ações detratoras nesses três pilares acima citados: Família, Igreja e Escola.

Nas famílias nós vimos as inversões de paradigmas morais, as novas conceituações de famílias multiformes, poli-amor, teoria de gênero e toda sorte de discursos de amor livre foi criado para desmoralizar a família em seu seio — principalmente a partir do final da década de 60 até hoje. A dita “família tradicional” foi descartada como retrógrada, dona de uma mentalidade engessada, protetora de uma moral parva, patriarcalista e segregacionista; o homem foi posto como um mal em si, a paternidade vista como o estandarte do “patriarcalismo opressor”, ser hétero passa quase a ser sinônimo de estuprador. A mãe, dona de casa, passa a ser vista como o símbolo da mulher submissa, sem voz e escrava do homem, sujeita a toda sorte de abusos e violências. Mentalidade essa que criou mitos, como o de que famílias estruturadas são, em suma, raridades; enquanto que as “defeituosas” são a hegemonia.

No campo da Igreja, por sua vez, várias infiltrações pseudoteológicas aconteceram, como a teologia da libertação. O pensamento relativista figurou não somente entre assuntos mais fronteiriços, mas chegou ao âmago das crenças fundantes do cristianismo. Dogmas como o do valor da vida, a ressureição de Cristo, e sua deidade, a missão eclesial da Igreja, entre outras coisas foram colocadas em dúvida. Os homens da Igreja começam a repetir as teorias e propagandas tipicamente comunistas em seus sermões e passam a fazer dos púlpitos o pátio sindical. A Igreja Romana — nas vertentes contaminadas pela ideologia esquerdista — deixara a salvação das almas de lado para propor a salvação política e social; não lhe interessava mais a união sensata entre boa vivência virtuosa no imanente em direção ao transcendente, agora, talvez, o transcendente sequer exista ou nem seja importante tal plano. A Igreja, contaminada pelas batalhas ideológicas, passou a fazer comícios em seus altares e manifestos em seus documentos; da caridade evangélica passou a praticar discursos de proletário vs burgueses.

Na escola, por fim, arguiu-se que o docente deveria descer de seu lugar hierárquico e criar uma relação de igualdade com os alunos, ao ponto que não haveria distinção fundamental do conhecimento científico do professor e o conhecimento “prático” do aluno; como se saber soltar pipa demandasse o mesmo trabalho mental e investigações laboratoriais que se pede a um biólogo ao analisar células ou a um filósofo ao discursar sobre o Ser. Deram aos estudantes o direito de aprender — mais ou menos — segundo as suas supremas vontades, afinal, afirmar que o aluno deve saber calcular e ainda por cima usar a crase é deveras perturbador para a mente sensível do homem moderno. O aluno não deve mais arcar com a sua incompetência e seus desleixos frente aos estudos e tarefas, afinal, quantos problemas psicológicos e sociológicos surgiriam após uma nota 3 em geometria, ou um 4 em história, não é mesmo? E com isso a “progressão continuada” apareceu como um método de misericórdia sacrossanta no meio pedagógico, ceifando dos alunos a oportunidade mais rica que um homem pode ter na escola: a de arcar com as consequências de seus maus atos e displicências, a oportunidade de ele ser responsável e dono do próprio destino.

A escola é o lugar perfeito para propagar suas ideias como dogmas; entre os três pilares citados acima, onde o Estado consegue agir de maneira mais arguta e livre. Dessa maneira a pedagogia passa a ser o campo de ação principal do marxismo; incutir o relativismo moral frente ao ensino judaico-cristão ocidental, denegrindo assim as suas bases pedagógicas — hierarquia, honradez, respeito, organização espacial e prática das virtudes morais —, passa a ser o carro chefe do esquerdismo. Não à toa o marxismo reina soberano nas universidades atualmente, a moral judaico-cristã simplesmente foi destruída nesse meio. Recomendo a leitura de Radicais na universidade, de Roger Kimball, para melhor aprofundamento.

Na escola, o relativismo moral adquire contornos nefastos para a criança e o adolescente, pois, é na escola onde eles aprenderão como devem agir num convívio social real e como as balizas morais e éticas são importantes para a convivência minimamente ordenada no cosmo comunitário. Como argumenta Eric Voegelin, sem uma estrutura moral que transcende a sociedade é inútil falar em ordem ou ética.

Pois bem, mas já que a moral é sempre relativa, como arrogam os desconstrucionistas, não se pode afirmar nada com certeza — pois a certeza é, per se, intolerante — resta aos jovens elevarem os seus egos ao status de vontade divina, tornando os seus desejos o modelo supremo do que é certo e errado: jovem locuta, causa finita est. Se não há um conjunto de regras exteriores que a nos ordenam num impulso natural ao que é certo em retração ao que é errado, então será a nossa vontade que deve reger o ambiente no qual vivemos, será nosso ego a lei, nosso ego o Direito natural, e os demais que se adequem. Absolutamente todos os ditadores eram regidos por essa mentalidade.

O jovem moderno tornou-se um deus, foi incutido nele a mais tenra mentalidade egocêntrica que existe: o aluno que não conhece substancialmente nada e se acha bom o suficiente para revolucionar a terra; o jovem que não sabe sequer usar vírgulas quer mudar a história humana. Ele é um deus num trono de papel machê.

O aluno torna-se um escravo modelável perante as retóricas do professor-catequista que lhe transfere um conhecimento militante inócuo baseado somente numa visão diminuta de mundo; ao mesmo tempo em que cria no aluno a sensação de onipotência, onde seus atos, ainda que violentos e criminosos encontram-se amparados pelos afagos ideológicos que os sustentam perante a opinião pública. Para o socialismo, é bom lembrar, o que importa é o fim a ser alcançado e não a validade ética dos meios utilizados. Prova disso é a professora Marcia Friggi que foi agredida com socos em Santa Catarina por um de seus alunos; ela abertamente defendeu a atitude da estudante Alana Gabrielle de Oliveira que, poucos dias antes da agressão sofrida por ela, havia jogado um ovo no deputado federal, Jair Bolsonaro; obviamente que a ovada é bem diferente de um soco, e que, guardando devidamente a proporcionalidade dos casos, a ovada também é um tipo agressão. Se fosse a professora Marcia Friggi a levar a ovada não teria sido uma agressão? Longe de mim defender o deputado Bolsonaro, minhas opiniões sobre ele, aliás, são bem desfavoráveis; no entanto, a coerência ainda é um bem a ser preservado diante de minha consciência individual. E, antes que acusações me sobrevenham, eu não considero Marcia Friggi a culpada, óbvio que não é. Eu a considero tão vítima quanto um jovem islâmico que foi coaptado por uma mentalidade religiosa e política que o embebedou numa ideologia extremista e ilusória. Marcia Friggi só defende tal aparato ideológico, pois um dia ela mesma foi uma aluna doutrinada no sistema que acima denuncio.

Sob essa pedagogia amorfa, os docentes incutem nos jovens os anseios revolucionários que constantemente se transformam em ações violentas e criminosas; entretanto, quando um aluno joga um livro no rosto da professora e depois lhe soca o supercílio, ele está justamente exercendo seu dever de revolta contra o status quo que representa o docente dentro da sala de aula. É a prática daquilo que lhe é ensinado, é o estágio para os Black Blocs ou o MST.

Ou seja, reclamar do aluno agressor, sob a perspectiva revolucionária, é uma hipocrisia latente dos socialistas. Ora, a revolução sempre supõe a quebra de leis e destruição de certas propriedades e paradigmas; o aluno, instigado pelo impulso imoral que lhe foi transmitido, atacou a sua professora perante os aplausos da plateia revolucionária. Não à toa dizem que a revolução devora seus filhos.

Como se lia nos manifestos dos “black blocs” em 2013: “não se fazem omeletes sem quebrar ovos”, aludindo que a revolução requer que coisas sejam quebradas, como as vidraças na Av. Paulista ou faces de docentes. Dirão, porém, que o ato do aluno não foi revolucionário, mas criminoso; aí eu pergunto: qual exatamente é a diferença dos atos revolucionários dos socialistas e os atos tradicionalmente criminosos?

É deplorável a situação de uma professora ter seu supercílio aberto por um aluno criminoso; mas numa análise mais crítica e sincera, devemos ser frios e realistas, isso é consequência imediata de anos e mais anos de ideias parvas que relativizaram princípios basais da sociedade. Diariamente disseram aos jovens que a moral ocidental é uma opressão e um meio de escravidão, mas depois que eles agem de maneira rude e criminosa irão condená-los por não possuírem justamente a consciência moral que lhes fora negada? Relativizaram tudo, desde o valor intrínseco da vida fetal, até as bases hierárquicas de uma escola; agora se espantam com a ética imbecil que nutriram décadas a fio nas mentes juvenis?

O problema da retirada da hierarquia do meio social é esse: quando se quer evocar a posição e respeitabilidade de uma pessoa ou profissão, quando se quer proclamar uma injustiça ou uma imoralidade na sociedade, essa reivindicação encontra os risos irônicos daqueles jovens que aprenderam que nada está acima deles, que eles não devem satisfação a ninguém.  Criamos uma geração que aprendeu que não há limites para seus apetites, desejos e vontades; que não são eles que devem arcar com as consequências de seus atos. Internalizaram nesses jovens a justificativa de seus fracassos. Eles agem de maneira parva por mil motivos: ambiente degradado, opressão capitalista, mau tratamento familiar, uma bronca que ele tomou aos 4 anos e internalizou no inconsciente, uma nota tacanha que lhe frustrou profundamente na 2ª série, um sorvete que lhe foi negado aos cinco anos; enfim, tudo justifica os seus atos vadios, menos os seus caracteres vazios e transviados, menos as suas inépcias em assumir os seus erros de maneira honrada. Aliás, o que seria a “honra” senão uma expressão moral da burguesia?

Os intelectuais ensinaram aos jovens que seus crimes não são culpa deles, e sim da sociedade que assim os formaram. Agora essa mesma corja de “inteligentinhos” se espanta com as barbáries advindas de suas teorias. Quem planta mandioca não colhe morangos.

ECONOMISTAS DA UNICAMP QUEREM ENSINAR AO BRASIL COMO CHEGAR AO PROGRESSO, MAS UNIVERSIDADE ESTÁ FALIDA (por RICARDO CONSTANTINO)

Caro leitor, você iria num dentista banguela? E num médico de emagrecimento obeso? Num especialista em implante capilar careca, você iria? E que tal num consultor de finanças falido? Pois é: pensei nisso ao ler a entrevista do novo reitor da Unicamp, a universidade que tem os mais arrogantes economistas “desenvolvimentistas” do país.

O novo reitor da Unicamp reconhece, em entrevista à Folha, que a universidade está quebrada. Marcelo Knobel não usa meias palavras: a crise financeira vivida pela Unicamp é “dramática”. Não obstante, o reitor quer expandir o teto salarial, aplaude as cotas raciais e é contra cobrar mensalidade dos alunos. Ou seja: a conta não fecha, mas vamos manter a demagogia! Eis alguns trechos de sua entrevista:

A situação é dramática. Temos um deficit de mais de R$ 200 milhões e não podemos nem queremos fazer demissões. Vamos tomar medidas para melhorar a gestão e reorganizar algumas áreas.

[…]

É difícil falar sobre isso em um país com tantas desigualdades, mas esse tema precisa ser enfrentado. Quem chega a ser professor já está no topo da pirâmide social. E, hoje, o teto salarial nas universidades é o subsídio do governador, que está em R$ 21 mil. Líquido, esse teto fica em cerca de R$ 14 mil, abaixo não só do que acontece no setor privado, mas também da perspectiva de carreira das federais [que têm como teto o salário do ministro do STF, de R$ 33 mil] e muito abaixo do que acontece no mundo. Por que um jovem talento escolherá qualquer uma das três universidades paulistas?

Penso que é papel do Estado manter universidades por meio do pagamento de impostos. É falsa a ideia de que não se paga nada. Mas a ideia de retorno tem que fugir da lógica meramente financeira. Cursos como filosofia e física tendem a não existir numa lógica meramente mercantilista.

[…]

A universidade é financiada pela sociedade, portanto ela precisa estar representada aqui. A diversidade é um princípio fundamental. Criamos alguns mecanismos, como a bonificação para alunos de escolas públicas, mas eles não eram suficientes para contemplar a população de pretos e pardos. Não vai ser a única mudança no vestibular. Além das cotas, devemos abrir parte das vagas pelo Sisu, para gente do país inteiro poder se inscrever, e estudamos adotar outras medidas, como dar uma pontuação extra para medalhistas de Olimpíadas de matemática, de física etc. Há uma comissão estudando isso. Queremos mais estrangeiros, mais pretos e pardos, mais indígenas, mais pessoas com deficiência.

Em suma, vamos abrigar cada vez mais grupos de “minorias” sem critério de meritocracia, apenas em nome da maior “diversidade”, vamos aumentar os salários dos professores, mesmo que muitos estejam ensinando apenas porcaria aos alunos (no caso de economia sem dúvida é assim), e vamos manter a universidade “gratuita”. Mas vamos reclamar do déficit de R$ 200 milhões depois!

Roberto Campos estava certo: ou acabamos com os economistas da Unicamp, ou os economistas da Unicamp acabam com o Brasil:

Primeiro resolvam os problemas do rombo financeiro da própria universidade, depois podem tentar ensinar ao Brasil como chegar ao progresso. O que não dá é para esses economistas defenderem as mesmas receitas que faliram a universidade para o país todo, dando lições econômicas de cima de seu próprio fracasso.

De fato, foi o que fizeram desde sempre, e a partir de 2003 contaram com um governo totalmente simpático aos seus devaneios. Conseguiram replicar a realidade da universidade ao país todo: o Brasil faliu! Roberto Campos, uma vez mais, estava certo…

Rodrigo Constantino

No Brasil, o problema não é o preço... são os custos... (por RODRIGO POLO PIRES)

Ainda utilizamos conceitos ultrapassados de análise de mercado na análise de preços, como os de oferta e demanda. Utilizamos também os conceitos de Keynes, efeito multiplicador e principio de que a demanda faz a oferta. Isso é falso. O principio da Say é o correto, a oferta faz a demanda.

Vou provar isso lógicamente, para o Reinaldo Azevedo não vale esse tipo de prova, tem que ser prova material, um recibo assinado por compradores e endossado por vendedores, mas vamos lá.

Quando houve a brutal desvalorização do dinheiro dos brasileiros, tanto a soja quanto o milho tiveram aumentos espetaculares nos preços. 2500 sacas de milho dava prá comprar uma hilux, falo isso por que é uma linguagem que todo mundo compreende, quem não precisa? Pois bem um dos efeitos da desvalorização é tornar os nossos produtos, não mais competitivos e sim mais baratos aos estrangeiros.

Nós não dispomos de nenhuma vantagem comparativa em relação aos competidores estrangeiros. Barateamos artificialmente os preços e isso teve como outro efeito colateral o aumento dos custos. Espero que tenham compreendido até aqui, estou me esforçando ao máximo.

Evidentemente vou comparar o Brasil aos EUA, nosso principal concorrente na exportação, tanto de milho como de soja. Deixando de lado o fato de que eles possuem o new deal, acordo que produziu um programa de proteção de renda, eles possuem uma série de vantagens em relação aos produtores brasileiros. Eles são exportadores de tecnologia e nós não, pelo contrário, somos consumidores da tecnologia desenvolvida por eles.

A indústria tecnológica possui as empresas mais valiosas do mundo, inovação e desenvolvimento tenológico é o lema dos nossos competidores. O google vale mais que todas as empresas listadas na Bovespa. Mas volto ao ponto, quando reduzimos o preço, com o detalhe bastante relevante de que aumentamos o custo de produção, começamos a vender muito milho exportação.

Um outro fator desestabilizador foi o aumento dos preços internos, que fez com que a indústria fosse a bancarrota, a nacional é óbvio. Com a redução dos preços aos estrangeiros fortalecemos as indústrias estrangeiras que passaram a consumir nosso produto a preço de banana, e isso foi o que causou a elevação da "demanda". A oferta a preços menores aumentou a demanda.

Foi exatamente isso que aconteceu, não foi a demanda que aumentou nossos preços internos, foi a desvalorização cambial que tornou nossos produtos mais baratos e não mais "competitivos" em relação ao mercado internacional. Internamente os preços explodiram. A resposta para isso está no cambio, pois a desvalorização cambial nacional nao foi acompanhada por uma desvalorização igual ou parecida principalmente em relação ao dólar e ao yuan.

Esta amigos, é a tão falada relação entre compradores e vendedores, o comércio não foi realizado em uma situação de paridade cambial estável. Espero ter conseguido expressar de maneira adequada a realidade dos fatos em oposição ao discurso politico das autoridades que camuflam toda a patacoada.

Isso significa que mercado existe e que podemos dobrar a produção de milho no Brasil, teriamos feito isso se não fossem as leis ambientais e as regulamentações governamentais, desde que, isso é fato, tivéssemos desenvolvido tecnologias próprias através de nosso setor privado e inovado visando a redução de custos.

Assim teríamos desenvolvimento econômico através da tecnologia e do aumento de produção, pouco importa se através de uso intensivo dessa tecnologia ou do simples aumento da área fisica, coisa que o Brasil possui em abundância. A redução dos custos aumentaria a produção, diminuiria os preços e isso teria impacto direto na demanda. Para aumentar a demanda internacional basta ofertar milho e soja a preços menores para que ano a ano o consumo aumente sem parar.

O problema dos produtores brasileiros são os custos, ocasionados por um sócio ganancioso e insaciável, representado pelos politicos, autoridades, lideres e funcionalismo público.

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Fonte:
NA

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3 comentários

  • antonio carlos pereira Jaboticabal - SP

    Quando se fala em capitalismo estamos referindo ao um fazendeiro que só pensa em comprar fazendas e mais fazendas, e cria somente um cabeça de boi por alqueire, ou não faz irrigação e produz 100% de cana a menos, cana irrigada da 9 cortes, laranja sem irrigação 100% a menos. Conversei com um sr de Israel e ele me falou que os produtores brasileiros não sabem dar valor nas terras que tem, capitalismo enorme e não produz nada, desmata as nascentes de tal modo que o rio São Francisco esta secando, esse é o verdadeiro capitalismo explorador..., tem pouco retorno... Meu pai já falava que em Portugal a maior fazenda era do tamanho de um quarteirão da cidade + - 10 mil m².

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Achei sensacional esse artigo, os liberais acordaram para os valores conservadores e passaram a entender o valor da moral dentro da sociedade e da politica, embora alguns impostores fiquem dando risadinhas, fazendo piadinhas, debochando,... "ah, os moralistas, ah as vestais, ah na politica não há seriedade, todo mundo é assim". Basicamente o que o artigo acima diz é sobre a visão de mundo que os alunos recebem na escola e nas universidades. Falem com universitários e perguntem para eles sobre o que é o capitalismo? Eles dirão que o capitalismo é um sistema injusto, que cria uma hierarquia em que de um lado existem os opressores e de outro os oprimidos... e por aí vai, é isso que aprendem. Em nenhum momento os professores, formadores do caldo cultural social, dizem aos alunos: Olha, as relações de trabalho são institucionais, de um lado existe o investidor que tem dinheiro, cria uma empresa, gera emprego e de outro o trabalhador que não tem dinheiro e precisa do emprego. Então é uma relação institucional em que ambos fazem um acordo para produzir algum bem que será vendido à um consumidor que precisa e quer aquela mercadoria. Não, eles dizem que o capitalismo é apenas uma relação entre um explorador e um explorado. Não adianta somente melhorar a economia é preciso mudar essa cultura nociva ao desenvolvimento social brasileiro.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Rodrigo em vista desse seu comentário fiquei curioso e acabei lendo o artigo que achei muito amplo---- Na parte que trata da moral JUDAICO-CRISTA percebe-se a luta intestina dentro da igreja entre a filosofia Franciscana que e' contra a detenção de bens materiais, e a filosofia da Libertaçao que e' contra as pessoas detentoras de bens materiais---- A primeira vista parece uma diferença sutil mas na realidade são duas coisas diametralmente opostas--- E' possível entender bem essa diferença analisando a vida de São Francisco--- O nome de São Francisco era Giovanni filho de Pietro ( pai) filho de Bernardone (avô)---- Seu apelido de Francesco ele ganhou porque a mae era francesa e por causa disso a família viajava constantemente para a França---- O pai era muito rico, e por causa dessa riqueza Francisco vivia uma vida desregrada de bebedeiras e sacanagem----- As calçadas de ASSIS eram muito estreitas permitindo a passagem de uma única pessoa---Um certo cruza na calçada com um nobre e nenhum dos dois queria descer para deixar o outro passar---- Francisco se achava mais importante por ser rico, e enfurecido deu varias facadas no nobre matando-o.....Depois desse episodio começou a desdenhar a riqueza, vestindo-se de sacos costurados, e repudiando todo e qualquer bem material----Ja' a Teoria de Libertaçao e' contra as pessoas detentoras de bens matérias, portanto assemelhada ao Marxismo---- O Boff saiu da igreja católica mas dentro dessa igreja ainda podemos observar resquícios marxistas se chocando com elementos dedicados a filosofia Franciscana----

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Amigos, acabei de ler na Bloomberg uma nota de que com as privatizações e reformas o dólar pode ir para 2,50. Por enquanto o dólar se segura nos 3,15, por aí. A um tempo atrás comentei sobre o contrapé da desvalorização do real acompanhada pelo aumento dos preços em Chicago. O cenário que se forma é exatamente esse "contrapé". Formação de custos com dólar a 3,15 em média, com posterior comercialização com dólar a 2,50. Se vai acontecer não sei, pois pode ficar pior se a soja cair ainda mais em Chicago. Por enquanto a China ajuda com sucessivas altas na bolsa de valores nos últimos dias. Então são 3 coisas a que o produtor deve ficar atento, a situação econômica da China, o preço futuro em Chicago e o valor do real (mercado futuro) em relação ao dólar. Os contratos soja estão aqui: https://br.investing.com/commodities/us-soybeans-contracts - milho EUA aqui: https://br.investing.com/commodities/us-corn-contracts - USD/BRL aqui: https://br.investing.com/currencies/usd-brl-contracts

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    • Gilberto Rodrigues Freitas Mineiros - GO

      Deu uma dentro heim!!

      Vai por esse rumo que tem futuro.

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    • Pedro A Philippsen nova santa rosa - PR

      O problema é o preço. pois o custo era alto na implantação da lavoura. O produtor esta esperando para vender físico.

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